Antônia Fontenelle será investigada por possível crime de preconceito ou discriminação contra paraibanos após comentários xenofóbicos sobre DJ Ivis, que nesta semana foi preso por aparecer em vídeos agredindo a ex-mulher Pamela Hollanda.
De acordo com o G1, na última quarta-feira (14) o delegado Pedro Ivo, da 1ª Delegacia Seccional da Polícia Civil da Paraíba, solicitou a abertura de um inquérito para apurar os fatos. Em sua fala, Fontenelle se posicionou contra as agressões de DJ Ivis, que é paraibano, e postou o seguinte texto em suas redes sociais ao falar sobre o assunto:
“Esses ‘paraíbas’ fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo. Amanhã vou contatar as autoridades do Ceará para entender porque esse cretino não foi preso”.
Após sua declaração, a youtuber foi alvo de críticas por usar a expressão “paraíba” com cunho negativo. Juliette, vencedora do “BBB21”, por exemplo, se pronunciou contra Fontenelle.
“Essa não é a primeira vez que eu vejo alguém que eu escuto alguém usar o termo Paraíba de forma pejorativa. Paraíba é o estado da Paraíba, nós somos paraibanos. Se você quer usar algum adjetivo ruim, use agressor, criminoso…Procure qualquer outro. Isso não é brincadeira, isso não é leve, isso machuca e reproduz um discurso xenofóbico. ‘Ah, foi sem maldade’ Pouco importa. É ‘sem maldade’, mas machuca.”
a juliette disse TUDO! chega de xenofobia! pic.twitter.com/FCl8gsE9rQ
— gabi de pff2 (@julhette) July 12, 2021
Fontenelle, por sua vez, não entendeu seu erro e detonou as pessoas que a acusaram de xenofobia.
“Esse bando de desocupado aí da máfia digital que não tem nada o que fazer. Se juntaram pra agora me acusar de xenofobia. De novo? Num cola! Já tentaram me acusar de xenofobia. […] Porque eu falei ‘esses ‘paraíba’ quando começam a ganhar um pouquinho de dinheiro acham que podem tudo. ‘Paraíba’ eu me refiro a quem faz ‘paraibada‘, pode ser ele sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for. Se fizer paraibada, é uma força de expressão”, disse ela em um vídeo.
A publicação do G1 afirma que, segundo o delegado Pedro Ivo, as condutas de Fontenelle se amoldam ao tipo penal descrito no art. 20 da Lei nº 7716/1989, que define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.