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Plataforma Gente, do Globo, analisa o “boom” dos festivais no Brasil

O Grupo Globo analisa a volta dos festivais internacionais Brasil em relatório divulgado pela plataforma
Foto: Unsplash/Danny Howe

Os festivais internacionais retornam ao Brasil atraindo milhares de pessoas neste ano. O Grupo Globo analisou no relatório disponibilizado pela plataforma Gente as mudanças do setor, a expectativa do público, o consumo gerado a partir desses grandes eventos e como as redes sociais podem ser aliadas na criação de novas experiências e na criação de conteúdos. 

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Lollapalooza: o sentimento de preocupação deu lugar ao entusiasmo 

O Lollapalooza abriu a temporada de retomada dos festivais no Brasil. O evento aconteceu entre os dias 25 e 27 de março. No relatório consta que a edição  recebeu 23% a mais de pessoas nos três dias de duração do que a anterior, em 2019. O line-up reuniu mais de 50 nomes da música nacional e internacional, como Miley Cyrus, Anitta, Doja Cat, Pabllo Vittar, Emicida, Gloria Groove e outros.

“Pelas redes sociais, foi possível perceber que a ansiedade do público pela volta de espetáculos como o Lolla era altíssima. São dois anos desde que o mundo parou, as pessoas querem muito viver experiências ao vivo”, conta Franklin Costa, co-fundador da ØCLB, curador de experiências, facilitador de conexões, consultor e especialista em festivais.

Ainda foi analisado o consumo dos festivais e outros eventos que concentram uma enorme quantidade de pagantes. Por conta do isolamento social, o público se distanciou de experiências culturais, em especial dos shows ao vivo. Por esse motivo, era esperado a apreensão das pessoas com o retorno das aglomerações e a adaptação às medidas restritivas. No entanto, foi visto que esse sentimento de preocupação deu lugar ao entusiasmo. 

“O festival esteve lotado todos os dias e a catarse do público não carregava qualquer receio ou lembrança do período de pandemia e reclusão que vivemos. Raras eram as pessoas usando máscara e os espaços das marcas estavam sempre com filas enormes, despertando curiosidade e engajamento do público”, comenta Beatriz Moraes, Gerente Sr. de Produtos Publicitários na Globo.

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Transmissões ao vivo da Globo: a vida pós-live e o caso do Lollapalooza

O retorno dos festivais também gerou impacto nas transmissões ao vivo. O relatório do Grupo Globo analisa que, além da bilheteria, a cobertura da TV no streaming vem ganhando importância, uma vez que garante a sensação de pertencimento para aqueles que não puderam estar presentes no Lollapalooza. 

No documento, Diego Oliveira, Gerente de Produto e Planejamento de Mercado, aponta que assim como as lives deram uma contribuição para a sociedade durante a pandemia, os grandes eventos vão representar a volta da “normalidade”.

“O momento é de retorno com responsabilidade e traz consigo uma série de sentimentos bons, por isso o cenário é muito positivo. Estamos vendo marcas de distintos setores e segmentos, como Plataformas Sociais, streamings de música, companhias do varejo ou de alimentos e bebidas, aproveitando essa oportunidade que pretende se estender por todo o ano”, afirma Oliveira.

A multiplataforma do Grupo Globo buscou atender às demandas do público, que já está acostumado a assistir lives e shows em casa. O relatório destaca que o Multishow foi o principal canal de cobertura do festival, sendo líder de audiência da Pay TV entre jovens de 18 a 24 anos. 

Além disso, ainda de acordo com a análise, a transmissão envolveu os canais da TV Globo, Canal Bis e o streaming do Globoplay, totalizando uma audiência de 18 milhões de espectadores durante 60 horas de programação ao vivo, sem contar a cobertura nos bastidores e as entrevistas no digital.

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Análise da Globo nas redes sociais a favor dos festivais

Ainda de acordo com o relatório, as novas gerações têm o desejo característico de experimentar novas vivências para além da música. O consultor e especialista em festivais Franklin Costa, analisa que esse sentimento pode definir os rumos no retorno dos grandes eventos.  

“Os millenials têm como um dos seus mantras a frase ‘compre experiências ao invés de coisas’ e esse é um fator que altera muitos conceitos no universo dos festivais. A música segue sendo o principal elemento – todo mundo ainda quer saber qual é o line-up e esses são os posts mais comentados nas redes sociais – mas o público quer outras experiências”, destaca Costa.

Por sua vez, segundo o documento, o especialista conclui que as redes sociais também modificaram a maneira como os grandes eventos são consumidos pelo público. O acesso aos smartphones fez com que os frequentadores de festivais se tornassem criadores de conteúdo

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