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Quem é Jenni Mosello, cantora e compositora que traz reflexões sobre o feminino no álbum ‘FEMMINA’?

Alice Caymmi, Bivolt, Carol Biazin, Carolzinha, Cleo, Day Limns, Jade Baraldo, King e Rafa Villella participam desse ode ao feminino proposto pela artista curitibana
Jenni Mosello. Foto Heloisa Vecchio.

Jenni Mosello lançou no dia 26 de maio ‘FEMMINA’, o segundo álbum de sua carreira. Fazendo um ode ao feminino e propondo reflexões sobre o papel da mulher no mundo das artes, a obra conta com as participações de Alice Caymmi, Bivolt, Carol Biazin, Carolzinha, Cleo, Day Limns, Jade Baraldo, King e Rafa Villella.

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A artista viveu por 10 anos em Roma e sempre foi interessada por arte. Na capital italiana, Jenni frequentava museus e galerias, se tornando referências importantes no seu desenvolvimento estético. Depois de adulta, começou a questionar a falta de nomes femininos nas telas que admirava e nos locais que visitava. Foi assim que decidiu se dedicar à pesquisa sobre a história dessas mulheres que foram ignoradas pelos museus e livros de história. 

Em seu clipe da faixa ‘Disfarço’, lançado em janeiro de 2021, reproduz uma obra de Artemisia Gentileschi, artista renascentista contemporânea a Caravaggio, considerada uma das primeiras pintoras feministas da história, porém esquecida pelas apostilas das escolas. ‘FEMMINA’, segundo a artista, apresenta toda essa atmosfera.

“‘FEMMINA’ é um disco sobre o feminino, sobre a história das minhas ancestrais se fundindo à minha. Sobre quebrar ciclos, abraçar nossas vulnerabilidades e não temer nossa força. Depois de anos na indústria do entretenimento como cantora e compositora, fui estudar a história da mulher na arte e foi inevitável a urgência de criar esse disco, que traz reflexões sobre o que é o feminino no mundo artístico. Será mesmo que somos o sexo frágil? Será mesmo que é impossível decifrar uma mulher? Será mesmo que somos o que falam de nós? Ou apenas nunca nos deixaram falar?”, questiona Jenni

Jenni Mosello. Foto Heloisa Vecchio.

“Foram essas perguntas que me levaram a fazer esse álbum de uma forma quase visceral, é uma obra intensa, vulnerável, porém potente. Composto por artistAs, onde a intenção é cantar para o mundo o que nunca pensaram que nós mulheres seríamos capazes de falar, fazer ou pensar. Uma ode ao feminino e todas as suas pARTEs”, completa Jenni.

Jenni se apresenta como artista pop disruptiva e provocativa, que utiliza a música como ferramenta de sentimento e reflexão. Deseja que o público sinta a mesma catarse que ela sente ao cantar. E ela reuniu um time de mulheres, não apenas nas participações, mas em todo o processo do projeto.

“Se falando de feminino, fala-se de muitas jornadas. Eu tenho minha vivência, mas acompanho de perto a de muitas outras mulheres e cada uma enfrenta batalhas diferentes. Todas essas histórias precisam ser contadas. Para isso, foi imprescindível me juntar a esse time de mulheres incríveis que somam não apenas nos feats, como na instrumentação, produção, mixagem, composição, fotografia etc. Em todos os âmbitos deste projeto, temos mulheres somando suas próprias experiências às minhas para cantarmos juntas as nossas verdades e escrevemos pelas nossas próprias canetas a nossa história”.

Jenni Mosello. Foto Heloisa Vecchio.

O resultado é um álbum darkpop onde, ao longo de 13 faixas, Jenni Moscello apresenta composições, vocais potentes, parcerias importantes, atmosfera intensa e dramática. E, claro, muito feminino.

Além disso, Jenni ainda lança o clipe de ‘Palmas’, canção com participação de Bivolt e produção musical de Nave Beats, além da própria artista e de Lucas Vaz. A direção é de Ygor de Oliveira.

“É um plano sequência que estamos nos desafiando a fazer algo diferente. É um clipe-longa, que vai ter uma surpresa para os fãs”, revela a artista. 

