A franquia “Animais Fantásticos” está mesmo em declínio. Só agora que o filme “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”, estreado em abril, conseguiu alcançar US$ 400,5 milhões de bilheteria global. O número não é sequer metade do conquistado pelo primeiro filme da franquia.
“Animais Fantásticos e Onde Habitam” (2016) saiu de cartaz com US$ 814 milhões de faturamento mundial. O segundo filme, “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” (2018), fechou sua temporada nos cinemas com US$ 654 milhões de bilheteria global. Os números são muito distantes do registrado pelo terceiro filme.
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Por que o declínio de “Animais Fantásticos”?
A força da marca “Harry Potter” não foi o suficiente para sustentar vários problemas. O primeiro deles foi a má recepção do segundo filme da franquia, que gerou muitas críticas. O grande público saiu decepcionado, o que já diminuiu o interesse pelo terceiro filme – já disponível na HBO Max, onde tem uma segunda chance de cativar.
Além disso, a franquia acabou manchada por várias polêmicas envolvendo sua ficha técnica. A escritora J.K. Rowling, por exemplo, deu várias declarações transfóbicas, excluindo mulheres trans em sua defesa do feminismo. O rótulo de transfóbica afastou espectadores progressistas.
Para completar, um dos protagonistas da franquia, Johnny Depp, teve que ser substituído depois de ser acusado de violência doméstica contra a ex-esposa Amber Heard. O veredito da Justiça saiu na semana passada, favorável a ele, mas até aí ele já estava fora do elenco – e o filme, prejudicado.
Há também Ezra Miller, que frequentemente deixa os executivos da Warner Bros. de cabelo em pé. Às vésperas da estreia de “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”, Ezra foi prese no Havaí por conta de uma agressão em um bar de karaokê. Pode não parecer grande coisa, mas se torna uma campanha negativa para o filme, evidentemente.