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Em entrevista com Alanis Morissette, Olivia Rodrigo diz que está com medo do 2º álbum

Elas estão na capa da revista Rolling Stone.

Foto: YANA YATSUK

Olivia Rodrigo e Alanis Morissette é mais uma dupla de grandes nomes da música, de gerações diferentes, que são juntas na série ‘Musicians on Musicians’, da Rolling Stone. O que elas têm em comum? Bastante! Enquanto uma foi fenômeno dos anos 1990, outra estourou sua carreira há poucos meses, este ano. No entanto, ambas fazem músicas autorais e bem sinceras, sem medo de extravasar seus sentimentos.

Foto: YANA YATSUK

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As duas começaram ainda muito novas atuando em seriados (Olivia em “High School Musical: The Musical: The Series” e Alanis em “You Can’t Do That”), elas superaram suas próprias expectativas quando suas carreiras musicais explodiram.

Na entrevista, as duas fazem uma conversa e Olivia Rodrigo admite que foi muito inspirada por Alanis Morissette. “Lembro de ter ficado impressionada quando tinha 13 anos. Eu estava no carro com meus pais ouvindo o álbum ‘Jagged Little Pill’. Lembro-me de ouvir ‘Perfect’ e pensei: ‘Meu Deus’. Eu disse ao meu professor de música alguns dias depois: ‘Será que consigo escrever músicas assim?’. Eu apenas olhei para a música e a composição de uma maneira completamente diferente“, comentou Olivia.

Olivia e Alanis, então, se identificaram totalmente sobre a maneira que compõem. “Tento escrever todos os dias. Eu sou da mesma forma: escrevo exclusivamente para mim. Acho que se tentasse sentar ao piano e ficar tipo, ‘Vou escrever uma música que todos gostem e que ressoe com as pessoas’, nunca fica bom“, disse ela.

“Tenho tentado lançar músicas e perceber que não são mais minhas. Eu não posso te dizer quantas músicas eu escutei e fiquei tipo, ‘Oh, meu Deus, aquele artista escreveu totalmente para mim e para minha situação’, e eles nunca fazem isso realmente”, soltou ela.

Críticas e pressão

E como elas lidam com a crítica? Alanis opina: “Havia muito bullying e muito ciúme e muitas pessoas que eu adorei por toda a minha vida sendo garotas malvadas“, soltou ela, sendo que Olivia Rodrigo concordou.

Por volta dos 22 anos, parei de ler tudo porque não era realmente relevante para o meu crescimento e evolução pessoal. Eu tinha muitas pessoas ao meu redor que apontavam os pontos cegos, quer eu quisesse ou não. E eu adoro terapia, então sempre tive uma enorme equipe de terapeutas. Mas no final do dia tornou-se ‘estou me sentindo muito vista‘”, disse Alanis.

Olivia Rodrigo continua: “Tive uma experiência muito parecida. Lançar música na era das redes sociais pode ser realmente assustador, e acho que as pessoas consideram as mulheres jovens um padrão incrivelmente irreal. Eu segui o mesmo caminho que você e simplesmente não olhei para isso“.

“Não acho que alguém deva olhar para essas coisas. Eu não acho que nós, como seres humanos, devemos saber o que milhares de pessoas pensam sobre o que vestimos ou o que dizemos ou como falamos. Acho que ter essa separação é muito importante – perceber que essa não é a vida real, sabe o que quero dizer? Esse mundo que é criado online, é apenas uma faceta desta grande existência humana” – Olivia Rodrigo.

É claro que, quando Alanis começou, ainda não tinha a questão das redes sociais, era bem diferente. Mas de qualquer forma, a exposição existia.

Olivia Rodrigo admite que se sente pressionada com seu segundo álbum e questionou a Alanis como lidou com isso. “Depois de ‘Jagged Little Pill‘, em todos os lugares que eu ia, todos os supermercados sempre perguntavam ‘Quando sai seu próximo álbum? Eu também odeio homens’. Eu não queria escrever imediatamente. Há muita pressão para ser criativa. Para mim, trata-se de fotografias do que está acontecendo em sua vida agora – incluindo essa pressão“.

Como Olivia vai lidar com isso, só o tempo vai dizer. Por enquanto, ela ainda divulga o álbum de estreia “SOUR“.