A atualização da Billboard Hot 100 esta semana foi positiva para “Wild Side“, nova música da Normani em parceria com Cardi B. Pela primeira vez desde o lançamento, a faixa registrou uma subida de posição. Mesmo que seja tímida, mostra que tem potencial para se manter e crescer ainda mais.
“Wild Side” estreou em 14º lugar. Logo na segunda semana caiu para #45, seguindo para #61. Nesta semana, subiu para #60. Parece pouco, mas já é um feito a se comemorar.
A divulgação de “Wild Side” não tem sido como os fãs gostariam. Eles cobram mais investimentos da gravadora, algo que tem sido falho. Para a grande volta de Normani após quase dois anos de pausa, esperava-se uma atenção mais especial. No entanto, ela prova que tem sua própria força, apesar dos pesares.
Atualmente “Wild Side” está em #150 no iTunes dos Estados Unidos, #165 no Spotify e se destaca nas rádios. Está em 30º lugar nas estações pop, em #23 nas especializadas no estilo Rhythmic, além de #22 nas do gênero Urban.
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Normani: “Sempre me senti a ‘zebra’ em tudo o que eu fiz”
Normani está na capa da revista Allure, com uma sessão de fotos assinada por Nicola Formichetti – conhecido por seus projetos com Lady Gaga. Ela fala sobre seu novo álbum, “Wild Side“, sobre como enfrentou o preconceito e encontrou confiança em sua vida.
Superando o preconceito
Antes de se tornar a mulher confiante que é hoje, Normani recebeu muito bullying dos seus colegas (brancos) da escola. Ao mesmo tempo, isso foi amenizado pelo apoio de sua família.
“Eu sofri muito bullying. Não sentir como se tivesse essa representação na escola foi muito difícil”, disse ela. Com todos os problemas na escola, seus pais decidiram que seria melhor que ela estudasse em casa – a decisão veio depois de se mudar para Houston após o furacão Katrina e mudar de escola mais algumas vezes.
Essa aceitação da família foi fundamental. “Eu cresci me sentindo linda. Minha mãe, meu pai e minha avó me ensinaram desde muito cedo que eu era bonita ”, disse ela, sorrindo. “O fato de minha pele ser chocolate era uma coisa linda. Meu cabelo crespo era lindo. Eu não preciso endireitar isso. Eu posso balançar minhas tranças para a minha escola só de brancos”, lembrou.
No entanto, certo resquício desse bullying chegou até seu momento atual. Ela tenta evitar pensamentos, mas eles acabam chegando… “Sempre me senti a ‘zebra’ em tudo o que eu fiz“, refletiu. Daí, vem uma síndrome de impostor. As vitórias são reais e merecidas se você teve que trabalhar mais do que todos para o reconhecimento?
Sobre esse assunto, ela lembra os tempos de Fifth Harmony. “Eu realmente não conseguia cantar no grupo. Eu me sentia esquecida”, diz Normani. “Essa ideia foi projetada em mim. Tipo, este é o seu lugar”.
Na carreira solo, ela quer mostrar que pode ser a protagonista e fazer tudo o que sentir vontade.
“Meu propósito neste trabalho é fazer com que outras pessoas descubram as mulheres pretas. Há tantas camadas para nós, há tantas texturas, há tanto que somos capazes de fazer”, disse Normani.
“Sim, eu posso jogar a bunda. Mas também posso dar a vocês vocais impecáveis, e posso fazer balé e posso fazer dança contemporânea. Se eu quiser cantar essa balada pop, você vai adorar! Enquanto você vê meu rosto preto!”, afirmou. ela.
Seu álbum de estreia está demorando para sair, mas ela coloca parte de culpa em seu perfeccionismo, o que deixa o processo mais lento. “Isso desacelerou meu processo e me permitiu entrar no meu próprio caminho“, admitiu.
Sobre “Wild Side”
Atualmente Normani divulga “Wild Side“, seu single em parceria com Cardi B. Esse foi um passo muito importante para sua carreira.
“Muitas pessoas não estão esperando essa [música] e é por isso que eu queria lançá-la primeiro”, diz Normani. definiu ela. “Fui à compositora [Starrah] e disse:‘ Quero algo realmente sexy ’”, explica ela. “Eu apenas senti essa sensação de estar me encontrando. Agora me sinto mulher.”
“Essa é a música de que preciso também para me sentir uma vadia má”, disse ela.
Para o álbum, os fãs podem esperar algo bem emocional. “É o fim do espectro. É vulnerabilidade. São as coisas que me assustam. São as coisas que me deixam insegura“, definiu.
Ela está trabalhando com grandes nomes como The-Dream, Rodney Jerkins, Priscilla Renea, Victoria Monét e Tayla Parx.