Nesta terça-feira (19) saiu o tão esperado clipe de “G R O W“, parceria de Willow com Avril Lavigne e que também tem Travis Barker. O público já conhece essa música há alguns meses, já que faz parte do álbum “Lately I Feel Everything“, lançado pela cantora de 20 anos em julho.
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Nessa era, Willow surpreendeu ao abraçar o estilo pop/punk. Ela não nega que Avril Lavigne foi uma das suas cantoras favoritas enquanto crescia e essa não poderia ser uma parceria mais adequada.
Para o clipe, elas aparecem como gigantes em uma cidade. Elas também cantam juntas ao melhor estilo banda de garagem.
Assista ao clipe:
Willow Smith abre o jogo sobre ser uma mulher preta tocando pop punk
Com o novo álbum “Lately I Feel Everything” na praça, Willow Smith falou sobre suas influências neste trabalho – de My Chemical Romance à musa inspiradora Avril Lavigne -, mas sobretudo sobre o sentimento de ser uma mulher preta tocando pop punk.
Em entrevista à Alternative Press, Willow reflete o fato de ter crescido sob os olhos do público. Inquieta, passou de estrela infantil à adolescente soul/r&b. Ainda jovem, tornou-se apresentadora de um programa de discussão familiar. Mas sua admirável franqueza também foi confundida com pretensão, sua exploração do gênero pela indecisão e suas tendências de outsider policiadas por noções racializadas e antiquadas de como um músico “alternativo” deveria ser.
E, definitivamente, Willow se recusa a ser colocada em uma caixa. Incrivelmente versátil, toca guitarra desde tenra idade. Seu mais recente desenvolvimento artístico permitiu a ela o espaço para canalizar totalmente seu amado pop punk. “Historicamente, os jovens afro-americanos têm sido constantemente colocados nessas caixas, e eu sinto que até mesmo em nossa própria comunidade, quando tentamos sair dessas caixas e quando tentamos fazer algo diferente, somos examinados por nossa própria comunidade“, reflete Willow.
“Eu sinto que as pessoas têm medo de permitir que esse despertar aconteça porque, por muito tempo, as pessoas em grupos minoritários foram reprimidas. Permitir que as minorias se expressem plenamente traz à tona o fato de que teremos que lidar com essas opressões sociais e sistêmicas que vivemos. Eu não acho que falamos o suficiente sobre como as saídas criativas de pessoas de cor podem ser um grande caminho para incitar mudanças”, pontua Willow.
Contudo, Willow tem consciência de seus privilégios enquanto filha de famosos. Mas ressalta: “Ser negro é ser negro; mesmo se você for um privilegiado, ainda vai experimentar algumas dessas resistências. Eu só quero continuar me expressando, e quero continuar deixando outras pessoas de cor saberem que podemos simplesmente fazer o que quisermos“.
A artista conta que se pudesse escolher um álbum para mostrar a um jovem que começasse a curtir emo, seria “The Best Damn Thing“, da Avril Lavigne. “Há uma música específica lá chamada ‘I Don’t Have To Try’ que eu simplesmente tocaria quando era criança. Meu eu de 13 anos estaria vivo até hoje”.
Trabalhar com Avril Lavigne foi a realização de um sonho para Willow. “Ela é simplesmente incrível. Ela conhece esse gênero como a palma da sua mão. Foi fácil vê-la inventar seus versos. Ela sabe exatamente o tom certo que vai funcionar com a música. Dos 13 aos 16 anos, ela era meu ídolo. É muito bom poder ter um álbum pop punk com a presença e o aval da rainha do pop punk“, derrete-se a jovem, que gravou a faixa “Grow” com a cantora canadense.