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BTS ocupa 100 páginas de edição especial da Vogue Korea

Cada integrante deu sua entrevista.

Foto: Vogue Korea

A revista Vogue na edição da Coreia do Sul comemora a chegada do ano de 2022 com uma edição especial com o BTS. São 100 páginas inteiramente dedicadas ao grupo, todas com fotos e entrevistas com o grupo e cada um dos seus integrantes: RM, Jin, Suga, J-Hope, Jimin, V e Jungkook.

A voz do BTS será transmitida mais longe, com mais amplitude e mais forte do futuro“, inicia Vogue. Se você acha que o grupo já é grande, você não perde por esperar!

Já deu pra ver que essa será uma edição de colecionador. Está disponível nas bancas três capas diferentes – cada uma mais incrível que a outra.

Veja as três opções de capa:

Em uma das capas, eles aparecem em um tipo de andaime, todos de azul ou preto.

Foto: Vogue Korea

Nesta outra, o fundo é escuro e as roupas deles super coloridas.

Foto: Vogue Korea

Esta opção criou o conceito com a foto em preto e branco, concentrando as cores nas letras.

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Cada integrante fez uma sessão de fotos e entrevista individual. Veja os destaques de cada um!

RM

RM é muito conhecido por fazer a parte de rap das músicas do BTS. O interessante é que esse interesse começou ouvindo músicas dos Estados Unidos, mas só depois que passou um tempo por lá que ele se deu conta o quanto é coreano.

Percebi que sou coreano depois que entrei nos Estados Unidos. Comecei a música com hip-hop e pop, e depois gostei muito do hip-hop coreano. O DNA é complicadamente misturado, mas de qualquer forma, parece que pessoas como eu não se dão bem com o clima cultural de quem nasceu na Coreia e cresceu ouvindo música coreana. Está dentro de mim e é natural”, diz ele sobre essa mistura de influencias.

Foto: Vogue Korea

Fazendo parte de um dos grupos de maior sucesso do mundo, quer dizer que ele realizou todos os seus sonhos? Não exatamente. “Simpatizo com a tendência atual de focar no presente e não no sonho. Não gosto de uma sociedade que força as pessoas a sonhar, mas os sonhos são importantes. Espero que haja muitos meninos e meninas que acreditam no trabalho árduo e na esperança. Eu também estou nessa. Tenho expectativas muito altas para mim e para as pessoas. Mesmo se eu fizer algo completamente diferente no futuro, posso esperar, mas talvez não seja capaz de realizar. Acho que ainda estou passando por um período de estudos”, refletiu.

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Jin

Jin é um rapaz divertido, piadista. Ele assume: não gosta do peso de um ambiente sério. “Eu odeio a atmosfera séria. Quando esse tipo de atmosfera é criada, tento iluminá-la”, disse ele.

Foto: Vogue Korea

Apesar de ser o mais velho do grupo, Jin tem o papel de neutralizar qualquer situação com sua leveza de espírito. Apesar disso, ele tem dificuldades de aceitar que é um grande talento. “Não, eu não sou muito bom em nada. As pessoas ao meu redor nunca pensam assim, mas…  Você está dizendo que fiz algo incrível, mas ainda tenho dificuldade em aceitar isso. Se alguém me pergunta o que sou melhor do que os outros, não há nada que eu possa dizer além de que eu sou do BTS“, contou.

SUGA

Pode até não parecer, mas SUGA superou momentos realmente difíceis emocionalmente nos últimos anos. De qualquer forma, foi válido para que ele se torne um homem com inteligência emocional mais evoluída.

Eu costumava usar a raiva e a inferioridade como armas, mas foi em 2018 que minha raiva autodestrutiva aos poucos perdeu sua eficácia. Achei que não poderia mais usar isso como energia para seguir em frente“, admitiu ele.

Foto: Vogue Korea

Foi desse período conturbado que sua Mixtape solo começou a tomar forma. “Na verdade, a gravação foi bem finalizada nos últimos dois ou três meses em 2020, mas o trabalho básico nas batidas começou assim que a primeira mixtape saiu em 2016. Terminei a faixa ‘People’ por volta de outubro de 2016 e pensei: ‘Oh, cheguei a um estágio em que posso escrever uma música como esta”.

A faixa “사람 (People)“, aliás, é bem especial. “Para mim,‘ People’ também é minha música favorita. Acho que é porque é meu recorde de 4 anos. Na maioria das vezes, não escuto de novo quando termino o trabalho, mas continuo escutando. Cada vez que ouço, minhas emoções continuam mudando, observa.

J-Hope

J-Hope tem “esperança” no nome e isso diz muito sobre ele. Aos 16 anos, ele foi à Tóquio para se tornar um trainee logo quando surgia uma onda de frio. Não foi foi fácil, mas hoje ele faz parte de um dos maiores grupos do mundo. O artista foi capaz de realizar sonhos que pareciam impossíveis, um deles era cantar com o Colplay. Eles colaboraram na faixa “My Universe“.

