Em seu disco de estreia, o “Sinto Muito” (2018), DUDA BEAT se lançou aos holofotes com a sua pegajosa sofrência tropical. Já no “Te Amo Lá Fora” (2021), a cantora se consolidou na cena, de mãos dadas ao obscuro. Agora, ela lança seu terceiro álbum de estúdio, o “Tara e Tal”, e, com ele, traz a potência de uma mulher que já está liberta de preocupações quanto a se provar aos outros. Ao POPline, DUDA BEAT falou sobre o papel do novo projeto em sua carreira, o processo criativo da capa, o novo show e mais!
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DUDA BEAT é uma mulher e uma artista de muitas facetas e, nesse novo compilado, ela quer explorá-las mais a fundo, mas sem romper com o passado. O recém-lançado “Tara e Tal” desenvolve uma narrativa que é contada desde o primeiro álbum da cantora, mas, agora, DUDA sente que tem sido cada vez mais ela mesma. Depois de já revelar os singles “SAUDADE DE VOCÊ” e “PREPARADA”, ela quer que o público conheça mais dela a partir de novas histórias contadas em outras 10 faixas.
“Eu acho que o papel dele [do ‘Tara e Tal’] é mostrar mais um lado meu. A gente tem um monte deles, pensa em um monte de coisa ao mesmo tempo […]. Eu ainda tenho muito pra mostrar, se Deus permitir [rs]. Eu sinto que ele é subversivo na medida certa, que vai revelar coisas, gostos musicais meus ainda não revelados. Isso é muito importante para que as pessoas me conheçam mais, para que se aprofundem em mim. Isso tudo sem romper com o passado, eu ainda sou muito aquela DUDA BEAT, que sofre, que é melancólica, mas que quer se arriscar. Sinto que, nesse álbum, não há a necessidade de me provar pra alguém porque acho que já mostrei a que vim nos dois primeiros, mas ele acaba mostrando um outro lado meu, um lado divertido, de uma pessoa que só quer se jogar, que quer ser feliz, e que se volta pro passado, olhando pro futuro e entendendo o presente”, definiu DUDA BEAT.
Para a cantora pernambucana, a capa e os visuais do projeto têm tudo a ver com a sonoridade das novas músicas, e revela que tudo foi pensado em harmonia. Mais uma vez, inclusive, DUDA foi aclamada nas redes sociais pela foto de capa de um álbum, o que já acabou posicionando-a como referência quando o assunto é esse.
“É um álbum que, sonoramente, ele é meio surreal. Ele tem um rock, um miami bass […]. A gente quis dar esse choque visual, porque ele também traz um choque sonoro, de uma certa forma. Tem um rock que vira uma música latina no meio, então não tinha como não ser muito doido esse visual”, contou DUDA ao POPline, revelando que, para a foto de apresentação do projeto, também bebeu da fonte de capas de álbuns icônicas de bandas de rock dos anos 80.
Ainda no que diz respeito aos visuais da nova era, antes mesmo da chegada do álbum, a artista inovou ao lançar um videoclipe inteiro na vertical, em partes, sob o formato de Reels, no Instagram. Isso, inclusive, é também um reflexo da queixa que muitos artistas e produtores de conteúdo tem externado quanto ao YouTube e a não entrega dos vídeos publicados na plataforma.
DUDA não esconde que o momento atual da plataforma impacta, sim, em seu sentimento quanto à sua arte. Para o antecessor do “Tara e Tal”, a cantora entregou verdadeiras obras de arte em forma de videoclipes, para as faixas “Nem Um Pouquinho” e “Tocar Você”, e os fãs apontam até hoje que os projetos não receberam o devido valor e números.
“Eu me sinto um pouco triste porque eu amo fazer clipe. Pra mim é uma alegria ver a história sendo contada. É uma camada que acho que fica tangível aos olhos de quem vê. Quando você escuta uma música, você só sente a música. Quando você vê o negócio se materializando, dá pra entender um pouco da história. Mas eu também sinto que é muito um ciclo natural das coisas. Eu nasci na década de 80, então eu vi o Orkut nascer, ter seu auge, e morrer. O MSN, o Facebook… Então eu acho que é o que vai acabar acontecendo com outras mídias, sabe? É natural as coisas irem se substituindo. A gente tem que observar e ir fazendo de uma maneira com que as pessoas não percam o interesse no audiovisual, que é maravilhoso”, refletiu a cantora.
“Tara & Tour”: Novo show será dividido em atos
DUDA BEAT está preparadíssima para cair na estrada com o novo show, que já está sendo preparado. Nos últimos dias, a cantora anunciou a “Tara & Tour”, que dará suporte ao recém-lançado disco. A primeira parada da empreitada acontece em São Paulo, no dia 16 de maio. Fortaleza, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília são as cidades já confirmadas na rota.
Válido destacar que, antes, a artista se apresenta ao lado de Nando Reis na edição de estreia do WhatzPOP71, o festival do POPline. O evento está marcado para 30 de abril, na emblemática Arena Fonte Nova, em Salvador.
Ao POPline, a voz de “Bixinho” contou que o novo show será dividido em atos, e que contará as histórias por trás desse terceiro álbum. Sem entregar muitos spoilers, ela quer que as pessoas se surpreendam com sua performance nesse novo espetáculo.
“Eu estou muito feliz com o meu show novo, a gente já começou a ensaiar […]. Ele vai acontecer em atos super bonitos, e vai contar um pouco da história dessa personagem que renasce nesse terceiro disco. A gente quis deixar o palco mais simples, mas ao mesmo tempo não. A luz vai ser um elemento muito importante nesse novo show. As projeções vão ser um pouco mais minimalistas, porque o palco vai estar com informação o suficiente para as pessoas prestarem atenção no que está acontecendo ali. É um show que estou preparando com muito carinho, que estou dedicando muita atenção para que ele saia de um jeito maravilhoso e as pessoas se surpreendam”, adiantou DUDA.
Ouça o álbum: