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Entrevista: Em “FBI”, Giulia Be mostra que a “Menina Solta” pode ser trouxa – e está tudo bem

“FBI é um meio termo entre a sofrência e a risada – é rir da própria desgraça”, diz ela.

Foto: Divulgação

Na quinta-feira (05) Giulia Be lançou sua nova música e clipe, “FBI“, o primeiro lançamento em português que ela faz no ano. A inspiração é em algo que muita gente vai se identificar. Quem nunca ficou desconfiado de uma coisa e foi correr atrás de pistas nas redes sociais? Muitas vezes, a resposta é dolorosa… Mas a cantora mostra que pode dar a volta por cima.

Conversamos com Giulia Be para saber sobre “FBI” e todos os detalhes por trás. Vem com a gente!

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A música é uma composição inspirada em uma situação real da vida de Giulia Be. Dramático? Talvez… Mas chegou a um pouco que ela começou a rir da situação. “Tem que achar um jeito pra fazer ser leve. Eu sempre fui fascinada nesse tema de ser detetive da internet com minhas amigas e essa música foi uma forma que eu consegui cantar uma história que é engraçada. Até porque, quem nunca?“.

Giulia Be, então, se esperou em universo musical Disco: “Eu estava escutando muito Tim Maia na época e produtores que fazem músicas com esse groove extremamente disco e Brasileiro“.

A Menina Solta também pode ser trouxa!

Giulia Be é muito conhecida pelo hit “Menina Solta, mas ela fez uma comparação impagável com “FBI“: “A ‘menina solta’ não está imune de as vezes ser a ‘menina trouxa’, mas nem por isso ela se deixa abalar, né?!”, soltou.

Ela explicou ao Portal POPline: “Com ‘Menina Solta’ criou-se a imagem de uma menina que não sofre. Ao mesmo tempo que eu sou essa menina, também tem um outro lado que a gente vive. Essa música é de um momento que eu não estava me sentindo a menina solta. E FBI é um meio termo entre a sofrência e a risada – é rir da própria desgraça”, disse.

Foto: Divulgação

Gaslighting

Entre os temas de “FBI”, está uma denúncia sobre o gaslighting – O termo é usado para designar uma forma de abuso psicológico em que informações são manipuladas até que a vítima não consiga mais acreditar na própria percepção da realidade (Fonte: Brasil de Fato).

O tema é pesado para uma música tão leve. Como ela conseguiu abordar? “O refrão termina falando ‘ele é falso bobo, insensível, mas eu nunca fui louca’. Foi muito importante para mim ter essa frase, além de ser a frase que eu quero que fique na cabeça das pessoas, eu quero que gritem: ‘eu nunca fui louca‘”, relatou.

Em muitos relacionamentos o cara fala ‘ah, minha ex é louca’. Tentam descreditar a intuição feminina e invalidar a pessoa”, continua ela. “Era muito importante que essa música que essa música me mostrasse passeando por todos esses sentimentos, mas de uma maneira leve, principalmente pelo assunto ser o FBI. Eu falo: ‘Se o FBI fosse só de mulheres, o mundo tava resolvido‘, brincou.

Giulia Be também fez questão de colocar na letra que não há rivalidade feminina. A culpa, na verdade, seria do homem.

Foto: Divulgação

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Clipe com Giovanni Bianco

O clipe foi comandado por Giovanni Bianco, que já trabalhou com Madonna, Ivete Sangalo, Anitta e Ludmilla. Era um desejo antigo de Giulia Be que se tornou realidade. O que saiu foi um clipe em plano-sequência com um ar divertido e ao mesmo tempo misterioso – no final tem uma surpresa que você só vai descobrir assistindo.

A gente pensou em um roteiro de uma casa caótico como se a gente tivesse em uma busca de uma pessoa que a gente não sabe o que é até o final do clipe“, explicou. “É um mistério em uma festa trazendo muita informação visual, narrando em plano sequência essa investigação“.

Foto: Divulgação

Giulia Be caindo na coreografia

Algo diferente no clipe de “FBI” é que Giulia Be dança. Ela não costumava fazer isso antes, mas foi um desafio que ela quis encarar.

Sempre amei dançar, quando começa a tocar música em uma festa eu vou ser a primeira na pista de dança. Mas eu estava procurando uma maneira de alinhar isso no meu trabalho“, relata.

Hoje, no pop, a gente vê um nível de dança infinitamente complexo. Isso, eu um primeiro momento, foi um desafio maior e eu achei que não fosse me encaixar. Mas acho que hoje em dia eu vejo que a dança é uma forma de alinhar com o seu corpo o que a música está trazendo. Eu encarei em FBI e quero continuar me desenvolvendo para meus próximos trabalhos“, completou.

Foto: Divulgação

A performance dos sonhos

Para finalizar a entrevista, foi proposta à Giulia Be uma dinâmica de imaginar. Como seria a performance perfeita de “FBI” em uma grande premiação? Ela entrou mesmo na onda e pensou em alguma super elaborado.

Teria um carro capotado no palco e uns dançarinos misteriosos no palco, tipo no clipe. Aí começaria ‘Do do do do , FBI, Giulia Be’. Aí eu sairia do carro: ‘Então quer dizer eu tava certa’. Aí eu colocaria Trompete, seria um evento musical. Eu gosto muito de brincar com os músicos no palco“, imaginou

Teria luzes vermelhos e azuis, bem na vibe FBI, como se tivesse uma investigação policial acontecendo. Fumaça saindo do carro, CO2, já estou pirando aqui“, riu ela. “Tem um milhão de dólares aí?“, brincou.

Quem sabe essa performance não se torna realidade?

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