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Entrevista: Iggy Azalea fala sobre vazamentos, muitas mudanças de planos e, claro, “Digital Distortion”, Anitta e visita ao Brasil


Nunca se falou tanto sobre Iggy Azalea no Brasil. A rapper, que ficou conhecida mundialmente graças ao megahit “Fancy” (2014), está prestes a lançar o segundo álbum da carreira e incluiu no aguardado “Digital Distortion” uma parceria com Anitta.

Polêmicas a parte – que infelizmente envolvem o vazamento do videoclipe, adiamento da estreia do projeto e até reclamação de alguns fãs da carioca – Iggy se diz tranquila. Conversamos com a rapper sobre o álbum, sobre “Switch”, o clipe engavetado, sua vinda ao Brasil, um novo single em breve e durante todo o papo Iggy se manteve de alto astral, simpática com sua voz serena, se mostrando grata pela paciência dos fãs e segura de que os altos e baixos só a deixaram mais forte.

POPline: Oi Iggy, a gente sabe que sua agenda está louca com todas as apresentações ao vivo de divulgação do novo single então obrigado por conversar conosco.
Iggy Azalea: Oi (empolgada)! Claro, prazer o meu.

A gente avisou aos seus fãs nas redes sociais que iríamos falar com você então a maioria das perguntas foi enviada por eles.
Ahhh que legal! Eles são sempre muito doces comigo.

Mas primeiro eu queria te fazer uma pergunta que talvez ninguém tenha feito ainda. Como você está? Pergunto porque desde você verbalizou que estava produzindo seu novo álbum, só vejo cobranças a sua pessoa. Ainda mais com os recentes atrasos, vazamentos e até aquele seu desabafo no Snapchat sobre a burocracia que atrasou novamente o “Digital Distortion”.
(risos) Ah… obrigada. Te garanto que eu estou bem. Juro. Sabe, a gente se apega tanto ao trabalho (risos) que às vezes eu fico um pouco frustrada com o andamento das coisas, entende? Mas eu, pessoalmente, estou feliz.

Li alguns fãs bem preocupados com você e como você estava reagindo a tudo isso.
Eles são uns amores (risos). Confesso que fico um pouco frustrada às vezes porque esse álbum tem sido, sabe, um longo processo e quando você acaba você quer que ele seja lançado imediatamente. Que os fãs o ouçam imediatamente, mas infelizmente tem esse outro lado que muitos não ouvem ou leem com frequência porque é muito chato.

Mas faz parte do trabalho, né?
Siiiim! É a parte chata do trabalho que ninguém tem porque saber (risos). Eu sei que fico chateada porque quero sim que meus fãs possam ouvir meu trabalho logo, sei que eles tem sido pacientes e quero que eles aproveitem, mas não precisam se preocupar. Eu estou bem (risos).

E ainda por cima você teve que lidar com vazamentos recentemente.
Ah os vazamentos (muitos risos)! O tempo todo… (suspiro) esses vazamentos! Uma coisa difícil é navegar [pela web] em 2017 por causa da ação desses hackers. É muito difícil!

Então, os fãs até nos perguntaram se você vai manter o disco como você idealizou ou vai mudar alguma coisa depois dos vazamentos.
Não, não… é muito tarde para mudar alguma coisa agora. O disco está pronto!

Depois de tudo o que aconteceu, você ter que começar um disco do início, as críticas. A gente pode dizer que durante o processo de criação do atual “Digital Distortion” você está mais confiante com seu papel como rapper feminina?
Sim! (empolgada) Me sinto muito mais confiante, acho que não há mais essa busca por validação, estou muito feliz em falar o que precisa ser dito e não estou preocupada mais com as críticas de ninguém. Gostaria que houvesse mais rappers femininas, mas estou feliz em ser uma delas.

