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Fãs de K-pop e usuários do TikTok sabotam comício de Donald Trump


Recentemente, fãs da banda BTS ajudaram movimentos antirracistas (Foto: Dovulgação)

Ao contrário dos fandoms brasileiros, os admiradores de K-pop americano estão dando o exemplo quando o assunto é engajamento político. Depois de uma série de ações virtuais em favor de movimentos antirracistas, agora eles trolaram o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Juntos com usuários do TikTok, fãs de bandas sul-coreanas retiraram milhares ingressos antecipados do comício de Trump só para conseguir esvaziar o evento.

O evento de campanha à reeleição do presidente americano ocorreu neste sábado (20), em Tulsa, Oklahoma, ignorando as advertências sobre o novo coronavírus. No entanto, a adesão do público não foi como esperado.

O comitê de Donald Trump prometeu que reuniria uma “grande multidão” . O gerente da campanha, Brad Parscale, chegou a divulgar que eles haviam recebido mais de um milhão de pedidos de ingressos. Contudo, a expectativa foi frustrada.

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Os repórteres que acompanharam o evento observaram que a participação do público era menor do que o esperado. Os organizadores da campanha cancelaram, por exemplo, atos externos que ocorreriam além do comício para uma multidão que não se concretizou.

Ficou claro que a sabotagem deu certo e centenas de usuários adolescentes do TikTok e fãs de K-pop assumiram a responsabilidade pelo evaziamento do comício.

De acordo com uma reportagem do New York Times, depois que a conta oficial da campanha de Donald Trump pediu para que os apoiadores se registrassem gratuitamente para comparecer ao comício, fãs de K-pop e usuários do TikTok incentivaram os seguidores a se inscreverem e não comparecerem.

Brad Parscale reconheceu que o número de apoiadores que compareu no local foi menor do que o esperado.

“Os manifestantes radicais, alimentados por uma semana de cobertura apocalíptica da mídia, interferiram na entrada de apoiadores no comício. Eles até bloquearam o acesso aos detectores de metal, impedindo a entrada de pessoas”, relatou no Twitter.

No Twitter, o esforço sabotar o comício de Trump viralizou e os usuários brincaram com isso. Um estrategista político americano, Steve Schmidt, comentou: “os adolescentes da América deram um golpe selvagem contra o Donald Trump”.

Campanha de Trump chama fãs de K-pop de trapaceiros online

Neste domingo, em nota divulgada para a impresa, o gerente da campanha de Trump, Brad Parscale, voltou a falar do assunto. Ele falou que, por precaução, constatemente, eles identificam e eliminam alguns pedidos falsos de ingresso e que fizeram assim com dezenas de milhares no comício de Tulsa.

Ele também fez uma crítica aos repórteres que escreveram sobre a estratégia dos usuários do TikTok e fãs de K-pop, mas não contataram a equipe da campanha para um uma reposta. “Os repórteres que escreveram alegremente sobre os fãs de TikTok e K-Pop – sem entrar em contato com a campanha para obter um comentário – se comportaram de maneira não profissional”, afirmou.

Outros funcionários da campanha do presidente americando disseram que muitas pessoas que se inscreveram não eram apoiadores de Trump, mas sim “trapaceiros online”.

Fãs de K-pop ajudam movimentos antirracistas

Os fãs de K-pop tem se engajado em causas políticas e sociais em ações que são orquestradas na internent.

Na primeira semana de protestos pela morte de George Floyd, nos Estados Unidos, eles conseguiram derrubar um aplicativo da polícia de Dallas, por exemplo.

A plataforma seria usada para denunciar supostas ações violentas durante os atos, mas os fãs de k-pop a inutilizaram, enviando centenas de vídeos de seus ídolos como informação. A ação foi orquestrada pelo Twitter.

Já um dia depois das hashtags #BlackLivesMatter e #BlackoutTuesday dominarem as redes sociais, eles ajudaram a apagar posts de supremacistas brancos da rede social que tentaram ofuscar o movimento.

Para isso, eles passaram a postar fotos e vídeos de seus cantores favoritos com as hashtags #WhiteLivesMatter e #WhiteoutWednesday. O conteúdo ajudou a diluir as postagens racistas.

Depois disso, eles ajudaram a arrecadar mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões) para instituições de combate ao racismo através das redes sociais.