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Sony Music anuncia compra da gravadora Som Livre

Foto: Logo/Reprodução

Depois de muita especulação, a Sony Music Entertainment (SME) acaba de anunciar ter assinado acordo definitivo com a Globo Comunicação e Participações S.A. para aquisição da empresa independente de música Som Livre. O mercado já vinha acompanhando a movimentação da Rede em vender a sua gravadora. Os comentários dos bastidores era que as negociações giravam em torno de US$ 250 milhões a US$ 300 milhões, cerca de R$ 1,6 bilhão.

“Estamos encantados em investir na Som Livre e ampliar nossa relação com essa empresa tão especial. O Brasil é um dos mercados musicais mais dinâmicos e competitivos em crescimento no mundo e nós traremos enormes oportunidades para os talentos através da nossa visão compartilhada”, revelou Rob Stringer, Chairman, Sony Music Group.

Casa de muitos dos artistas mais populares do Brasil incluindo Marília Mendonça, Jorge & Mateus, Wesley Safadão, Lexa, e estrelas em ascensão como Israel e Rodolffo, Dudu MC, Filipe Ret e Grupo Menos é Mais, Som Livre se tornará um centro criativo independente dentro da Sony Music que continuará a contratar, desenvolver e promover seu próprio elenco de talentos, e fornecer uma ampla gama de serviços à comunidade musical brasileira. Marcelo Soares continuará como CEO da Som Livre.

“Som Livre teve um excepcional período de 50 anos como uma empresa da Globo. O suporte da Globo foi fundamental para o crescimento da Som Livre, sobretudo pela última década, quando construímos o negócio ao que ele é hoje. Olhando para o futuro e enxergando todas as oportunidades pela frente, é muito empolgante saber que teremos a Sony Music conosco. Estamos, mais uma vez, no lugar certo para garantir as melhores possibilidades de desenvolvimento de carreira para nossos artistas e funcionários. Sou muito grato por tudo que conquistamos com a Globo, e estou ansioso por começar essa nova fase com a Sony”, conta Marcelo Soares, CEO da Som Livre.

Entenda o caso

No último ano, foi anunciado pela Globo que a decisão de vender a Som Livre é parte do processo de transformação da companhia, baseado no modelo D2C (sigla em inglês de “direto para o consumidor), no qual uma empresa controla todas as fases dos processos de produção e distribuição.

Em nota, a Globo havia informado que estava fazendo uma análise detalhada do valor estratégico de seus ativos, com foco nos negócios que mais atendem à sua estratégia principal. “A música continua muito importante no portfólio da Globo, mas acreditamos que é um bom momento para sairmos do negócio tradicional de gravadora e nos concentrarmos na estratégia D2C”, disse Jorge Nóbrega, presidente executivo da Globo, frisando que a gravadora é um negócio “sólido e rentável.”

Em busca de novos talentos e de portas abertas para diferentes vertentes musicais, há mais de 50 anos a Som Livre é responsável por apostar e lançar diversos nomes de sucesso no mercado. Hoje a Som Livre atua além da função de uma gravadora, com foco em produção de conteúdo e marketing musical.

Durante sua história, a Som Livre lançou nomes importantes da música no país, como Djavan, Barão Vermelho, Cazuza e atualmente possui alguns dos maiores nomes da música nacional. Na linha de shows, a empresa é detentora de grandes festivais e eventos, como Festeja, Samba Demais, Destino Música e Arena Pop, além de assinar projetos para outras marcas, como o Glacial Fest, da Heineken.

Recentemente, o mercado viu a saída de Luan Santana da Som Livre e a sua assinatura com a Sony Music. Além dele, Pabllo Vittar é uma das contratadas da gravadora e já fez turnês internacionais, foi indicada ao Grammy Latino duas vezes, é notícia fora do Brasil recorrentemente, e volta e meia aparece com novos “feats” gringos. Os mais recentes são com Marina e Lauren Jauregui.

Em seu casting também estão artistas como Enrique Iglesias, Jennifer Lopez, Maluma, Shakira, Marc Anthony, Camilo, Carlos Vives, Ozuna, Ricky Martin, Prince Royce e Thalía.

Em tempo…

A operação global da Sony Music anunciou que a sua receita anual de streaming em 2020 registrou um aumento de 19,5%, representando quase meio bilhão de dólares de acréscimo, se comparado a 2019. Além disso, no total, o crescimento da empresa ficou em torno de 8% da sua receita global.

Segundo o relatório anual da major, as receitas de streaming significam mais da metade do valor total da empresa, registrando US $2,87 bilhões durante os 12 meses do ano passado. Enquanto a receita mundial da Sony com música – em todos os formatos, licenciamento, etc.- atingiu US $4,51 bilhões (cerca de R$ 24 bilhões), um aumento de 8,1% em relação ao ano anterior.

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