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Receita Federal apreendeu mais de 250 mil produtos falsificados da JBL e Harman em 2021

Operações indicam que as caixas de som e os fones de ouvido das marcas são alguns dos principais alvos da pirataria no país

Foto: Divulgação

A Harman registrou a apreensão de mais de 250 mil produtos falsificados em 2021, envolvendo principalmente as caixas de som portáteis e os fones de ouvido das marcas JBL e Harman Kardon. A empresa monitora as ações da Receita Federal que têm por objetivo o combate à pirataria no Brasil – no último ano, foram mais de 40 operações com apreensão de produtos, devido às fiscalizações realizadas pelas autoridades.

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Entre os mais de 250 mil itens apreendidos em 2021, 63% são caixas de som portáteis, 29% rótulos com réplicas das logomarcas e 8% fones de ouvido. Além desse monitoramento junto às autoridades, a Harman mantém uma atenção especial com lojas online e outros varejistas para inibir os anúncios de modelos falsificados. Rodrigo Kniest, vice-presidente Senior para a América do Sul e presidente da Harman do Brasil, reforça a importância do trabalho da Polícia Federal no combate à pirataria.

“As recorrentes cargas de produtos falsificados prejudicam nossa empresa, o mercado e a sociedade com produtos que tem performance muito inferior, eventualmente colocando em risco os usuários com baterias que podem até incendiar e, ainda, sonegando impostos que deveriam ser revertidos em serviços para a comunidade”, afirma o executivo.

Rodrigo Kniest, vice-presidente Senior para a América do Sul e presidente da Harman do Brasil | Foto: Divulgação

Em linhas gerais, de acordo com a marca, há dois perfis de consumidores destas réplicas. Há pessoas que não percebem que o produto é falsificado e, consequentemente, decepcionam-se com a qualidade da marca posteriormente.

“Muitas vezes recebemos reclamações em nossos canais de comunicação de modelos que sequer temos em nosso portfólio”, destaca Kniest. Já outra parcela do público busca conscientemente a pirataria, pois quer ter aquele produto desejado mesmo que abaixo do padrão original – no entanto, colocam-se em risco com baterias ilegais, além de ter um item sem nenhuma das tecnologias exclusivas da Harman, com um som descaracterizado e de baixa qualidade.

Dados gerais de apreensão em 2021

Ao longo de 2021, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) retirou do mercado mais de 3,3 milhões de equipamentos irregulares. Desde 2018, quando criou o Plano de Ação de Combate à Pirataria (PACP), a Anatel apreendeu, lacrou ou reteve 4,2 milhões de produtos de telecomunicações, no valor estimado de R$ 475,8 milhões.

Dos produtos retirados do mercado, pouco mais de um milhão eram equipamentos de radiação restrita, como fones de ouvido, teclados sem fio, caixas de som, relógios inteligentes, mouse sem fio e microfones. Na sequência, ficaram os carregadores de baterias (951 mil) e as SmartTV Boxes (805 mil). Do total de produtos retirados de circulação, 2,9 milhões estavam em portos, aeroportos, centros de distribuição dos Correios e couriers.

Como identificar caixas de som e fones de ouvido falsificados

A primeira dica que a marca dá para identificar caixas de som e fones de ouvido falsificados da JBL e da Harman Kardon é conferir os portfólios das marcas em seus canais oficiais. Em diversas situações, o mercado clandestino comercializa modelos com nomes que sequer existem na empresa, além de ofertar preços muito abaixo dos praticados pelo mercado regular.

Foto: Divulgação

Comumente, os produtos falsificados contam com a logomarca distorcida ou muito grande. Outro ponto de atenção é a paleta de cores e os detalhes de cada item (como traços metálicos, acabamentos em couro, etc), que o mercado ilegal não consegue se aproximar com precisão.

A marca garante ainda que as tecnologias de som e conectividade foram projetadas a partir de um conhecimento profundo obtido ao longo de décadas no mercado, de forma que a pirataria não é capaz de produzir algo minimamente parecido. Portanto, ao ouvir uma caixa de som ou fone de ouvido da JBL ou da Harman Kardon com qualquer distorção de graves, o consumidor já pode ter certeza: não se trata de um produto original.