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Billie Eilish canta em concerto de “O Estranho Mundo de Jack”

Foto: Twitter

Billie Eilish estrelou um concerto ao vivo baseado na animação de Tim Burton, “O Estranho Mundo de Jack”, ao lado do compositor e vocalista da banda Oingo Boingo, Danny Elfman, na noite da última sexta-feira (29).

Em um traje inspirado na personagem Sally, a cantora de “Happier Than Ever” apresentou o solo “Sally’s Song” e cantou “Simply Meant to Be” de Sally.

Foto: Twitter

O show contou com a presença de uma orquestra completa liderada pelo maestro John Mauceri para apresentar a trilha sonora do filme e as canções ao vivo.

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O próximo espetáculo será neste domingo (31) no mesmo local, Banc of California Stadium, em Los Angeles.

Resenha: Happier Than Ever

Billie Eilish entregou em setembro o “Happier Than Ever: Uma Carta de Amor a Los Angeles”, registro visual de seu último álbum de estúdio, disponível na plataforma do Disney+. O show foi gravado em um dos palcos mais célebres da cidade das estrelas, o Hollywood Bowl.

O roteiro é um resgate das memórias da cantora, originando uma obra que contempla a relação da artista com a sua cidade natal e homenageia o local exibindo a beleza de seus pontos turísticos com recursos bem utilizados. Billie é a síntese de L.A.

Um dos maiores trunfos do registro são as suas colaborações que não roubam a cena, conversam com a anfitriã do projeto e a sua última obra. Qualquer outra celebridade pop, ali, seria uma interrupção desnecessária na narrativa de Billie, ora representada por uma animação.

O recurso de transformar a cantora em um desenho animado também é bem utilizado. Além de aparentemente retratar Eilish quando mais nova, crescendo em Hollywood, a animação foi crucial para que performances de músicas mais conhecidas do público não caíssem no marasmo. Em “Lost Cause” e “My Future”, canções apresentadas diversas vezes pela cantora em outras ocasiões, o efeito trouxe um refresco.

Billie Elish. Foto: Twitter

Os arranjos orquestrais de David Campbell, a direção musical de Gustavo Dudamel junto à Filarmônica de Los Angeles e as contribuições do brasileiro Romero Lubambo ditam o tom do espetáculo. O hit “Thefore I Am”, por exemplo, ganha uma roupagem alucinante, digna de mais alguns Grammys para a coleção de sua intérprete. O Coral Infantil de Los Angeles, do qual Eilish fez parte quando criança, refina a execução de “Goldwing” com uma lembrança da artista.

Ao cantar “Oxytocin“, Billie resgata a energia robusta e rebelde que a alçou ao estrelato no álbum anterior:

As luzes da cidade frequentemente se confundem com as do espetáculo, um efeito delicado e perceptível na transição de “Getting Older“. Outro destaque, a apresentação “Everybody Dies“, além de ressaltar a potência da filarmônica, também destaca a voz da cantora (no passado – acusada de apenas sussurrar). Seguindo a ordem da tracklist do álbum “Happier Than Ever“, Billie encerra o concerto com a faixa-título, seguida de “Male Fantasy“.

Neste momento, a cantora – que dominou o mundo e se tornou uma das maiores celebridades daquele lugar -, encontra a sua versão animada e mais jovem. Apenas com uma troca singela de olhares, elas fazem as pazes e encerram o show de forma graciosa. “Happier Than Ever: Uma Carta de Amor Para Los Angeles” é uma produção mais intimista quando comparada à outras empreitadas visuais da artista, mas conversa com a sonoridade do álbum apresentado, com músicos do alto escalão e um refinamento ínsito.

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