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Erika Hilton se diz fã de Beyoncé e se autodeclara “influencer do Congresso”

Na web, alguns internautas já apontaram semelhanças entre os rostos de Erika e Beyoncé. Fotos: Larissa Zaidan; Instagram/@beyonce

Erika Hilton é da política, mas também é pop! Em recente participação em um podcast, a deputada federal anti-bolsonarista discursou a respeito da importância de prezar por uma comunicação que converse com o público e que, através de subterfúgios, faça com que pessoas jovens e desconectadas da política se interessem pela pauta. Para ela, que se apropriou do título de “influencer do Congresso” que recebeu, Beyoncé e música pop são alguns desses tópicos.

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Foto: AnaF. Barbosa

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“Eu gosto de moda, de beleza, de skincare. Eu gosto de pop, eu sou Beyhive […]. E muitas vezes, para o conservadorismo e para o fascismo, isso é um problema”, analisou a deputada do PSOL/SP.

Erika, que celebra a conquista de ser a primeira deputada federal travesti preta da história a ser eleita, diz que foi chamada de “influencer do Congresso” em tom de crítica, desassociando a ela a imagem de política, mas que, na realidade, se identificou com a expressão. “Chega da velha política, da política cafona, da política mal vestida, da política que não nos conecta com as pessoas!”, disse ela.

“Eu sou uma influencer, sim, das pessoas pensarem política, das pessoas pensarem direitos humanos, das pessoas se sentirem vistas, representadas e ouvidas na política. E vou fazer política com juventude, com inovação, do meu jeito, porque é assim que eu atraio uma galera que não está interessada na Comissão, na CPMI”, refletiu Hilton, que chegou a ser a vereadora mais votada do Brasil em 2020.

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Erika Hilton denuncia André Valadão por sugerir que fiéis matem pessoas LGBTQIAP+

Erika Hilton acusou André Valadão nos crimes de incitação e de homotransfobia. (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Durante um culto no início do mês de julho, o pastor André Valadão  que já é conhecido por suas falas criminosas envolvendo pessoas LGBTQIAP+, sugeriu que os fiéis deveriam matar indivíduos que fazem parte da comunidade. O vídeo viralizou nas redes sociais e chegou até a deputada federal Erika Hilton, que pediu sua prisão judicialmente.

Durante o culto, que aconteceu na Igreja Lagoinha, em Orlando, nos Estados Unidos, André Valadão voltou a atacar as pessoas LGBTQIAP+. Dessa vez, o pastor elevou seu discurso cheio de ódio e afirmou que Deus mataria todos, se pudesse.

“Aí Deus fala: ‘não posso mais, já meti esse arco-íris aí, se eu pudesse eu matava tudo e começava tudo de novo. Mas já prometi pra mim mesmo que não posso, então agora tá com vocês'”, disse ele.

Em seguida, ele sugere que os fiéis se unam com outras pessoas com esse objetivo. “Vou repetir. Está com você. Sacode os quatro do seu lado e fala: ‘Vamos para cima. Eu e minha casa serviremos ao senhor, acrescentou ele.

Por conta disso, a deputada federal Erika Hilton abriu um Procedimento Investigatório Criminal com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Nele, a política acusa André Valadão nos crimes de incitação e de homotransfobia.

No documento, a deputada federal reforçou que a fala do pastor é motivo de preocupação. Ela ainda relembra que o Brasil está no topo da lista de países que mais matam e violentam pessoas LGBTQIAP+ ao redor do mundo.

“A gravidade da situação também aponta para Justiça brasileira a necessidade de um posicionamento institucional a respeito das reiteradas declarações LGBTfóbicas feitas por André Valadão, que age no sentido de instigar seus fiéis a terem e manifestarem o ódio contra representantes da comunidade LGBTQIA+“, escreveu ela.

A política também exigiu que as declarações homotransfóbicas feitas pelo pastor sejam excluidas das redes sociais. Em entrevista ao Correio Braziliente, Erika Hilton garantiu que fará de tudo para que André Valadão seja julgado por suas falas. “André Valadão dobrou a aposta e, de maneira direta, falou em ‘recomeçar do zero’, incentivando evangélicos a matarem pessoas da comunidade LGBT, disse ela.

“[André Valadão] não pode permanecer impune. Não se trata de liberdade de expressão, e sim de repetidos crimes, agora com evidentes tons de crueldade”, encerrou.

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