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5 vezes que Ludmilla foi necessária na luta contra o racismo

(Foto: Reprodução Instagram/@ludmilla)

Ludmilla está completando 26 anos de vida neste sábado (24) e hoje é uma das maiores artistas brasileiras do segmento pop. Com toda fama e alcance, ela nunca deixou de ressaltar suas origens, usando a voz e influência para lutar contra o racismo – seja na indústria do entretenimento ou na vida.

(Foto: Reprodução Instagram/@ludmilla)

Em 2020 Ludmilla se tornou a primeira mulher negra da América Latina a chegar na marca de 1 bilhão de streams no Spotify. No mesmo ano, também garantiu na plataforma o título de 2ª artista feminina mais ouvida no Brasil.

Para quem começou cantando com poucos recursos na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, Ludmilla foi além da “volta por cima”. Conquistou seu espaço desde os tempos em que atendia pelo nome MC Beyoncé até achar sua própria persona, indo na contramão de qualquer estereótipo estrutural. Mulher, negra, bissexual e rainha da favela. Não é somente a sua voz que faz barulho, mas toda sua existência e trajetória.

Por conta disso, nada mais justo do que celebrar a data especial relembrando toda luta e resistência de Ludmilla em garantir não só seu lugar, mas o de outros também. O POPline selecionou 5 momentos em que ela foi necessária na luta contra o racismo e se tornou um exemplo para os jovens:

“Respeita o nosso funk, respeita a nossa cor e respeita o nosso cabelo”

Durante participação no “BBB 21”, além de beijar a esposa Brunna Gonçalves ao vivo, Ludmilla mandou um recado.

Seu show aconteceu na mesma época em que João Luiz foi vítima de racismo por parte de Rofolffo, que comparou o cabelo black do professor de Geografia com a uma peruca de homem das cavernas.

“Essa música fala de uma coisa que o mundo está precisando, que é respeito. Respeita o nosso funk, respeita a nossa cor e respeita o nosso cabelo”, disse a cantora antes de começar a música “Favela chegou“.

Dias depois, em seu perfil no Instagram Ludmilla mandou uma indireta sobre “lugar de fala” ao aparecer sem peruca.

“URGENTE: Ludmilla tira a lace e ganha lugar de fala #meublackminharaiz #meucabelominhasregras #respeitanossocabelo”.

A legenda veio como uma resposta às criticas que ela vinha recebendo após protestar no “BBB 21”.

“Tive que me mutilar para ser aceita”

Ludmilla se afastou das redes sociais no final do ano passado para voltar com o pé na porta. Uma prova disso foi em uma recente entrevista à Folha de S.Paulo, quando falou sobre suas plásticas e todo contexto por trás.

“Eu era a MC Beyoncé lá atrás. Tem alguma propaganda com a MC Beyoncé? Não tem! Porque eu não era padrão. Não era aceita. Nenhuma marca queria ser representada pela MC Beyoncé. Por isso, tive que me mutilar, afinar meu nariz, porque queria ser aceita”.

(Foto: Reprodução Instagram/@ludmilla)

“Não vou desistir e nem é só por mim”.

No final de março, Ludmilla perdeu um processo de injúria racial contra Val Marchiori e se mostrou inconformada com a posição da Justiça.

A socialite comparou o cabelo da cantora a uma palha de aço no Carnaval de 2016 e o veredito considerou que ela estava exercendo seu direito à liberdade de expressão.

“Já que a Justiça não faz nada, quero marcar um encontro com a Val pra ela soltar a liberdade de expressão dela no pezinho do meu ouvido, petição pra esse encontro. Petição para esse encontro RT”, disparou Ludmilla, convocando seus fãs e quem mais estiver ao seu lado neste caso, através de um post no Twitter.

Na época, a cantora falou com exclusividade ao POPline sobre o assunto:

“Não vou desistir e nem é só por mim. Eu tenho visibilidade, tenho provas e ainda assim estou passando por isso. Imagina quem é anônimo? Não posso e não podemos desistir”.

Visibilidade aos artistas pretos

Em novembro de 2020 Ludmilla saiu em defesa da visibilidade negra no mundo da música.

Ela, que já recebeu apoio do spotify internacional após lançar “Rainha de Favela, respondeu um post da plataforma de streaming que falava sobre os artistas pretos Brasil.

“Seria muito legal se isso acontecesse o ano inteiro! Um projeto e uma curadoria pra galera preta entrar nos tops seria demais. Playlists feitas por vários artistas negros brasileiros. Bora lá, Spotify!”.

Protesto no prêmio Multishow

Uma premiação “da classe artística” tende a ser vista como um ambiente seguro e receptivo. Mas o assunto mais falado da edição 2019 foram os ataques racistas sofridos por Ludmilla quando seu nome foi anunciado como vencedora da categoria “Melhor Cantora”. A cantora foi chamada de “macaca” por alguém que estava na plateia – em tese, um convidado.

Um ano depois, Ludmilla decidiu dar sua resposta aos detratores. Para quem não lembra, ela fez um protesto ao vivo durante sua performance expondo áudios de ataques racistas que já sofreu. Para ela, a ideia era mostrar para as pessoas um pouco do que ela vive constantemente.

“Às vezes, algumas pessoas não entendem algumas atitudes minhas. Mas é tipo só a pontinha do iceberg de tudo o que acontece comigo nos bastidores”, revelou em entrevista.

Assista ao momento:

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