Bial, Leilane, Heraldo e mais jornalistas choram a morte de Glória Maria

Nesta quinta-feira (2), foi anunciada a morte de Glória Maria. Ela estava internada no Rio de Janeiro para um tratamento contra metástases cerebrais. Conhecida por suas entrevistas marcantes, viagens inesquecíveis e seu pioneirismo na profissão, a jornalista recebeu homenagens emocionantes de amigos e colegas com quem dividia a mesma ocupação.

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Glória Maria recebeu homenagens no Encontro. (Foto: Globo)

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Durante o “Bom Dia, Brasil“, Ana Paula Araújo não escondeu os olhos marejados enquanto noticiava, ao vivo, o ocorrido. A âncora não poupou elogios à amiga. “Glória Maria fez história no jornalismo brasileiro com muita coragem e determinação”, disse no programa matinal.

“Um talento especial, criou um estilo próprio de fazer reportagens, foram cinco décadas de sucesso na TV“, completou, com a voz embargada.

Ainda no jornal, Heraldo Pereira, em um link diretamente de Brasília, deixou a emoção tomar conta de seu discurso nostálgico àquela que também classificou como amiga:

“Os primeiros contatos com a Glória foram desde o começo da minha carreira, na minha cidade natal, Ribeirão Preto. Ela é uma referência para nós como jornalistas. Ela é uma referência como colega. Ela é uma referência para o nosso país. Momento muito difícil para nós”, lamentou.

Cecília Malan disse que estava sem palavras, assim como os colegas da redação em Londres. Ela deixou uma mensagem à família de Glória: “Exemplo para todas nós mulheres, jornalistas, mães. Ela deixa um lindo legado, um legado único. Desejo muita força, luz, amor para a filhas Laura e Maira, que tiveram o privilégio de conviver com essa mãezona que amava o que fazia e fazia tão bem.”

Já Rodrigo Boccardi falou em nome de todos os colegas da Globo São Paulo e da população do estado de São Paulo. “Glória sempre foi muito respeitada, reconhecida. Faz parte da vida de todos nós.” 

Liliana Junger, apresentadora do “Bom Dia, Brasil” em Minhas Gerais, citou o respeito que tinha por Glória Maria e toda a inspiração que buscou na jornalista. “Para nós a Glória Maria era uma entidade. Era e continuará sendo.”

Também no programa, Pedro Bial enviou um vídeo no qual exaltou a amiga:

“Eu nunca vi nada mais cheio de vida, fulgurante como Glória Maria. Me lembro dela na década de 1970, 1980, jogando frescobol na praia de Ipanema. Era um espetáculo mais extraordinário de vigor, de vida. Aquela rainha negra”, detalhou.

Tal história foi relembrada por ele ao participar do “Encontro“. E reforçou a admiração pela companheira de profissão.

“Estou indo para a TV para fazer o que tenho certeza que a Glória faria se tivesse na situação inversa: trabalhar para dar essa notícia com a grandeza que ela carrega. Eu nunca vi nada mais cheio de vida, nenhuma pessoa mais cheia de vida e flutuante como Glória Maria“, disse em pratos.

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Perda irreparável

Ao noticiar morte de Glória Maria na GloboNews, Leilane Neubarth não segurou as lágrimas. Elas mantinham uma relação muito próxima dentro e fora das telas. Tanto que nas redes sociais ela afirmou que apresentar o programa foi muito difícil.

“Peço desculpas aqui porque está muito difícil para mim. A Glória sempre foi, além de muita amiga, uma inspiração, o nosso farol. A pessoa que sempre estava cheia de ânimo em todas as matérias. Sempre uma maneira da gente aprender com ela. Conviver com a Glória era aprender com ela todo dia”, afirmou.

Assim como William Bonner fez no “Encontro”, Sandra Annenberg apontou as conquistas de Glória para ela mesma e para o Brasil em um vídeo exibido no “Mais Você“.

“Foi essa pioneira, que foi na frente de todas nós. A primeira mulher negra a conquistar esse mundo, a fazer tantas viagens. Ela se orgulhava muito com tantos passaportes. Desbravou nosso mundo para nós, mulheres.”

Zeca Camargo, diretamente de Salvador, na Bahia, prestou condolências e até contou a respeito de uma brincadeira que eles faziam um com o outro:

“Era uma pessoa curiosa, alguém com quem eu tive o prazer de fazer uma das disputas mais saudáveis que existem, que é: ‘que lugar você conhece do mundo? Quem conhece mais?’. Glória, quando eu chegar no número de países que você já viajou, eu vou celebrar pra você. Muita saudade”, concluiu.

Cid Moreira explicou a forma como conheceu a profissional: “Estou impactado. Conhecia a Glória quando eu fui para a Globo, em 1969. Ela deveria ter uns 17, 18 anos. Sempre foi uma profissional excelente, colega maravilhosa. Ela viveu gloriosamente. Lamento muito.”

As apresentadoras do Fantástico, Maju Coutinho e Poliana Abritta, agradeceram a vida de Glória Maria por meio das redes sociais:

“[…] Celebro aqui a existência dessa mulher que me ajudou a existir e a resistir”, escreveu Maju.

“[…] Sua luz, sua força, seu sorriso, sua liberdade, sua intensidade, seu enorme coração – isso fica! Tá guardado no coração de cada um de nós, nas nossas lembranças, nas histórias das nossas viagens…”, pontuou Poliana.

À rádio CBN São Paulo, Carlos Tramontina traduziu a jornalista como: “Glória era uma defensora intransigente de suas vontades e pensamentos.”

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