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Pabllo Vittar

Pabllo Vittar comprova a importância do projeto “Batidão Tropical” em 2º volume do álbum

O POPline ouviu primeiro e adianta detalhes do disco que chega hoje às plataformas digitais com 11 faixas liberadas
Pabllo Vittar
(Foto: Instagram/@pabllovittar)

O conceito original do projeto “Batidão Tropical” é simples: invocar as raízes musicais de Pabllo Vittar e introduzi-las a uma audiência que possivelmente não as conhece, gerando mais interesse e trazendo artistas do norte e nordeste para o spotlight. No volume 1, a cantora fez a jogada e tocou para o gol com a classe da popstar que é. Agora, no 2º volume que chega às plataformas digitais nesta terça-feira (9), Pabllo retorna brilhante, comprova o propósito do projeto e confirma porque é referência no que faz.

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Foto: Gabriel Renné

Reunir canções de Roxette e Banda Magníficos em um mesmo álbum pode soar quase absurdo de tão desafiador em teoria, entretanto a prática é colocada a prova no novo disco de Pabllo Vittar, “Batidão Tropical Vol. 2”. A drag queen lança hoje seu aguardado sexto álbum de estúdio, que serve como sucessor para “Noitada”, e apresenta 11 novas músicas, incluindo os já lançados singles “Pede Pra Eu Ficar (Listen To Your Heart)” e “Ai Ai Ai Mega Príncipe”.

É fácil afirmar que o segundo volume do grandioso projeto chega para sacramentar o papel de Pabllo na cena musical brasileira como grande fomentadora da música nortista e nordestina. Seguindo firme com seu ideal de apresentar o “seu Brasil” ao seu público e mostrar a força da música popular, a cantora retorna com regravações de grandes clássicos das regiões e pincela músicas autorais na nova compilação.

Mais uma vez acompanhada do time da Brabo Music, que é encabeçado pelo DJ e produtor Rodrigo Gorky, Pabllo Vittar inicia o novo disco em grande estilo, com uma regravação da banda Calypso. O mega hit “Pra Te Esquecer”, que ganhou o país na voz de Joelma, abre tracklist em uma versão semelhante a original, mantendo a tradicional guitarra paraense na introdução. O diferencial, no entanto, são os vocais de Vittar, mais suaves e melódicos, que dão o tom de todo o álbum.

Foto: Gabriel Renné

A autoral “Idiota” e “Pede Pra Eu Ficar (Listen To Your Heart)” dão sequência ao “BT 2” no ritmo do arrocha e do forró. A primeira, que é a nova música de trabalho de Pabllo, trata de amores mal resolvidos e recaídas com o ex. Já a versão do clássico do Roxette é sobre fim de relacionamento e amor não correspondido. Ambas desempenham bem o papel que “A Lua” teve no volume 1 e mesclam-se rapidamente à proposta do disco, sem deixar pontas soltas.

Dois clássicos do forró eletrônico também fazem parte do “Batidão Tropical Vol. 2”. Talvez as duas canções estejam entre as mais aguardadas pelos fãs, já que suas gravações originais marcaram gerações. Tratam-se de “São Amores”, do Forró do Muído, banda que trazia nos vocais as irmãs Simone e Simaria, e “Me Usa”, maior sucesso do grupo paraibano Magníficos, que alcançou status de single de platina duplo em 1997. Em ambos os casos, Pabllo Vittar respeitou a essência da música, trazendo novos elementos estéticos pontuais, que dão a sensação de frescor que a música pede em 2024.

Outra releitura importante do álbum está na faixa “Nas Ondas do Rádio”, originalmente gravada pela Companhia do Calypso. Sempre citada por Pabllo como grande referência do seu trabalho, a banda também apareceu no primeiro volume do “BT” em “Zap Zum” e “Bang Bang”. Desta vez, a versão de Vittar tem um tom mais romântico do que a original, a deixando mais contemporânea.

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Parcerias pontuais e bem escolhidas

Entre as músicas apresentadas nesta terça (9) no “Batidão Tropical Vol. 2” há quatro faixas que contam com colaborações de outros artistas. Dentro de uma tracklist mais extensa do que de costume, os “feats” foram pontuais, mas bem escolhidos.

Um dos grandes momentos do disco se faz justamente em “Rubi”, uma colaboração de Vittar com o virtuoso produtor, DJ e cantor paraense Will Love. A regravação da banda Ravelly surpreende ao trazer o melhor do reggae do Maranhão para o projeto. Até então, Pabllo, que é maranhense, ainda não havia flertado tão claramente com o gênero e aqui o faz de forma espetacular. A fusão do reggae com o tecnobrega traz um resultado autêntico e cativante para a faixa. O ao vivo de “Rubi” promete.

Outra colaboração importante está em “Não Vou Te Deixar”, uma parceria da drag queen com Gaby AmarantosA música com Gaby é velha conhecida do público, faz parte da história da cantora com a banda TecnoShow e recentemente foi resgatada por ela em seu álbum vencedor do Grammy Latino. “Não Vou Te Deixar” é quase um abraço, mexe com memória afetiva e foi elevada a uma nova potência através do encontro de duas grandes vozes.

Além deles, os créditos ainda contam com a cantora sergipana Taty Girl em “Faltou Coragem” e o produtor paraense Maderito em “Não Desligue o Telefone”. A última se destaca com uma roupagem acelerada que se afasta do forró original, trazendo beats eletrônicos e abusando do autotune para fins estéticos.

Faixas travadas e recadinhos especiais

Pabllo Vittar ainda guarda segredos do “Batidão Tropical Vol. 2”, mas o fez de forma divertida. Nas faixas ainda não divulgadas (8, 10 e 14), a cantora deixou recadinhos especiais para os fãs em áudio. Ao chegar nas mesmas, é possível escutar mensagens de Pabllo se dirigindo diretamente a quem lhe escuta, comentando as referências musicais do álbum e pedindo que aguardem um pouco mais pelas novidades.

Os recadinhos são a cara da artista, leves e cooperam na criação de ansiedade e expectativa para o que ainda está por vir. Essa é a parte boa dos segredos: ainda há mais de Pabllo Vittar e “Batidão Tropical” a caminho.

“Batidão Tropical” on tour?

Um álbum tão forte e autêntico como o “Batidão Tropical” (tanto o vol. 1, como o vol. 2) sempre nos dá o gosto de quero mais, além de contar com músicas que automaticamente nos fazem pensar em festa e versões ao vivo. Com os shows e resultados alcançados com o volume 1, Pabllo crava no mercado musical que este é talvez o seu projeto mais ambicioso e de maior amplitude de público. Então, por que não transforma-lo em algo ainda maior? Talvez um “Numanice” da Pabllo Vittar?

Foto: Gabriel Renné

A cantora ainda não confirmou nada neste sentido, mas é certo que uma festa label se encaixaria muito bem com o “Batidão Tropical”.  Há alguns anos, Pabllo vem trabalhando a sua festa de halloween como o seu ‘evento assinatura’, mas com o “Batidão” as possibilidades seriam maiores, uma vez que não ficaria preso a uma época do ano apenas. Vale a tentativa, não? Aos vittarlovers, a sorte foi lançada!

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