Após fala transfóbica, sertanejo Bruno pede perdão para Lisa Gomes

Após fazer piada transfóbica com a repórter Lisa Gomes durante uma entrevista, na última sexta-feira (12), o sertanejo Bruno, da dupla Bruno & Marrone, foi aos Stories do Instagram pedir desculpas à jornalista publicamente. Ela, por sua vez, também utilizou as redes sociais para se pronunciar sobre a violação que sofreu. “Me senti invadida como mulher e como mulher trans”, lamentou ela.

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Bruno, que faz dupla com Marrone, foi transfóbico com repórter durante entrevista. (Foto: Reprodução TV Fama)

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Lisa Gomes é a primeira repórter transgênero da televisão brasileira e, atualmente, atua no programa TV Fama, da Rede TV. Durante entrevista com o cantor sertanejo Bruno, no Villa Country, em São Paulo, a jornalista foi ofendida ao ser questionada sobre suas partes íntimas, em tom de piada.

Sem parecer se importar, Bruno perguntou se Lisa “tinha um pênis” – no meio da entrevista e na frente de diversas pessoas que estavam presentes no local. Sem reação, a profissional apenas ignorou a pergunta do sertanejo.

Após a repercussão, o cantor apareceu nos Stories do Instagram para pedir desculpas por suas falas transfóbicas.“Estou aqui para pedir desculpa para Lisa Gomes pelo que perguntei a ela. Fui totalmente infantil e inconsequente. Acho que não tem como voltar no tempo… perdão, Lisa Gomes”, disse ele.

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Em seu perfil no Instagram, Lisa Gomes publicou um vídeo de pronunciamento sobre o ocorrido. “Foi horrível o que eu passei e o que eu escutei. O processo de transição é um processo muito doloroso e muito difícil. Eu tive meus direitos violados, sim. Eu me senti invadida, senti minha intimidade exposta. Tudo isso me fez muito mal e me fez voltar pra um lugar que eu não gostaria”, desabafou.

A repórter ainda lamentou que a violação tenha vindo de um artista tão consagrado e querido pelo público como o Bruno – por quem ela mesma tinha grande apreciação.

“Eu me senti desrespeitada por você, Bruno. E eu não gostaria que você sentisse isso também. Porque você nunca vai passar nem sentir o que eu tô sentindo agora nesse momento. Me senti invadida como mulher e como mulher trans. Eu tava lá pra trabalhar e exercer minha função como repórter. Fui trabalhar pra divulgar você, seu trabalho”, assegurou.

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