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Entrevista: Bruno Martini fala sobre parceria com Alok e Zeeba, época de Disney e single novo


Um dos caras por trás de “Hear Me Now” e “Never Let Me Go”. O menino da banda College 11. O garoto da série “Que Talento!” da Disney. O filho de Gino Martini, da Double You. Enfim, Bruno Martini é muitos. Independente de como você o conheça, é difícil um verdadeiro fã de música pop não ter esbarrado com seu trabalho em algum momento da vida. Ainda adolescente, ele abriu shows de Demi Lovato e Selena Gomez no Brasil. Agora, promove seu single novo, “Sun Goes Down”, e percorre festivais no país e no mundo como DJ.

Em setembro, por exemplo, Bruno Martini tocará no Rock in Rio, no Brasil, e no Eletric Zoo, em Nova York. Neste mês de julho, ele se apresenta no Tomorrowland da Bélgica. “Hear Me Now” levou seu nome para vários países. A música segue no Top 100 do iTunes em quatro países, no Top 100 do Spotify em três países e no Top 100 da Apple Music em outros três países. No Brasil, é uma das 20 faixas pop mais tocadas das rádios… Sucesso, sim.

Como é lançar qualquer coisa depois de “Hear Me Now”? A pressão é muito grande?
Cara, não, e vou te falar o porquê. Na minha carreira, sempre trabalhei mais com estúdio. Desde pequeno, estive em estúdio. Comecei a tocar com oito anos de idade, brincar, ter banda de rock… Com tudo que já passei, sei que a coisa que vem em primeiro lugar na minha vida é a música. Para te falar a verdade, sou muito grato pelo sucesso de “Hear Me Now” e “Never Let Me Go”. Não tem o que falar, mas para mim o mais importante é a música. Eu chego ao estúdio e quero criar coisas novas. O sucesso, eu acho que, futuramente vem – ou não. Vem mais, vem menos. Mas o que fica mesmo é aquela mensagem ou aquela música que as pessoas vão ouvir e vão lembrar. Através de uma boa música, você cria uma conexão muito forte. Meu foco é sempre fazer um bom trabalho e dar ao público algo de qualidade. Todas as minhas músicas têm muito coração.

Como você define “Sun Goes Down”?
É uma música muito verão. A cantora se chama Isadora, e foi muito legal poder trabalhar com ela. Acho que vai ser uma música para fechar essa trilogia de “Hear Me Now” e “Never Let Me Go”. O Zeeba também escreveu. A gente se conheceu há algum tempo, comecei a ouvir as músicas dele, a gente começou a compor junto e rendeu duas músicas que deram muito certo. Aí conheci a Isadora e estou muito empolgado com “Sun Goes Down”. Espero que as pessoas gostem. É uma música mais praia, mais verão.

Vai ter clipe?
Vai ter clipe, sim. Estamos pensando juntos.



Voltando um pouco a “Hear Me Now”, como essa música mudou sua vida?

Como disse, sou muito grato. Com certeza, para mim, foi a afirmação de que estou no caminho certo. Mas, cara, eu continuo a mesma pessoa. Meu foco é o mesmo: música com uma mensagem boa. Com certeza “Hear Me Now” foi um start muito legal para minha carreira, e deixa uma mensagem, para mim, de que estou fazendo certo.

Você falou que “Sun Goes Down” encerra a trilogia. Mas você pretende continuar trabalhando com Zeeba e Alok?
Cara, eu não vou saber te responder isso agora. O que posso falar é que tenho bastante música pronta. Muitas músicas minhas para lançar. Pode ser que, no futuro, eu venha fazer coisas com Alok. É um grande amigo. O Zeeba também. Dois grandes parceiros meus. Estou mais do que aberto a trabalhar com pessoas de bem. Seria um prazer. Pode ser que a gente continue produzindo coisas juntos, mas não sei responder isso agora. Eles estão juntos fazendo vários shows, mas cada um tem sua carreira. Eu sempre produzi músicas do Zeeba também, tem bastante música dele que a gente fez aqui no estúdio. Vamos ver! Vamos ver! Estou superaberto. A gente tem uma energia muito boa quando trabalha junto.

