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Harry Styles diz objetivo com novo álbum: “meus filhos se orgulharão um dia”

A pandemia gerou uma grande mudança na vida do cantor.

Foto: Better Homes and Gardens / Tim Walker

Harry Styles vai lançar no dia 20 de maio o novo álbum “Harry’s House“. Traduzindo: casa do Harry. Portanto, nada mais apropriado do que aparece na capa de uma revista em decoração e jardim, a Better Homes and Gardens. É claro que o assunto vai muito além da casa, refletindo o significado desse título que é muito íntimo.

Essa é a capa:

Foto: Better Homes and Gardens / Tim Walker

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Harry Styles lançou seu álbum anterior, o “Fine Line“, em dezembro de 2019, poucos meses antes da pandemia da covid-19 estourar no mundo. Ele tinha se imaginado em um mundo barulhento, cheio de gente em seus shows. No entanto, foi o oposto do que aconteceu.De repente, a gritaria parou“, disse ele. Tudo foi cancelado, uma pausa no mundo do estrelato desde que ele tinha 16 anos e se apresentou no reality show The X-Factor.

Naquela época, Harry Styles ficou preso em Los Angeles. “Foi a primeira vez que parei desde que deixei a casa da minha mãe“, lembrou ele. De início, ele sentiu que deveria criar, assim como fazia nos tempos do One Direction.

Foto: Better Homes and Gardens / Tim Walker

Era tudo sobre como você continua e como faz para crescer“, disse ele. “Houve tantos anos em que, para mim, especialmente na banda e nos primeiros anos depois de sair, eu estava aterrorizado com o fim, porque eu não sabia necessariamente quem eu era se não fazer música“, relata.

Mesmo assim, ele não fez nada. Ele aproveitou para ser apenas um jovem em uma casa compartilhada tentando passar seus dias. Styles percebeu que sua agenda apertada facilitava que ele evitasse pensamentos conflitantes: “Seja com amigos ou pessoas com quem eu estava namorando, eu sempre ia embora antes que chegasse ao ponto de ter que ter conversas difíceis“, disse ele.

Foto: Better Homes and Gardens / Tim Walker

Assim, a quarentena foi um motivo para ser um melhor amigo, melhor irmão, melhor filho, e assim vai… Deu certo, mas para isso precisou ter conversas longas e honestas. Foi nesse período que ele pensou muito sobre o conceito de lar – sobre pertencimento, paz, santuário.

“Percebi que aquela sensação de lar não é algo que você recebe de uma casa; é mais uma coisa interna. Você percebe isso quando para por um minuto”, disse ele.

Meses depois…

O tempo passou e Harry Styles entrou em estúdio para gravar seu novo álbum. Ali, o aprendizado que teve durante a pandemia não saiu dele. O projeto deveria ser uma extensão do tempo que passou parado com amigos próximos.

“Eu sempre fiz o meu pior e mais genérico trabalho quando estou desesperado para conseguir um single”, explicou ele.

Foto: Better Homes and Gardens / Tim Walker

Então, ele ficou em fazer o que faz de melhor: unir as pessoas. O segredo da criação foi se afastar do que é formal e se tornar lúdico, colaborativo, instintivo e divertido. Se no “Fine Line” tinha referências de heróis da música (Joni Mitchell, David Bowie, Van Morrison), no “Harry’s House” ele foi o mais puro possível – ele só ouvia música clássica para limpar as referências sonoras e começou uma tela em branco.

“Acho que todo mundo passou por um grande momento de autoreflexão, muito de olhar para o próprio umbigo, e não sei se há algo mais voltado para si próprio do que fazer um álbum. Você absorve muito de si próprio”, disse ele.

Foto: Better Homes and Gardens / Tim Walker

O álbum é literalmente sobre uma casa. Sim, o lado físico da casa está presente, mas ali ele olha para dentro. “Parece o maior e o mais divertido, mas é de longe o mais íntimo“, disse ele sobre o projeto.

Quando o álbum foi anunciado e o single “As It Was” saiu, ele sentiu algo bem diferente dos projetos anteriores.

“Finalmente, não parece que minha vida acabou se este álbum não for um sucesso comercial“, disse ele. “Você nunca se sentiu assim antes?“, perguntou o jornalista. Ele disse: “Honestamente, acho que não“.

Com seu primeiro álbum, ele disse que estava apavorado em fazer música divertida, “porque eu saí do grupo, e era tipo, se eu quero ser levado a sério como músico, então eu não posso tirar sarro música“.

Foto: Better Homes and Gardens / Tim Walker

Já no segundo álbum foi “mais livre”, ele se preocupou em fazer “canções realmente grandes”, um objetivo que ele agora questiona. Agora seus objetivos são, menores, mas, para ele, muito maiores:

“Eu só quero fazer coisas que sejam certas, que sejam divertidas, em termos de processo, das quais eu possa me orgulhar por muito tempo, que meus amigos possam se orgulhar, que minha família possa se orgulhar, que meus filhos se orgulharão um dia”, disse ele.

O objetivo é nobre. E parece que está dando certo.

Foto: Better Homes and Gardens / Tim Walker

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