Após três adiamentos, o novo álbum do Kanye West saiu domingo (29) e por algumas horas, “Donda” não possuía as participações de Marilyn Manson e DaBaby anunciadas na última quinta-feira (26).
O cantor esteve presente na audição coletiva e assina “Jail”, música que originalmente possuía “feats” com JAY-Z e Francis & The Lights. A mudança levou a uma enxurrada de críticas reverberou na internet.
Então, quando “Jail” chegou domingo, muitos acreditavam que a troca para os planos originais tinha ligação direta com as críticas ao passado de Marilyn Manson, acusado de abuso sexual e agressão, e do DaBaby, rapper que proferiu falas homofóbicas e sorofóbicas durante um show, e que também estava na música.
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No entanto, horas depois do lançamento do “Donda” a versão oficial com Manson e DaBaby foi liberada batizada de “Jail Pt. 2”.
Até Kim Kardashian precisou se justificar ao participar do mesmo evento que DaBaby e Manson. Segundo a revista People, Kim não sabia das escolhas de Kanye para o álbum e apenas aguardou o seu momento de entrar em cena dentro de uma sala próxima a réplica da casa do rapper, posicionada no centro do estádio.
“Ela estava sentada dentro de uma suíte de frente para a parte de trás da casa no palco, então ela não poderia vê-los de seu ponto de vista (…) Ela não estava por dentro de tudo sobre o que estava acontecendo no show. Ela só estava ciente do que Kanye havia pedido que ela fizesse, e ela estava disposta a ajudá-lo.”
A atriz Evan Rachel Wood, uma das que acusam Manson de abusos sexuais e emocionais, respondeu à presença do cantor no evento de Kanye West: “para os amigos sobreviventes que levaram um tapa na cara essa semana, amo você. Não desista”. A frase veio acompanhada de uma apresentação da música “You Get What You Give”, do New Radicals.
A atriz, que está no elenco da série “Westworld”, conta que foi manipulada pelo cantor quando ela ainda era jovem. Ela e Manson anunciaram o namoro em 2007, quando ela tinha 19 anos e ele 38.
“O nome do meu abusador é Brian Warner, também conhecido mundialmente como Marilyn Manson. Ele começou a me aliciar quando eu ainda era uma adolescente e abusou terrivelmente de mim por anos”, relatou.
“Eu sofria lavagem cerebral e fui manipulada à submissão. Estou cansada de viver com medo da retaliação, difamação ou de chantagens. Eu estou aqui para expor esse homem perigoso e denunciar às indústrias que o permitem atuar, antes que ele arruíne mais vidas. Eu estou ao lado das muitas vítimas que não vão mais se silenciar”, declarou. Outras cinco mulheres também fizeram acusações.