O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem qualquer restrição ou apontamento contrário, a venda da gravadora Som Livre para a Sony Music. De acordo com informações do UOL, com isso, finalmente, a Globo poderá receber integralmente a quantia negociada na operação, de US$ 255 milhões (aproximadamente R$ 1,43 bilhão).
Segundo consta no relatório de aprovação do negócio, do qual o Notícias da TV teve acesso, mesmo que a Sony aumente sua participação no mercado fonográfico em mais de 10% com a compra, a gravadora americana ainda não terá um grande poderio financeiro a ponto de causar um monopólio na distribuição de música no Brasil.
Ainda segundo a publicação, a Globo alegou que está se desfazendo da gravadora por causa da sua mudança de política interna de investimentos. Confira um trecho do documento de aprovação:
“De fato, a partir das informações pelas requerentes, teste pelo teste de mercado e fornecido pelo terceiro interessado, observa-se que uma operação elevará a participação de mercado do Grupo Sony. Contudo, uma análise da probabilidade de exercício de poder de mercado revelou que as condições de rivalidade e de entrada atuais atuais da evolução do mercado mitigariam tal risco concorrencial. (…) Por todo o exposto, conclui-se pela aprovação sem restrições do presente ato de concentração”.
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A previsão é que a Sony Music assuma a Som Livre totalmente no início de 2022. Mesmo com a compra, a marca Som Livre ainda existe durante mais alguns anos. Casa de muitos dos artistas mais populares do Brasil, a Som Livre se tornará um centro criativo independente dentro da Sony Music que continuará a contratar, desenvolver e promover seu próprio elenco de talentos, e fornecer uma ampla gama de serviços à comunidade musical brasileira. Marcelo Soares continuará como CEO da Som Livre.
“Olhando para o futuro e enxergando todas as oportunidades pela frente, é muito empolgante saber que teremos a Sony Music conosco. Estamos, mais uma vez, no lugar certo para garantir as melhores possibilidades de desenvolvimento de carreira para nossos artistas e funcionários”, revelou Marcelo Soares, CEO da Som Livre.
Já para Rob Stringer, Chairman, Sony Music Group, “o Brasil é um dos mercados musicais mais dinâmicos e competitivos em crescimento no mundo e nós traremos enormes oportunidades para os talentos através da nossa visão compartilhada”, revelou.