Após apresentar os singles ‘Vinte e Muitos Anos’ e ‘Tudo Pra Mim’, a banda pernambucana Bule lançou o segundo álbum, ‘Lançando sem ninguém me ouvir’, em 30 de junho, pelo selo e editora Toca Discos.
Formado por Pedro Lião, Carlos Filizola, Berna Coimbra, Kildare Nascimento e Damba, o grupo apresenta um indie pop dançante, com atmosfera nostálgica oitentista e uma melancólica mistura do tropical com o eletrônico.
“O disco vem falar sobre o sentimento de perda e a impotência diante dele, presentes em diversas situações da vida, seja em rupturas trágicas ou em desafios cotidianos. A ideia é seguir o descaminho e percorrê-lo, aceitar a rota. Abraçar a tristeza como parte da nossa trajetória e convidá-la para dançar. Assim convivemos, sobrevivemos, vamos adiante. Um passo de cada vez”, explica PedroLião. “A forma mais simples de definir sofrimento é querer o que não temos. A forma mais aguda é saber que nunca teremos. Mas, assim como há algo perturbador em sentir o sofrimento, também há algo libertador em aceitá-lo”.
Ao longo das 11 faixas, a banda aborda a perda, como em ‘Canção de Amor’, ‘Vinte e Muitos Anos’, ‘Tudo Pra Mim’, ‘Éramos Dois’ e ‘Som e Imagem’; entra em questionamentos existenciais, como em ‘Coisa de Cinema’, ‘Se Você Se For’ e ‘Dormindo’. Além do sofrimento, como em ‘Ainda é Verdade’, ‘Pensando em Você’ e ‘Era Muito Mais Pra Mim’.
A obra retrata a descoberta da dor pela perda do primeiro grande relacionamento que todos passam na juventude, embalada por um som que traduz a melancolia de uma forma leve.
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Mas, afinal, quem é Bule?
Bule é um projeto recifense de música brasileira, dançante que explora timbres, sonoridades e estéticas dos anos 1980, onde estão fervidos o orgânico e o eletrônico, o beat e a conga, o synth e a guitarra.
Iniciada em 2017, no Recife, capital de Pernambuco, a banda é formada por cinco amigos que já haviam trabalhado juntos em outros projetos, com gostos musicais complementares e o desejo de criar um som pop autoral. São eles: Pedro Lião (voz, synth), Carlos Filizola (guitarra, synth), Berna Coimbra (contrabaixo), Kildare Nascimento (bateria) e Damba (percussão).
Em 2017, os integrantes do projeto passaram o ano todo juntando as referências de timbres e estética que queriam utilizar na sua identidade sonora e visual e compondo as canções de Bule. No período de desenvolvimento do projeto, escutando-se minuciosamente discos de artistas que serviram de influência, vivenciando a pré-produção, passando horas e horas dentro do estúdio, maturando um conjunto de músicas para ser lançado em 2018.
Com o lançamento do seu primeiro álbum ‘Cabe Mais Ainda’ (2018) produzido por Benke Ferraz, do Boogarins, a Bule participou de festivais como Coquetel Molotov, Bananada, Mada, Wehoo e Bicicleta. Além disso, se apresentou em 12 cidades diferentes de 3 regiões do Brasil e dividiu palco com grandes nomes da música brasileira e internacional, como General Elektriks (FRA), Boogarins, Céu, Mombojó e Romero Ferro.
Em 2020, o grupo foi contemplado pelo Edital da Aceleração Labsônica, apresentando-se em um Festival Online e lançando três singles junto ao Selo e editora Toca Discos, do Rio de Janeiro, com quem trabalham juntos até hoje.
Em 2021, a banda lançou um EP chamado ‘Sacanear’, um compilado de singles lançados pela banda nesse período em que estava sem poder fazer show.
Em 2023, lançaram dois singles em abril e maio chamados, respectivamente, de ‘Vinte e Muitos Anos’ e ‘Tudo pra Mim’. Assim, dando o pontapé no lançamento do seu segundo álbum, chamado ‘Dançando sem ninguém me ouvir’.