Você nunca vai conseguir agradar a todo mundo e sempre haverá críticas. Cabe você decidir como vai usar isso a seu favor.
Exatamente! Em tudo o que você fizer, vão acontecer críticas. Se você trabalha com música, se for ao escritório todos os dias, não importa o que você faça, elas estarão ali. Mas as críticas podem te ajudar porque elas te fazem questionar suas escolhas, às vezes você pode reconsiderar e fazer melhor da próxima vez ou confirmar que você fez a escolha certa.

Vamos lá! Os fãs querem saber quando teremos a trackist final?
Não… quando tiver no iTunes aí todo mundo vai saber a tracklist (risos).

Claro que a gente não podia deixar de falar dela, Anitta. Como foi trabalhar com ela no estúdio?
Foi tão divertido! Ela esteve lá por dois dias, tão doce, nos divertimos, ela me mostrou algumas músicas que ela estava trabalhando, o novo single. Depois mostrei a ela algumas músicas, algumas que ela pudesse gostar no caso dela querer, sabe, usar algo para ela… Eu sempre tenho essa boa coleção de músicas que coisas que eu gostaria de usar para mim, outras eu gosto de mostrar para meus amigos da música na esperança de termos uma conexão.

Então você ouviu “Paradinha”?
Sim! Quando ela veio gravar “Switch”, ela me mostrou a música, a dança e me explicou como a dança era importante para o sucesso da música. Ela me disse que queria criar movimentos que todos que assistissem pudessem fazer. Achei uma ideia bem inteligente e adorei o single.

Já que você deu a deixa… falando sobre a dança… você tentou ou está disposta a tentar?
(muitos risos) Eu estou disposta a tentar (risos), mas é muito difícil! Da próxima vez que eu me encontrar com a Anitta vou pedir para ela me dar uma aula!

Por favoooor, gravem essa aula de dança! A gente PRECISA ver!
(muitos risos) Eu vou tentar. (risos)

Uma das perguntas que mais recebemos: quem canta em “Boom Boom”.
Ah, quem canta em “Boom Boom”? É uma compositora, amiga minha. O nome dela é Priscilla Renea. Aquela parte ela compôs comigo no estúdio. Eu sempre estou procurando cantores e chegamos a ela, descobrimos que ela é uma compositora e e também artista. Perguntei se ela queria ficar na música e ela adorou o convite.

A gente sabe que você está a caminho do Brasil. Mas você sabe quando?
Eu tenho algumas datas em potencial, talvez em julho, mas Anitta está ocupada com seu novo single então estamos tentando achar, os dois times, algumas datas em que ela não está ocupada e a gente possa ir juntas para os programas de TV. Não quero cantar essa música no Brasil sem ela porque seria um desrespeito com os fãs e é importante fazermos isso juntas, especialmente no Brasil. Estamos tão ocupadas, ambas, mas estamos estudando.

E voltar com uma turnê, Iggy? É possível?
Nossa, eu adoraria fazer um show inteiro para vocês. Porque há um novo single saindo provavelmente no início de julho que tem outro convidado cantando o pre-refrão. Então as músicas agora tem esse conjunto mais multicultural para que as pessoas da América do Sul possam gostar e aproveitar.

E, claro, tenho que falar sobre o clipe de “Switch”. É verdade o rumor que você estava pensando em regravá-lo?
Sim, foi algo que conversamos, mas o custo é muito alto, muitas pessoas envolvidas e difícil de fazer acontecer então acho que vai ser difícil sair. Infelizmente a gente tinha preparado tudo para divulgar e o vazamento aconteceu.

Então você já bateu o martelo ou ainda está pensando sobre?
Não acho que será lançado, infelizmente.

Mudando de assunto, algo mais leve, você sabe falar português?
Não!

Podemos tentar?
(muitos risos) Ai meu Deus! Vamos tentar! Vamos tentar!

Muitos dos seus fãs brasileiros, quando querem dizer que você arrasa dizem que você “pisa muito”.
Como diz mesmo?

Descubra aí no vídeo…