A história dos primórdios do breaking em São Paulo acontecia em paralelo com surgimento do movimento Hip Hop no Brasil. Celebrando o início desse cenário que impacta o mercado global do entretenimento, a PUMA lançou o mini-documentário “A Onda do Break”, criado em parceria com o coletivo MAD LAB RATS e a A21 Films.
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Os primeiros movimentos organizados do breakdance em São Paulo apareceram no Largo São Bento, entre 1985 e 1988. Jovens usando conjuntos de moletom e sneakers nos pés, dançavam enquanto MCs soltavam suas primeiras rimas e grafiteiros espalhavam sua arte pelas ruas. Adolescentes, influenciados pelo filme Beat Street (1984), tomaram a estação São Bento do metrô e criaram um dos primeiros movimentos organizados do Hip Hop no Brasil. Nesta época, surgiram as gangues Back Spin, Crazy Crew, Nação Zulu e Street Warriors, que eram consideradas as principais do movimento, além de nomes como OSGEMEOS, Thaíde, DJ Hum, Mano Brown e MC Jack, que começaram a ter destaque na cena.
Nesse recorte histórico em homenagem à cultura de rua, a PUMA criou o Mini Documentário “A Onda do Break”, no qual as primeiras crews brasileiras lembram quando tudo começou, em um dos berços do Hip Hop brasileiro. Além dos nomes já citados, também há relatos de personagens como Nelson Triunfo, considerado o pioneiro do Hip Hop no Brasil, e também de Doze Green, considerado um dos pioneiros do Hip Hop mundial, e um dos participantes do filme Beat Street, membro da Rock Steady Crew.
Para o documentário, a PUMA customizou 50 pares do icônico modelo Suede e reeditou com fidelidade os agasalhos históricos usados pelas quatro crews, mantendo a paleta de cores que caracteriza cada uma delas, feitos exclusivos para o filme.
Na última semana (24), a marca alemã reuniu o elenco completo do documentário em uma première exclusiva no Cine Marabá, local onde o filme “Beat Street” foi exibido pela primeira vez no Brasil e onde os primeiros breakers brasileiros se apaixonaram pelo Hip Hop. O filme é considerado um divisor de águas para o movimento no país, servindo de ideia para a formação das primeiras crews e os rachas no largo do metrô São Bento.
” ‘A Onda do Break’ é um ótimo exemplo da liberdade criativa que uma marca como a PUMA pode entregar, quando, quem conta a história são os próprios personagens que a viveram. Em uma época na qual todos querem ser protagonistas, aprendemos que deixar legados culturais e sociais é mais importante do que falar de si. As marcas devem retornar para a cultura aquilo que um dia a cultura trouxe para elas”, compartilha Tiago Mari, produtor executivo e idealizador do documentário.
A história da PUMA se funde naturalmente com a história do Hip-Hop, desde quando o Suede surgiu nas primeiras batalhas de dança no South Bronx, nos anos 70, até o filme Beat Street, nos anos 80, onde a marca foi fornecedora dos agasalhos e tênis. Inclusive, alguns personagens do movimento, como Thaíde, contam que eles costumavam imitar as roupas da PUMA que não existiam no Brasil. Ainda, há relatos de que os amigos costumavam também criar modelos imitando o Suede, usando tênis comuns da época com tiras de couro coladas, para parecerem que eram o clássico da PUMA.
Confira o mini-documentário “A Onda do Break” abaixo: