Após as críticas recentes, o Instagram vai voltar atrás em algumas mudanças. A informação foi dada a partir de um comunicado da empresa. A plataforma tinha disponibilizado uma versão teste para fotos e vídeos em tela cheia, que será desativada nas próximas semanas. Além disso, o aplicativo vai reduzir o número de publicações recomendadas, a fim de melhorar seus algoritmos.
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As mudanças ocorrem em meio à crescente frustração dos usuários com uma série de mudanças no Instagram projetadas para ajudá-lo a competir melhor com o TikTok.
Segundo Adam Mosseri, chefe do Instagram, as atualizações na plataforma estão sujeitas a falhas e a não cair no gosto dos usuários. No entanto, em entrevista para o “The Verge”, o executivo vibra por, ao menos, terem se arriscado.
“Estou feliz por termos arriscado – se não falhamos de vez em quando, não estamos pensando grande ou ousado o suficiente. Mas, definitivamente, precisamos dar um grande passo para trás e nos reagrupar”, revelou Mosseri.
O descontentamento dos influenciadores com o Instagram
A influenciadora Kylie Jenner, junto com a sua irmã Kim Kardashian, postou memes pedindo à empresa para “fazer o Instagram voltar a ser o Instagram”. Além disso, no Twitter as mudanças da empresa da Meta também se tornaram assuntos recorrentes.
Ainda de acordo com Mosseri, as atualizações do Instagram geralmente provocam a ira de usuários. Mas, neste caso, a insatisfação foi acompanhada pela queda dos dados internos da plataforma.
“A tendência de os usuários assistirem a mais vídeos é real e antecede a ascensão do TikTok. Mas é claro que as pessoas realmente não gostam das mudanças de design do Instagram. Para os novos designs de feed, as pessoas ficam frustradas e os dados de uso não são bons”, pontua Adam Mosseri.
Os planos do Instagram
Além disso, a empresa também planeja mostrar aos usuários um número menor de recomendações. Na quarta-feira (27), o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, disse que postagens e contas recomendadas no feeds atualmente representam cerca de 15% do que é visto. Já no Facebook, a porcentagem é ainda maior do que no Instagram. Até o final de 2023, segundo Zuckerberg, esse número será de cerca de 30%.
“Acho que precisamos dar um passo para trás, em termos da porcentagem de feeds, que são recomendações. Assim, vamos melhorar a classificação e as recomendações e, se e quando o fizermos, podemos começar a crescer novamente”, destacou Mosseri.
A ameaça do TikTok para o Instagram
O domínio do Instagram vem sendo prejudicado desde a popularização do TikTok. O aplicativo da ByteDance é o mais baixado em todo o mundo, além de ser o site mais popular da atualidade e a empresa de vídeo mais assistida.
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Os últimos dados sobre a Meta e o Instagram
O recurso App Tracking Transparency da Apple abriu um buraco de 10 bilhões de dólares no principal negócio de publicidade da Meta. A empresa divulgou seu primeiro declínio trimestral de receita e Zuckerberg prometeu que muitas mudanças estão a caminho.
No último trimestre, segundo Zuckerberg, a quantidade de tempo que os usuários passaram assistindo Reels cresceu 30%. O dado sugere que a demanda do público por vídeos curtos merece um destaque tanto no Instagram quanto no Facebook.