Todo mundo acompanhou e viveu as consequências da pane geral do Facebook nesta segunda-feira (4). Com as três redes sociais do grupo fora do ar, incluindo o Instagram e o WhatsApp, os holofotes se voltaram para o que a empresa iria argumentar sobre o ocorrido, e mais ainda, sobre as denúncias de uma ex-executiva da companhia, que declarou ao programa “60 Minutes,” que a rede social escolhe manter conteúdos ofensivos.
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A empresa publicou um comunicado para explicar o que ocasionou o colapso dos serviços. Segundo a companhia, a queda foi causada por uma falha na configuração de seus roteadores. A assinada por Santosh Janardhan, vice-presidente de infraestrutura da rede social, a publicação revela que o incidente afetou desde os serviços em si, até as ferramentas internas utilizadas nas operações diárias da companhia.
“Nossas equipes de engenharia descobriram que as alterações nas configurações dos roteadores de backbone que coordenam o tráfego de rede entre nossos data centers causaram problemas que interromperam essa comunicação. Essa interrupção no tráfego de rede teve um efeito cascata na maneira como nossos data centers se comunicam, interrompendo nossos serviços”
Preocupados com os mais de 10 milhões de anunciantes que investiram cerca de US$ 85 bilhões só no ano passado, o Facebook enviou uma nota para as agências de publicidade para responder a mais recente crise de imagem, ocasionada pelas denuncias.
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De acordo com informações da Advertising Age, o documento não trouxe informações relevantes, e pouco acrescentou ao que a rede social já vinha compartilhando há algumas semanas.
“Fazemos pesquisas internas para fazer perguntas difíceis e entender como podemos melhorar a experiência para as pessoas em nossa plataforma. Temos um forte histórico de uso de nossas pesquisas – bem como de pesquisas externas feitas em parceria com colaboradores e organizações especializadas – para informar as mudanças de nossos aplicativos e melhoras nossos produtos e políticas.”
Ainda segundo a publicação, a empresa declarou que os relatórios apresentados pela denunciante traziam erros a respeito das pesquisas e que as intenções da companhia foram mal interpretadas. “Todos os dias nossas equipes vêm equilibrando a proteção aos direitos de bilhões de pessoas se expressarem de forma aberta para manter nossa plataforma como um local seguro e positivo”, declarou um porta-voz do Facebook para o Advertising Age.
Fontes revelaram ao portal que a empresa está entrando em contato com os anunciantes para explicar sua posição e oferecer orientação às agências diretamente. Segundo eles, o retorno tem sido positivo.