O filme “Crossroads: Amigas Para Sempre” (2002), que voltou aos cinemas recentemente, é adorado por fãs da Britney Spears, mas a cantora teve uma má experiência durante o processo de filmagem. No livro “A Mulher em Mim”, ela conta que mergulhou tanto na personagem, que não conseguia sair dela. Ela foi Lucy dentro e fora do set, em tempo integral.
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“A experiência não foi fácil para mim. Não tive problema com qualquer pessoa envolvida no projeto, mas sim com o que a atuação fez com minha mente. Acho que comecei a atuar usando o Método, só que eu não sabia como sair da minha personagem”, Britney diz no livro. O método ao qual ela se refere é o de Stanislavski, em que os atores buscam as emoções e sentimentos dos personagens dentro de si mesmos, com base em suas memórias e vivências.
“Alguns atores utilizam o Método de atuação, mas em geral estão conscientes de que estão fazendo isso. Porém eu não separava as coisas de jeito nenhum. É constrangedor dizer isso, mas era como se eu tivesse uma nuvem ou algo do tipo sobre mim e eu simplesmente me tornei essa garota chamada Lucy. Com a câmera ligada, eu era ela, e então não sabia mais diferenciar quem era quem, fora ou dentro da gravação. Sei que parece ridículo, mas é a verdade. Eu levei isso muito a sério. Tão a sério que Justin [Timberlake] chegou a perguntar para mim: ‘por que você está andando assim? Quem é você?'”, narra a cantora.
Britney Spears acredita que Zoe Saldana e Taryn Manning a achavam estranha
Hoje em dia, Britney Spears tem consciência de que não precisava ter se desgastado tanto. Era um filme adolescente, com uma personagem ligeiramente inspirada nela mesma. Mas Britney estava desesperada para ser outra pessoa, interpretar uma personagem de verdade.
“Fui outra pessoa durante meses enquanto gravava ‘Crossroads’. Aposto que as garotas que fizeram o filme comigo até hoje pensam: ‘ela é um pouco… estranha’. Se pensaram isso, tinham razão”, observa Britney. No filme, ela contracena com Zoe Saldana e Taryn Manning, respectivamente Kit e Mimi, amigas de infância de Lucy.
“Esse foi basicamente o começo e o fim da minha carreira de atriz, e fiquei aliviada. O pessoal do casting do filme ‘Diário de uma Paixão’ ficou entre mim e Rachel McAdams e, mesmo que tivesse sido legal reencontrar Ryan Gosling depois da época de ‘O Clube do Mickey’, estou feliz por não ter feito. Se eu tivesse atuado nesse filme em vez de trabalhar no meu álbum ‘In the Zone’, eu ficaria agindo, dia e noite, como uma herdeira mimada da década de 1940”, pontua.