Ele lembra que em 2017 foi ver um show do Coldplay: “Como fã, também queria ver suas apresentações, mas também estava curioso para saber como eles interpretam e resolvem o show no estádio. Coldplay era um artista famoso por sua turnê mundial em estádios, e esse era o nosso sonho”, diz. Bem… O sonho de fazer turnês em estádios também foi realizado!

Foto: Vogue Korea

Isso faz dele uma pessoa feliz? Não é tão simples assim.  “Como digo o tempo todo, aprendo muito enquanto trabalho em um álbum. Enquanto escrevia o álbum ‘Love Yourself’, passei a me amar um pouco mais e acho que fui capaz de crescer e me tornar uma pessoa madura. Hoje em dia, é um ponto de interrogação sobre o que é felicidade. Às vezes, o conforto de uma vida mais simples me dá felicidade. É uma coisa pequena, mas sinto uma grande felicidade com isso”, confessou.

Quando tem tempo, ele se sente fez em casa, sozinho, sem fazer nada. “Eu faço muitas coisas durante as divulgações, então acho melhor ficar parada quando faço uma pausa“, reflete.

Jimin

Jimin não quer ser o melhor, mas quer ser único. Conhecido por seu talento na dança e nos vocais, ele faz o que pode para inserir sua própria personalidade. Durante o tempo de pandemia, ele estudou muito para se tornar ainda melhor.

Dois anos foram mais longo do que eu pensava. Fazia muito tempo que não estudava, mas essa é a única coisa que eu fiz . Eu só queria ser bom nisso, então trabalhei muito, mas não consegui. Estava literalmente estagnado. Como não há feedback do público, mesmo que você trabalhe duro, é algo vago e tudo parece um ensaio. Não havia senso de realidade. Recentemente, durante um show online, eu pensei, ‘Isso está bom?’ Eu pensei muito: ‘Oh, eu não posso fazer isso assim’. Não penso no shpw como uma prática, mas acho que teremos que encontrar a resposta esbarrando nela por nós mesmos”, falou ele.

Foto: Vogue Korea

Com tanto sucesso, fica difícil imaginar o que vem a seguir, mas ele quer se desafiar. “É difícil ficar satisfeito com a minha voz. Gosto de músicas com muita técnica, mas é difícil de controlar e é doloroso ao vivo, então estou tentando encontrar um jeito. A base não é sólida, mas é como encontrar sua personalidade. Portanto, estou voltando ao início. tentando ser claro. O processo é difícil e divertido“, revela.

V

O integrante V sente dos fãs a histeria e um amor incondicional. Mesmo assim, ele não consegue ter noção do que o BTS realmente significa para eles.  “Eu realmente não sei o que BTS significa para as pessoas. Agradeço muito os elogios e as respostas positivas, mas realmente não sei por que recebemos tanto amor“, soltou.

Foto: Vogue Korea

V já foi eleito o homem mais bonito do mundo, mas ele não se apega ao título fugaz. Ele sabe que a beleza passa com o tempo e o que importa é o conteúdo. Além do mais, não é nada fácil lidar com a pressão de quem recebe altas expectativas “Se há algo que me incomoda, eu trabalho muito para superar. Por exemplo, quando mergulho em uma determinada emoção, faço uma música sobre isso. Seja uma música boa ou ruim, uma música está completa, certo? Essa sensação de realização me ajuda a aliviar minha mente difícil”.

Jungkook

Para Jungkook a vida é curta e ele quer viver da melhor maneira possível. Essa é filosofia que comanda os passos da sua vida. “Há um ditado que diz: ‘A vida é curta, a arte é eterna’. O que é para sempre para você? ” Jungkook respondeu: “Se o que eu faço é arte, isso é o mais importante? Poderia ser a própria vida? O tempo que vivi permanece intacto em mim. É por isso que a vida tem fim e é eterna ao mesmo tempo”, filosofou.

Foto: Vogue Korea

Caçula do grupo, Jungkook não só canta e dança, mas sua vida está repleta de arte. Ele gosta de fotografia, edição de vídeos e muito mais. No entanto, ele acha que não precisa mostrar tudo ao mundo.

Pensamentos realistas e pensamentos ideais sempre coexistem. No passado, eu era ganancioso e queria fazer isso tudo ao mesmo tempo. Assim como a vida e os relacionamentos, os pensamentos estão fadados a mudar. Atualmente, estamos nos inclinando para a realidade. O que eu preciso fazer é mais importante do que o que eu quero fazer”, soltou ele.

Além disso, Jungkook não quer mostrar toda sua arte, a menos que o resultado esteja em um nível com o qual ele esteja satisfeito. “Nunca pode ser perfeito. Mas pelo menos não quero mostrar às pessoas com o que não estou satisfeito. Vou continuar trabalhando muito e um dia terei um bom momento para me exibir. No momento, não tenho espaço mental para focar na perfeição”, concluiu.

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