A atriz e cantora Samantha Schmutz tem sido uma das artistas mais ativas quando se trata de lutar pelos direitos sociais e ela não poderia deixar de fazer parte dos protestos 19J neste sábado (19), incluindo ações em mais de 400 municípios.
Além de protestar contra o governo de Jair Bolsonaro, a revolta vem pelas 500 mil mortes no Brasil vítimas do Covid-19. Enquanto isso, não há vacinas o suficiente para vacinar a maior parte da população, o que anda a passos lentos, diferente de outros países. Enquanto isso, Bolsonaro continua minimizando a situação, como se estivesse em uma realidade paralela.
Pedindo vacinas, a multidão também exalta a existência do SUS (Sistema Único de Saúde) que dá serviço de saúda gratuito aos cidadãos. Esse sistema deve ser protegido, com mais investimentos.
Vale ressaltar que, neste final de semana, o Brasil chega a revoltante marca de meio milhão de mortes pelo COVID-19 e menos de 15% da população vacinada com duas doses.
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“Quem tem voz, tem que falar”, diz Samantha Schmütz
Samantha Schmütz tem sido alvo de ataques desde que assumiu um protagonismo na luta contra a pandemia e, consequentemente, o governo federal. Após a morte de seu amigo, Paulo Gustavo, a atriz se revoltou com a falta de posicionamentos de artistas e celebridades e criticou a postura de algumas pessoas nas redes sociais. Ela foi a convidada do programa “Saia Justa”, do GNT, da quarta-feira (16).
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A atração apresentada por Astrid Fontenelle e que conta com Pitty, Gaby Amarantos e Mônica Martelli no elenco debateu o posicionamento político. Em certo momento, Schmüz falou sobre a morte de Paulo Gustavo:
“Eu sempre me posicionei. Falando da minha área, é um governo que, desde o dia um, é contra a cultura, mas até aí se posiciona quem quer, enfim. Mas agora, nessa situação de vida e morte, não é escolha. Eu sempre me posicionei, mas essa coisa da morte do Paulo…Ele era um símbolo, uma alegria do Brasil, é como se todos nós tivéssemos sentido a morte de um parente muito próximo. É isso que eu escuto das pessoas na rua. Isso realmente mexeu muito comigo”.
Em seguida, emendou relatando a sua revolta com uma atitude do presidente da república, Jair Bolsonaro e se emocionou ao falar das pessoas que estão lutando contra a doença nos hospitais.
“Dois dias após o enterro de Paulo, eu vi o presidente imitando uma pessoa sem ar. Então, assim, eu fiquei sem ar, fiquei ‘não, não é possível que isso está acontecendo’. É um desrespeito com as famílias, com as pessoas. Eu fiquei imaginando o quanto as pessoas estão sofrendo nos hospitais, fiquei imaginando o Paulo cheio de tubo, de bruços para tentar respirar. As pessoas estão lutando pela vida, então não dá para você brincar com isso”.
A forma como os seus colegas estão utilizando as redes sociais também foi alvo de críticas da atriz: “Vamos, agora, dar um tempinho da palhaçada, do TikTok, da dancinha? Pode fazer tudo, cada um faz o que quer, mas o assunto tá muito sério”, disse Samantha. “Eu estou resinificando também o uso das minhas redes, porque eu passo em feeds e as pessoas estão vivendo no mundo de Nárnia, elas estão vivendo num mundo que não é o meu. Até entendo elas não falarem, porque de repente, vocês estão em outro país, outro lugar”, ironizou. “Não é possível ostentar agora, é cafona. Quem tem voz, tem que falar. Eu fico pensando ‘pra quê você tem voz?’”