Raul Gazolla esclareceu o motivo dos assassinos de Daniela Perez — Guilherme de Pádua e Paula Thomaz — não participarem do documentário “Pacto Brutal” da HBO. Convidado de Danilo Gentili no “The Noite” desta quarta-feira (10), o ator de 67 disse que eles só proferiram fake news ao longo dos anos e ainda fez questão de detonar o criminoso, chamando-o de “vermezinho” que só “quer aparecer”.
LEIA MAIS:
- Glória Perez: “não pude viver o luto, atenta para defender Dani”
- Em 1993, Jô Soares assinou documento de Gloria Perez por mudança nas leis penais
- “Pacto Brutal”: Raul Gazolla quis se vingar dos assassinos de Daniella Perez
A entrevista completa vai ao ar às 00h45, no SBT, mas alguns trechos foram compartilhados. Na conversa com Danilo Gentili, o ator disse:
“Não houve entrevista com os assassinos. Cinco anos eles deram fake news, fora as entrevistas que eles deram em alguns programas de televisão. Eles, não. Ele. Porque ele é muito megalômano. Um assassino, vermezinho, ele quer aparecer”, afirmou Raul Gazolla.
Ele, que era marido de Daniella Perez na época do assassinato, participou do documentário. Sincero, explicou o que sentiu ao ‘reviver’ tudo que aconteceu: “É sempre muito difícil a partir do momento que você perde uma pessoa que não foi por causa natural, uma doença ou acidente. Foi assassinada, tirada da gente. Todo ano é muito difícil. Eu encontro com a Glória duas, três vezes por ano, e a gente fala sobre isso”.
A jovem tinha 22 anos quando foi morta no dia 28 de dezembro de 1992 por Guilherme de Pádua, que vivia seu par romântico na novela “De Corpo e Alma”. A esposa dela na época, Paula Thomaz, participou do crime.
LEIA MAIS:
- “Pacto Brutal”: conheça vida e carreira de Daniella Perez
- Glória Perez rebate críticas de Guilherme Pádua sobre “Pacto Brutal”
- Sem Daniella Perez, qual foi o fim da novela “De Corpo e Alma”?
Glória Perez fez um pedido a Raul Gazolla após morte da filha
Na entrevista, Raul Gazolla também contou que Glória Perez pediu para que ele arrumasse um advogado para defender Daniella Perez. “Eu falei: ‘Como é que a gente vai ter um advogado para defender alguém que teve uma morte tão violenta?’. Daí ela: ‘Porque eles vão achincalhar a memória dela'”.
“Não sei, parece que fica mais brando para a população quando a vítima, de alguma maneira, fez uma coisa errada, teve um caso com o assassino, traiu o marido, coisa que nunca aconteceu, não houve nada disso. Entendi isso durante esse processo, até o julgamento, quando os assassinos tiveram ‘n’ versões do caso e não conseguiram provar, cinco anos depois“, completou.
De quebra, ele também teceu elogios à ex-sogra: “Sempre tive esse carinho. Mas, depois do documentário, você vê que é muito grande. Ela fez um trabalho de detetive, de ir atrás dos frentistas que não queriam dar depoimento…. A Glória é coisa de filme, ela é um ser de outro planeta”.
E finalizou, exaltando a força de Glória Perez: “Ela conseguiu viver com isso, escrever as novelas que ela escreveu, continuar escrevendo a novela com a filha tendo sido assassinada. Não sei como classificar a Glória além de genial”.