Slipmami estreia o seu primeiro disco ‘Malvatrem’ nesta quarta-feira (25) nas plataformas de streaming. Artistas como PUTERRIER, Baby Perigosa, MUSE MAYA, LARINHX, Dr. Ace, vhulto, AllahSoulja e Yung Nobre se unem a cantora que mescla, ao longo de 12 faixas, sua base no rap e trap com influências vindas do rock e do punk, em produção assinada por Leo Justi. Ela é uma artista é do selo carioca Heavy Baile Sounds e apresenta o trabalho via UnitedMasters.
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No YouTube, Slip acumula mais de 5 milhões de visualizações em seus clipes. Em extensão ao seu trabalho na música, no TikTok, quase 350 mil seguidores com conteúdos diversificados em tons de humor e abordando o universo de games. No Instagram, ela está com quase 214 mil seguidores.
“Sempre vivi entre os dois mundos, por isso foi algo natural”, conta Slipmami sobre combinar os diferentes ritmos. “Lembro quando descobri o EP Collision Course, do Linkin Park e JAY-Z, entrei em êxtase e não pude acreditar que uma arte daquelas existia. Na época, estava iniciando no universo do SoundCloud e também acompanhava nomes do Hard Trap na plataforma, como XXXTentacion e Ski Mask, the Slump God. Então, quando comecei a fazer música, tinha essas direções em mente”, completa.
Outra característica presente nas composições da rapper são as rimas afiadas e explícitas. É por meio delas que Slipmami se encontra e ressignifica suas vivências.
“Quando escrevo não penso em chocar, só quero ser livre”, reflete.
Os alter-egos de Slipmami
Slipmami coleciona diferentes alter-egos ao longo de sua carreira, entre eles ‘Malvatrem’, nome escolhido para a faixa-título do trabalho.
“Ela é quente e visceral, dá para sentir na carne, por esse motivo ela representa o disco como um todo”, explica. Na sequência, “Sou Eu” traz o primeiro feat do álbum — ao lado de PUTERRIER, Slipmami entrega rimas agressivas influenciadas pela rapper americana Big Mali.
‘Malvatrem’
A tracklist tem continuidade com o encontro de Slipmami com Baby Perigosa e MUSE MAYA em ‘Faixa Rosa’. Ela culmina em ‘Mete Ficha’, com participação de Dr. Ace, a faixa foi inspirada em trilhas de filmes de terror, brindando o disco com uma atmosfera mais pesada e intensa.
O fim de uma amizade foi a motivação para a letra de ‘Problemas de Confiança’, escrita a partir de uma base produzida por vhulto. Além desta faixa, ele participa também em ‘Rap, Cerva & Swapeeka’ e ‘Chris Drew’ – em alusão ao frontman da banda de rock americana Never Shout Never.
Por sua vez, ‘Celibato’ apresenta o resultado do primeiro beat que o DJ e produtor musical Leo Justi enviou para Slipmami.
“Assim que recebi, logo ‘canetei’. Nós temos uma química incomparável”, revela.
Anteriormente, Slipmami já tinha divulgado quatro faixas do disco: ‘Oompa Loompa’ feat com LARINHX; ‘8×5’ com Yung Nobre; ‘Acha Que A Vida É Um Morango’; e ‘Membros Humanos’ com Uirá Bueno.
Com ‘Malvatrem’, Slipmami dá início a nova fase da carreira e abre espaço para explorar diferentes ritmos em suas composições, reforçando a liberdade sonora que o hip hop e suas vertentes oferecem.
Mas, afinal, quem é Slipmami?
Nascida na Vila Urussaí, Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, Slipmami, ou Malvadeza, tem 22 anos. Primeiro, ela ficou conhecida sob o nome de Slipknstot e seu trabalho com shit-rap no SoundCloud e no YouTube.
Slip conta que as suas referências musicais são majoritariamente de Southern Rap,como Pimp C, Three 6 Mafia, Geto Boys, Megan Thee Stallion, Webbie, que se encontram um pouco com suas influências do Gangsta Rap, como The Notorious B.I.G, Lil Durk, Chief Keef.
“As minhas referências vão para toda uma nova cena quando chegam no Nu Metal (Deftones, Korn). Além de bandas que cresci ouvindo, como Slipknot, Pierce The Veil, Never Shout Never, Linkin Park, etc. A lista é grande!”, destaca a artista.
Apesar de sempre consumir música ao longo da adolescência, Slip começou a fazer o próprio som há pouco tempo, aos 18 anos, quando um webamigo de Brasília fez um shit-rap e ela achou muito engraçado.
“Ele disse que eu tinha uma voz boa e me aconselhou a gravar uma música como teste. Na época, gravei no celular, enviei, ele mixou e postei no SoundCloud. Aí que tudo começou. Mesmo que não tivesse o sonho de ser rapper, sempre fui entusiasta com uma veia artística bem aflorada.”
Enquanto ela vivia esses primeiros passos de sua carreira musical, na época, Slipmami estava saindo de um quadro de depressão severa.
“Hoje entendo que, mesmo sem eu ter essa noção naquele momento, a música já estava lá pra mim, sendo minha válvula de escape. E, agora, dou início a uma nova era na minha carreira. É uma sensação incrível perceber que tenho alcançado um maior número de pessoas, conquistado fãs de diferentes lugares”, reflete.
Slipmami ainda pontua que a cada dia fica mais feliz em poder dividir as suas criações e tudo o que está por vir com o seu público.