De acordo com Jenni, foram 3 anos para fazer esse disco. A artista ainda disse que o álbum é muito pessoal e extremamente vulnerável. Ele fala sobre o feminino e a história das mulheres na arte, por isso, a escolha da participação de mais nove mulheres.

“O disco se chama FEMMINA. Vem de uma música que chama ‘Malafemmena’ que meu pai cantava para mim quando era bebê que é uma música extremamente misógina e eu só fui descobrir isso no meio do processo de composição do álbum. Essa música me afetou muito e eu precisava muito falar sobre isso porque é um assunto que permeia a minha vida como um todo”, conta Jenni.

Jenni Mosello. Foto Heloisa Vecchio.

O álbum é distribuído pela Ditto. Para o lançamento, a artista junto com a distribuidora escolheram lançar previamente três singles. 

Mas, afinal, quem é Jenni Mosello?

Nascida em Curitiba, no Paraná, em maio de 1994, Jenni Mosello foi para Roma, capital da Itália, com apenas 2 meses. Lá viveu até os 10 anos. As influências das óperas cantadas pelo seu avô nos almoços de domingo são claras na sua obra, assim como a avó indígena por parte de mãe e o sangue romano por parte de pai. 

Jenni Mosello. Foto Heloisa Vecchio.

Foi assim que Jenni cresceu: ouvindo jazz, blues, ópera e samba. Desde pequena, sempre foi apaixonada pela escrita. Mas foi desencorajada a compor e, por isso, contratou pessoas para escreverem suas primeiras canções, tanto em português quanto em inglês.

Em 2016, ficou em segundo lugar no X-Factor Brasil e começou uma banda de jazz em Curitiba para, logo em seguida, apresentar seu primeiro trabalho solo autoral, em inglês, ‘Sketches’. Dois anos depois, conheceu o empresário e técnico vocal Diego Timbó, que a encorajou a compor e a convidou para escrever músicas para grandes artistas pop como Luísa Sonza, Cléo,  Rebecca, entre outras. 

Jenni Mosello. Foto Heloisa Vecchio.

No mesmo ano, lançou seu primeiro álbum autoral em português, ‘Jenni’. No entanto, ela não se sentiu confortável com o resultado porque não era sobre exatamente o que ela gostaria de estar falando. Então, focou na sua carreira de compositora, escrevendo grandes hits nacionais como ‘VIP’ e ‘ANACONDA’, da Luísa Sonza (quando foi indicada ao Latin Grammy); ‘FICA PRO CAFÉ’, da Carol Biazin; ‘Queima’, da Cleo com a POCAH; ‘Onda’, de Malía com Léo Santana; e o último grande viral ‘PLAYGROUND’, da Vivi. 

Jenni também trabalhou ao lado de grandes compositores internacionais, como Bibi Bourelly, autora de ‘Bitch Better Have My Money’, da Rihanna; Dallas Austin, autor de canções para Mariah Carey e Michael Jackson; Njomza, Lindy Robbins e Gale, que fez parte de um dos últimos trabalhos da Anitta; HARV, diretor musical do Justin Bieber. Ela ainda foi a única brasileira convidada para participar do projeto ‘She is the Music’, criado por Alicia Keys, em 2022. No mesmo ano, assinou a trilha sonora do filme ‘Me Tira da Mira’, que conta com Elza Soares como uma das intérpretes.

Jenni Mosello. Foto Heloisa Vecchio.

Atualmente, a Jenni está envolvida em novos projetos de artistas como Juliette, POCAH, Renan da Penha, IZA, Lucy Alves, Kiaz, Luísa Sonza, Claudia Leitte, Lexa, Priscilla Alcântara, entre outros.

O quadro “Quem é” do POPline.Biz é Mundo da Música que traz nomes que estão dando o que falar no mercado como Maria Maud, MC CaverinhaClara x SofiaGabi FernandesCammieJulia SvacinnaCarolaBraga Carol RobertoKevi JonnyAzzy Iguinho e LulinhaLais Bianchessi, Gabriel HenriquesVitor Fadul, SlipmamiNairoBebéKadu Martins,WIU, Lyus e mais.

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