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Måneskin: “Nossas novas músicas nos representam melhor que ‘Beggin'”

Banda italiana prepara relançamento de “I Wanna Be Your Slave” com participação de Iggy Pop
Foto: Clotilde Petrosino/Billboard

Sensação do rock italiano, o Måneskin tem trabalhado em seu novo álbum em uma vila na cidade de Garlasco. E em uma tarde de julho, o quarteto deu uma pausa nas gravações para ceder uma entrevista à Billboard e posar para uma sessão de fotos. Mas desta vez é preciso todo cuidado para que não sejam cercados por fãs locais. “É muito maior do que antes“, diz a baixista Victoria De Angelis sobre a “Måneskinmania”.

Foto: Clotilde Petrosino/Billboard

Desde que o quarteto formado por De Angelis, o vocalista Damiano David, o guitarrista Thomas Raggi e o baterista Ethan Torchio levou para casa o prêmio máximo no Eurovision Song Contest deste ano com “Zitti e Buoni”, o single ascendeu à 22ª posição da parada global da Billboard. Enquanto isso, seu pomposo single mais recente “I Wanna Be Your Slave” provou ser ainda mais explosivo, subindo rapidamente para a 13ª posição nas paradas a cargo de um clipe que flexiona os gêneros e a positividade sexual inclusiva.

No entanto, não é nenhuma dessas novas canções, ambas encontradas no álbum “Teatro d’ira: Vol. 1” (2021), que se transformou no maior sucesso global do grupo (ou mesmo a única música que os colocou na Billboard Hot 100). A honra pertence a cover intitulada “Beggin'”, originalmente gravada em 1966 pela banda Four Seasons. Inesperadamente tornou-se viral no TikTok e alcançou a 3ª posição na parada global da Billboard e a 35ª posição na Billboard Hot 100.

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A cover de “Beggin'” remonta à participação do Måneskin na versão italiana do reality “The X Factor”, em 2017. Apenas dois anos depois que a banda se formou no Ensino Médio, em Roma. A interpretação ágil do quarteto foi bem recebida pelo público. “Foi nossa primeira ovação de pé“, lembra Damiano. E embora a banda tenha terminado como vice-campeã, a canção ficou presa em seu catálogo e apareceu em seu EP de estreia, “Chosen“, lançado pela Sony Latin no final daquele ano.

Foto: Clotilde Petrosino/Billboard

Apesar da Itália não ter (historicamente) uma cena rock, a banda impressionou o suficiente para liderar a parada de álbuns italianos com sua estreia “Il Ballo Della Vita“, em 2018. E, eventualmente, para vencer o Sanermo Music Festival 2021, que rendeu sua entrada para o Eurovision como os competidores italianos – um feito raro para uma banda de rock. Mas embora o Eurovision seja frequentemente um trampolim para os artistas sejam reconhecidos em território europeu, é muito mais raro que tal sucesso os levem até os Estados Unidos.

No entanto, o momento é fortuito para o Måneskin, já que eles estão chegando em um momento em que a música popular nos Estados Unidos está mais receptiva ao rock tradicional do que tem sido em muitos anos. A banda saúda os colegas revivalistas do rock clássico Greta Van Fleet (“São músicos realmente ótimos“) e a cantora/compositora Olivia Rodrigo, cujo estilo pop-punk em “Good 4 U” (“Nós sempre dançamos com este som“) tem duelado com “Beggin'” pelas primeiras posições nas paradas globais. ” O rock está voltando. Mas meio que nunca foi embora”, brinca Damiano.

“I Wanna Be Your Slave” ganhará relançamento com Iggy Pop

Embora o quarteto seja grato por todo sucesso global e pelos novos fãs que conquistaram, eles se mostram um pouco receosos sobre “Beggin'” ser a música que os levará ao topo. Não há mais planos para promovê-la. O foco agora é a recém-lançada “I Wanna Be Your Slave”, que nesta sexta-feira (6) ganhará um relançamento com o padrinho do punk rock Iggy Pop.

Nova versão de “Slave” com Iggy Pop sai nesta sexta-feira (6) – Foto: Divulgação

“No momento, estamos focados em garantir que ‘Slave’ continue sua trajetória ascendente e repita o 1º lugar em streamings como ‘Beggin”. Ter dois hits só ajuda a solidificar o Måneskin como uma banda com longa e verdadeira carreira pela frente, diz Vinikoor.

Nesse momento, a banda está trabalhando em novas músicas. “Nos representam melhor do que aquela música lançada há quatro anos”, garante Damiano. Eles também têm algumas datas em festivais europeus e, em seguida, farão uma turnê em seu país de origem, onde poderão saudar adequadamente os fãs fervorosos que conquistaram desde que se tornaram estrelas globais nos últimos meses. Para quem o apelo da banda dificilmente se limita a apenas um hit.

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“Há, sem dúvidas, um grande público nos Estados Unidos para o Måneskin e estamos vendo isso começar a se desenrolar. O que realmente separa o Måneskin de outras bandas [de rock clássico] é a composição de seus fãs, que são predominantemente adolescentes e mulheres em idade universitária. Um público totalmente novo para a música rock”, conclui Vinikoor.

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