WD mostrou sua voz em “Eu Sou”, que retrata suas lutas contra o racismo, mas também se aventura em outras temáticas musicais. O que ele não esperava era uma intensa repressão após lançar “Surra de Hãn”, música em que aparece cantando sobre sexo. Até o fechamento desta publicação já são mais de 60 mil seguidores perdidos e milhares de ataques nas redes sociais.
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A discussão levanta pontos interessantes, afinal, músicas sobre sexo não são nenhuma novidade. Tanto no funk, como no pop atual, temos inúmeros exemplos de artistas nacionais que entoam refrões sensuais com coreografias que seguem a mesma linha, como Anitta em “Funk Rave” e Luísa Sonza na recente “Campo de Morangos”.
Se tratando de WD, um homem negro e gay, podemos analisar o seguinte: o artista ganhou fama ao participar do “The Voice Brasil” e boa parte de seus seguidores vieram diretamente do programa da TV Globo, um público mais segmentando e conservador. Isso, obviamente, não justifica nenhum tipo de ataque, mas nos leva a pensar em quem está por trás de todos os comentários negativos, xingamentos e ameaças.
Um caso parecido aconteceu com Pabllo Vittar, que chegou em lugares onde drags não costumavam chegar — o que gerou uma intensa perseguição, principalmente em 2018 com as eleições presidenciais. A cantora foi envolvida em inúmeras fake news durante a disputa entre Jair Bolsonaro (na época, do PSL) e Fernando Haddad (PT). Umas delas era que ela viraria apresentadora da “TV Globinho” caso o petista ganhasse…
WD manda recado aos haters
“Só por ser uma bicha preta, poderosa, empoderada, magnética, bonita, fazendo o meu trabalho. Você não vai me dizer que não me aceita, não vai me dizer que não me tolera, porque você não tem esse poder. Eu retiro esse poder de você, você vai me respeitar por quem eu sou“.