Caramico lançou ‘Diz Em Canto’ no último mês. Após completar seu primeiro ano de carreira, o cantor e compositor embarca em uma nova versão ao produzir o segundo EP composto por três faixas autorais inéditas.
“Tive a chance de mostrar outras vertentes como artista. Trabalhei não só a questão das músicas, mas também os arranjos, as referências, trazendo um pouco além do que o público já viu até agora”, explica Caramico.
As faixas do EP são contadas em capítulos, sendo elas: ‘A Inspiração’, ‘Dia Adia’ e ‘A Trégua’. O lançamento do EP vem acompanhado do videoclipe de ‘A Inspiração’.
“Posso dizer que é a música que contempla todo esse trabalho. Pensamos em trabalhar minhas memórias, que foi o que me fez mais uma vez despertar para compor. É um clipe bastante nostálgico, com bastante material sobre a minha infância e a minha relação com a música desde então”, detalha.
Somando ao repertório autoral, Caramico reconhece a importância deste lançamento em sua carreira.
“O diferencial desse projeto é o fato dele ser um trabalho que encerra um ciclo neste primeiro ano de carreira. Eu estava vivendo um período de reflexão e transformação, tanto como pessoa, quanto como artista. Agora, estou pronto para terminar essa fase e começar outra. ‘Diz Em Canto’ traz uma profundidade ainda maior do que o meu primeiro EP, trazendo uma linguagem lúdica, que resgata meu surgimento e dá possibilidade ao meu futuro, a quem serei”, conta ele, que não mediu esforços para ter o público ainda mais próximo neste momento. “Quero que o público se sinta ainda mais pertencente ao meu mundo. Usar as redes sociais tem sido um presente por isso”, declara.
Sobre o novo momento da carreira, o artista diz que para 2023, pretende lançar músicas novas, um novo álbum e fazer muito mais shows.
“Não há nada melhor que encontrar o público! Lancei meu segundo EP, ‘Diz Em Canto’, que simbolicamente representa tudo o que já fiz como cantor e compositor até agora. É o fechamento de um ciclo, dessa jornada que começou durante a pandemia, mas também abre espaço para outro ciclo. Conta uma trajetória que vai desde ‘A Inspiração’, que é o título da primeira faixa, até ‘A Trégua’, nome da última, ilustrando tudo o que produzi e apresentando um novo Caramico, com novas vertentes, novas possibilidades.”
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Mas, afinal, quem é Caramico?
Rodrigo Lopes, o Caramico, é cantor e compositor. Aos 29 anos, ele segue em constante evolução no cenário musical, ao qual se dedica desde 2020.
Radialista e ator por formação, Caramico já havia trabalhado no TV Fama, da RedeTV, de 2012 a 2017. Também esteve no teatro em espetáculos como ‘Otelo, o Mouro de Veneza’ (2016), ‘O Mágico de Oz’ (2012), ‘Peter Pan’ (2019) e outros, mas foi durante o período em isolamento — imposto por conta da pandemia do coronavírus — que ele encontrou sua melhor forma de expressão: a música.
“Para mim, sempre fez sentido estar no palco. Mas quando me vi perdido e angustiado, a música voltou a ser minha aliada. Como sempre foi”, descreve Caramico.
A nova empreitada profissional veio cheia de atitude, a começar pela escolha de seu nome artístico.
“É um nome que representa minha mudança de rumo e perspectiva. Representa este ser que vos fala, não como um personagem, mas com a expressividade de alguém híbrido, hiperativo. Caramico é um de meus sobrenomes e é lindo, diferente e simples”, explica o artista.
Embora venha expondo seu talento musical há pouco tempo, as influências artísticas o acompanham desde a infância. Inspirado pelo pai, Roberto, que se arriscou a ter uma banda durante a juventude e cantava para ele quando menino, Caramico também teve seus próprios grupos musicais.
Aos 12 anos, por exemplo, foi guitarrista da banda estudantil Halloween Creeps. Já durante a Faculdade de Rádio e TV, criou a Polifonia, junto de seu amigo, Vicente Pizzutiello. “Nessa época, eu já sentia que era isso o que queria para minha vida”, recorda.
Com o passar dos anos, enquanto se dedicava aos afazeres da profissão de radialista, Caramico também aprimorou outro talento: a dublagem. Entre seus projetos de maior destaque estão séries como Power Rangers: Morfagem Feroz, This Is Us, Intarrogation e outras.
Já no cinema, desenvolveu experiências como diretor e produtor. Os títulos mais marcantes de sua trajetória foram Escondido (2016) e Mindr (2017). “Uma experiência da qual tenho muito orgulho”, resume.
Com a chegada da pandemia e em meio às dificuldades que cercaram a classe artística, Caramico voltou a compor. Ao compartilhar episódios de sua rotina, recuperou o contato com seu amigo de adolescência, Vicente. O reencontro o impulsionou, uma vez que foi através do olhar do amigo e músico que suas composições ganharam uma nova perspectiva.
“Não tinha a pretensão de mostrar minhas músicas para o mundo. Até então, elas eram uma coisa só minha e as via de forma quase terapêutica”, relembra ele, que teve o auxílio de Vicente e do produtor Carlos Bechet, na produção de seu primeiro álbum autoral.
As primeiras faixas lançadas, intituladas ‘Viver é Meu Presente’, ‘Fique Zen’ e ‘Não Importa o Lugar’ estão disponíveis nas plataformas de streaming e YouTube. A última ganhou um videoclipe para lá de especial com a participação da atriz Priscila Sol.
“São assuntos contemporâneos, que ganharam ainda mais força durante a pandemia. Os desencontros ou a incapacidade de estar com o outro. Mas o que há de mais especial é a múltipla interpretação do amor e de tudo aquilo que ele nos traz”, explica o artista.
Em setembro de 2022, Caramico lançou seu primeiro EP de inéditas, chamado ‘Só Lidando’. O projeto conta com três faixas autorais: ‘Você É Como o Sol’, ‘Preso Num Dia’ e ‘Encontros à Distância’.
“Só lidar é viver uma situação adversa, é sentir a mais profunda solidão, mas também é tornar sólido, solidificar um sonho. Esse trabalho, repleto de canções, compus no auge da minha solitude física e mental durante os intermináveis dias da pandemia”, relembra.
No início de 2023, completando o primeiro ano de seu despontar na música, o cantor e compositor ainda explorou uma nova vertente e lançou o projeto Sessions em seu canal no Youtube. Em vídeos gravados na sala de estar, junto de sua banda, ele faz releituras acústicas e ao vivo de alguns de seus sucessos, além de outros clássicos da MPB.
Focado na música, mas sem abrir mão de nenhuma de suas paixões, atualmente, ele também compartilha seus conhecimentos atuando como professor de teatro, em São Paulo. “Me entendo como um artista híbrido. Todas as vertentes fazem parte de um ser só”, finaliza o artista.