O ator Bruno Montaleone (de “Perdida”) tem um desafio a partir desta semana: divulgar o filme “O Lado Bom de Ser Traída” sem entregar spoilers. Não é fácil. Seu personagem, o contador Thiago, exerce papel fundamental na trama, que é uma mistura de suspense com romance erótico.
“Fico com receio de me estender muito, porque qualquer dica se torna spoiler, mas quem assistir com certeza vai entender. O que posso antecipar, por enquanto, é que nem sempre o que torna uma atuação cirúrgica é aquela cena expansiva. Às vezes, a dificuldade se encontra muito mais em gerar o que é preciso no telespectador com pequenos gestos, com frases não literais, com expressões sutis, e por aí vai”, Bruno diz ao POPline.
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No filme, Thiago é o melhor amigo da protagonista Babi (Giovanna Lancellotti). Os dois também são sócios em um escritório de contabilidade. Para Bruno, foi diferente interpretar um personagem mais velho do que ele. “Ele já está formado há alguns anos e exercendo a profissão. É um personagem, de fato, com muitas camadas e desafiador. Fiquei feliz quando recebi o convite e que me testaram num papel tão diferente inclusive do anterior que eu tinha feito, o Ian, de ‘Perdida'”, comenta.
Bruno Montaleone protagoniza uma importante sequência de ação, cheia de cenas densas. Para ela, ele se apropriou de um momento turbulento em sua própria vida. “Minha vida pessoal estava uma bagunça, então eu estava um pouquinho fora do eixo (risos)”, lembra o ator, “já que aquilo estava acontecendo, tentei canalizar o máximo possível para meu personagem e para as cenas. Foi um experimento interessante!”.
Sem cenas de sexo para Bruno Montaleone
No filme, Bruno contracena com Giovanna Lancellotti, Camilla de Lucas, Micael Borges, Leandro Lima e Thadeu Matos. Todos têm cenas de sexo – o grande chamariz dessa produção, dirigida por Diego Freitas – menos ele. “De fato, meu personagem teve zero envolvimento nesse departamento (risos)”, brinca. Para ele, não teria sido um problema. Bruno fez várias cenas de sexo na novela “Verdades Secretas II”.
“Eu não vejo tabu em nudez. Acho que, como ator, é importante ter algum desprendimento para que você possa de fato emprestar sua imagem pra contar aquela história. No caso do filme ‘O Lado Bom de Ser Traída’, não tenho nenhuma cena neste estilo, mas simplesmente porque não tinha muito a ver com a história dele. Tem a ver com outras narrativas ali inseridas. Quando existe um propósito cênico, não vejo como uma questão”, conclui.