Em setembro de 2015, Elizabeth II ultrapassou a tataravó, a rainha Vitória, e tornou-se a monarca com o reinado mais longo do Reino Unido. Na história, seus 70 anos são superados apenas pelo rei Luis XIV da França (72 anos e 110 dias). Com sua morte, o príncipe Charles, primeiro na linha de sucessão ao trono, será proclamado rei imediatamente. Seu primogênito, príncipe William, também poderá mudar o título após um convite do pai. Mas e Harry, que abdicou do título, será que garantirá algum benefício?
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Primeiramente, o atual príncipe de Gales precisará decidir se será chamado como rei Charles ou escolherá alguns de seus outros nomes de batismo (Charles Philip Arthur George). É ele também quem define se sua esposa, Camilla Shand, terá o título de princesa ou rainha consorte.
Após Charles assumir o trono britânico, a linha de sucessão passa a ter a seguinte ordem:
- Príncipe William, Duque de Cambridge (1982)
- Príncipe George de Cambridge (2013)
- Princesa Charlotte de Cambridge (2015)
- Príncipe Louis de Cambridge (2018)
- Príncipe Harry, Duque de Sussex (1984)
- Archie Harrison Mountbatten-Windsor (2019)
- Lilibet Mountbatten-Windsor (2021)
- Duque de York: príncipe Andrew, segundo filho da rainha Elizabeth (1960)
- Princesa Beatrice de York, filha mais velha de Andrew (1988)
- Princesa Eugenie de York, filha mais nova de Andrew (1990)
- Conde de Wessex: príncipe Edward, filho mais novo da rainha Elizabeth (1964)
- Visconde de Severn: James Windsor, filho de Edward
Príncipe William e Harry
Como citado na ordem anterior, o príncipe William, primogênito de Charles, passa a ser o primeiro na linha de sucessão. Com isso, o pai deve oferecer o título de ‘príncipe de Gales’ a ele, uma tradição na família real desde 1301.
Desse modo, sua esposa Kate Middleton também terá o título de ‘princesa de Gales’. Vale ressaltar que esta era a mesma posição da princesa Diana, mãe de William, que morreu após um trágico acidente de carro em 1997.
Além disso, o duque também deve se preparar para assumir o trono, já que Charles tem 73 anos e não deverá ter um reinado tão longo quanto o da mãe.
Harry e sua esposa Meghan Markle abdicaram de suas ocupações como membros da realeza em 2020. Apesar disso, ele mantém sua posição na linha de sucessão, já que somente uma nova lei do Parlamento do Reino Unido poderia remover alguém desta ‘fila’.
Já seus filhos, Archie Harrison Mountbatten-Windsor e Lilibet Mountbatten-Windsor, que atualmente não possuem um título oficial da realeza britânica, podem ser considerados príncipe e princesa. Isso muda porque passarão de bisnetos para netos do atual monarca.
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Príncipe Charles precisará se mudar
Atualmente, a residência oficial do príncipe Charles em Londres é a Clarence House. Ao assumir o trono, ele deve se mudar para o Palácio de Buckingham e deixar o atual lar para o filho William e sua família.
Mudança de postura
Ao contrário da rainha Elizabeth, que sempre teve o cuidado de expor opiniões, o príncipe Charles demonstrou nos últimos anos que seu reinado pode ter uma nova postura. Ele é muito engajado em pautas sobre as questões ambientais.
Em uma entrevista à BBC, ele disse que entende porque ativistas de organizações saem às ruas para exigir ações contra as mudanças climáticas. Charles ainda ressaltou que simpatiza com Greta Thunberg.
“Todos esses jovens sentem que nada está acontecendo, então é claro que eles vão ficar frustrados. Eu entendo totalmente porque ninguém iria ouvir e eles veem seu futuro sendo totalmente destruído”, destacou o príncipe.
Elizabeth II reinou por 70 anos
Elizabeth Alexandra Mary nasceu em 21 de abril de 1926, em Londres, na Inglaterra. Seu pai foi o rei George VI, e sua mãe, conhecida como “rainha-mãe”, também se chamava Elizabeth. Ela casou-se com o príncipe Philip em 1947, este que viria a ser o duque de Edimburgo.
O que poucas pessoas sabem, é que a soberania ‘caiu sem querer’ no colo de Elizabeth II. Isso porque seu pai era o segundo filho de George V e, de acordo com a linha de sucessão, quem deveria assumir o trono era seu tio, Edward VIII. Contudo, ele abdicou em 1936 após um ano marcado por várias polêmicas.
George VI assumiu a coroa do irmão mais velho e reinou até ser vítima de um câncer no pulmão. Como Elizabeth era sua primogênita, foi coroada no dia 2 de junho de 1952, aos 25 anos de idade, tornando-se a sexta mulher a ascender ao trono britânico. Neste ano completou 70 anos como rainha e a data, chamada de Jubileu de Platina, foi declarada como feriado de quatro dias no Reino Unido.
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Ela e Philip tiveram quatro filhos, dentre eles Charles. O príncipe de Gales e herdeiro ao trono foi casado com a princesa Diana até a separação em 1992. A relação complicada do casal foi um grande marco no reinado de Elizabeth II, principalmente depois da morte precoce de Diana em agosto de 1997 após um acidente de carro. Na época, a rainha se dirigiu à nação ao vivo e na televisão para expressar sua dor pela partida da ex-nora e mãe de seus netos, William e Harry.
Elizabeth II também se despediu do marido Philip, que estava com 99 anos, em abril de 2021. Meses depois, em outubro, passou a noite no hospital e foi submetida a “exames preliminares”. A presença dela foi cancelada em alguns eventos, como na COP26 em 1º de novembro. Em fevereiro deste ano testou positivo para Covid-19. A última aparição pública dela foi justamente em seu Jubileu de Platina em junho.