A segunda edição do evento da série Black Sessions, criada pelos membros do Black@, grupo de afinidade de pessoas negras e aliadas da Meta, convidou o duo ÀVUÁ para um diálogo que celebrou a afetividade na comunidade negra. O encontro aconteceu na quinta-feira (25) na sede da Meta, em São Paulo.
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O POPline Biz é Mundo da Música participou da iniciativa que possui o objetivo de ampliar as conversas sobre temas relevantes para a comunidade negra, além de proporcionar momentos de celebração e descontração para os funcionários da empresa. No primeiro encontro, realizado no início de agosto, o apresentador e escritor Manoel Soares trouxe reflexões importantes sobre o racismo estrutural, com base em seu novo livro, “Para meu amigo branco”.
Durante a roda de conversa, participaram os cantores e compositores paulistas Bruna Black e Jota Pê do duo ÁVUÀ, Fernanda Bas, Gerente de Parcerias com Gravadoras e Distribuidoras da Meta, integrante do grupo Black@ e organizadora desta edição da série Black Sessions, e Gabriel Gaspar, Gerente Sênior de Desenvolvimento de Video e Audiência da Believe Brasil.
“No grupo de afinidade Black@ vemos a música como uma importante ferramenta de conexão e expressão da nossa identidade. Fico feliz de convidar para essa segunda sessão do Black Sessions artistas que, além de talentosos, trazem para a discussão um tema tão caro à nossa comunidade, o afeto. Será uma conversa de acolhimento e muita música. Apoiar novos artistas negros também reforça nossos valores de diversidade, compromisso com nossos parceiros de negócio e com a comunidade”, conta Fernanda Bas, Gerente de Parcerias com Gravadoras e Distribuidoras da Meta, integrante do grupo Black@ e organizadora desta edição da série Black Sessions.
Formado em 2019, o ÀVUÀ junta dois talentos que partem de experiências pessoais e profissionais diferentes, mas que, como duo, fazem transbordar as suas intersecções e distinções em uma música brasileira contemporânea. Em pouco tempo de estrada, o duo já coleciona feitos importantes, como uma faixa no álbum ONZE, com canções inéditas de Adoniran Barbosa (Dorsal Musik, 2020), indicado ao Grammy Latino em 2021; e também a participação no celebrado canal internacional COLORS, no qual registraram a canção autoral “Comum” (assista aqui).
“É muito importante falarmos sobre este tema para podermos, de alguma forma, colaborar para a evolução dos nossos e, com esse alcance, conseguir chegar a mais pessoas por meio do que acreditamos”, pontua o duo, que completa: “este é só o começo de um caminho que germina, por meio do afeto, pequenas e grandes revoluções”.
‘Black Sessions’: amplificar vozes e criar novos protagonismos
Durante o encontro, a conversa foi pautada sobre a importância de amplificar as vozes e, também, de criar novos protagonismos. Fernanda Bas diz que acredita que teve um marco importante na indústria e no mercado corporativo, de olhar para falta de representatividade dentro das empresas.
“Acredito que quando a gente começou a fazer barulho enquanto comunidade, a reclamar, olhar, a apontar e comemorar nossa presença nesse ambiente, as empresas começaram a ficar mais espertas pra isso. Esse movimento, ele tem só continuidade se a gente continuar alerta e se a gente também aproveitar as oportunidades de amplificar. Acho que tem a ver também com o fato da gente ter trazido o ÀVUÀ, que é um grupo de artistas pretos que são novos na cena, apesar de já terem feito muita coisa bacana. É e tem muito a ver com o papel da Meta, de dar oportunidade para que essas vozes sejam.”
Gabriel Gaspar, Gerente Sênior de Vídeo e Desenvolvimento de Audiência da Believe explica que o duo faz parte do Believe Artist Services, que se aproxima com o serviço que uma gravadora faz, com apoio de marketing, no editorial e em projetos como o Black Sessions.
“Eu participei do conceito do álbum do duo. A gente chega mais junto com o artista, sempre dando total liberdade artística, mas eles me pediram um auxílio nessa parte mais conceitual, já que era um tema que eu trato nas minhas atividades extras da Believe, que é da minha atuação como militante no movimento negro”, explica Gabriel Gaspar. “Promover a diversidade é o mínimo. Ainda mais em um país onde a maior parte da população é afrodescendente. É simplesmente refletir a demografia de mercado da onde você está inserido (…) Não adianta pintar a Finlândia aqui, porque não estamos nesse país. Então, essa é uma boa iniciativa, é importante para o mercado, para que ele se reconheça dentro dessa demografia brasileira, mas, ao mesmo tempo, é o mínimo”, completa.
Segundo Fernanda Bas, a iniciativa tem outros encontros pensados, mas ainda sem datas fechadas.