Alok finalmente voltou aos shows presenciais após uma longa pausa por conta da pandemia do Covid-19. A apresentação aconteceu no domingo, 12 de setembro, no Untold Festival, na Transilvânia, Romênia, reconhecido como um dos mais importantes da música eletrônica.
A apresentação marcou o início da turnê “All We Have Is Now”, dando início à divulgação ao novo álbum que ainda não foi lançado (a previsão é para 2022). Mesmo assim, ele conseguiu dar um gostinho do que vem por aí tocando uma das novas faixas.
Para o novo álbum, Alok teve a inspiração principal os povos indígenas e até colaborou diretamente com eles. Foi o momento propício que ele encontrou para pedir mais amor aos índios.
“Este som eu fiz com uma tribo indígena do Brasil. Então, levante suas mãos e demonstre seu amor pelos povos indígenas“, disse Alok enquanto tocava sua versão de um canto da tribo Kariri Xocó produzida junto ao mestre de canto e dança Wyaã Uia-Thê Kariri Xocó.
Para deixar o show ainda mais especial, Alok contou com a participação Inna, uma das cantoras mais conhecidas do meio. Ela interpretou “It don’t matter”, single lançado em maio deste ano com Soffi Tukker, Inna e Alok.
Foram mais de 100 mil pessoas na plateia. Além disso, o show foi transmitido pelo YouTube oficial do Alok.
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O novo projeto de Alok
Alok tem uma série de sucessos icônicos e reconhecimento mundial, mas tem uma coisa que falta em sua carreira: um EP autoral. Agora, isso já está no caminho de acontecer. O projeto tem um tema especial que já foi divulgado: “O futuro é ancestral”.
Para se aprofundar no tema, Alok percorre musicalmente a jornada dos ativistas indígenas Célia Xakriabá, Kunumi MC, Mapu Huni Kuin, Tashka Yawanawa, e lideranças musicais dos povos Kariri-Xocó, Huni Kuin, Yawanawa e Guarani. Assim, por meio de sonoridades experiências, essa linha tênue entre o ancestral e o futuro será montado.
Para o artista, é fundamental entender a sabedoria ancestral para que se entenda melhor presente o futuro. Assim, se torna urgente propor um novo imaginário coletivo para o que chamamos de futuro.
O projeto está sendo gravado par o lançamento de uma série documental, que será lançada junto com o álbum, ainda sem data de lançamento. Vale ressaltar que toda a renda será integralmente revertida para apoio aos povos indígenas participantes.
Alok fala sobre o novo projeto:
“A minha forte conexão com os povos indígenas e meu respeito às suas histórias me despertaram a vontade de promover esta imersão com eles. Juntos vamos compor faixas com os povos Yawanawa, Kariri-Xocó, Huni Kuin e Guarani e os resultados desse trabalho serão integralmente revertidos às suas aldeias”, diz Alok.
“É muito importante criar caminhos de acesso à sabedoria da cultura indígena e sua visão de mundo, e a música é um excelente canal para isto. É importante corrigir erros históricos e possibilitar que as novas gerações se orgulhem e valorizem a sabedoria dos povos indígenas”, completa o artista.
A série terá roteiro original de Célia Xakriabá (professora ativista indígena do povo Xakriabá) e Moara Passoni, direção geral de Tatiana Lohmann e ideia original de Estela Renner, Marcos Nisti e Alok Petrillo.