Essas parcerias acontecem presencialmente ou virtualmente?
Então, a gente se encontrou. É muito relativo isso. Por exemplo, “Hear Me Now”. Eu conheci o Zeeba, aí depois o Alok, eles chegaram ao meu estúdio, mostrei algumas coisas para eles, “vamos ver o que a gente pode fazer”, e aí terminamos ela juntos. MAs “Never Let Me Go” já foi diferente. O Alok estava em uma turnê e me mandou a ideia de melodia. Aí comecei a trabalhar nela, eles vieram pra cá, mudaram a ideia, e a gente finalizou junto. Cada música é cada música. Eu sou um cara que acredita muito em energia: o mais importante é que tenha uma energia positiva e uma vibe coletiva sempre.

Você também tem se apresentado bastante fora do Brasil. As pessoas sabem que você é brasileiro? Sente que está levando o nome do país para fora?
Claro! É muito legal isso. Vou fazer o Tomorrowland na Bélgica, aí vou passar pela Europa, depois volto para o Brasil, aí vou para Nova York, vai ser super legal, fico mais um mês lá fazendo turnê por várias cidades. É muito legal isso. Sinto-me honrado de ser brasileiro e mostrar para o mundo o nome do Brasil.

Qual o festival mais legal que você já participou?
Cada festival é diferente. É uma energia diferente. O mais legal dos festivais é ver as pessoas ali conectadas através da música. Por um período, você vê que não tem diferença de cor, religião, idade, não existe nada. São pessoas de verdade se entregando e curtindo a música. Eu gosto muito do Tomorrowland, claro, gosto muito do EDC, o Eletric Zoo no Brasil, eu vou para o Eletric Zoo de Nova York… agora o Tomorrowland na Bélgica, que é minha primeira vez e estou superanimado.

Cantoras como Anitta e Claudia Leitte estão tentando se internacionalizar também. Você acha que o caminho é mais fácil para cantoras ou para DJs?
Acho que isso é muito relativo. Não existe um caminho mais fácil ou mais difícil. É o que falei: o importante é a música. É muito legal ver esse caminho. A Anitta fez umas músicas superlegais. É muito legal o trabalho dela. Desejo todo o sucesso para elas. Elas merecem.

Você fez parte da banda College11 da Disney e abriu shows de artistas queridos do mundo pop. Quais foram mais legais?
A gente tocou com a Demi Lovato e a Selena Gomez. A Demi Lovato é uma pessoa superlegal. A gente teve a oportunidade de conhecê-la. Superprofissional. Todas elas são. Experiências incríveis. Eu era bem novo. Tinha 17 anos…

Tem alguma história boa de bastidor com alguma delas?
Cara, na verdade, não. Eu não lembro muito bem. Lembro que a gente conversou um pouquinho ali no camarim. Foi muito rápido. Não deu para conversar tanto. Adoraria. Teria uma história para te falar (risos).

Como era trabalhar com a Disney?
Incrível. É a maior empresa de entretenimento do mundo. Tudo que eu aprendi devo a eles. Passei cinco anos da minha carreira lá dentro. Eu comecei muito cedo, com 14 anos. Foi legal para desenvolver a música, e ainda tive a oportunidade também de atuar. Me chamaram para fazer um seriado exclusivo do Brasil, queriam que eu fosse o protagonista, e foi uma oportunidade muito grande, porque eu nunca tinha atuado. Tive que me dedicar um ano e meio à atuação. Foi muito legal. Teve mais de uma temporada. A Disney foi uma companhia que abriu muito minha cabeça. Tive a oportunidade de fazer muitas coisas lá dentro. Viajei muito com eles. Boa parte do que sou devo a deles. Sou muito grato e muito feliz por ter tido essa oportunidade.

Você voltaria a atuar?
Cara, eu morro de vontade! Sinto saudade. Eu nunca tinha atuado e aprendi a atuar na Disney. Com certeza voltaria. Tenho muita vontade, sim.

E com que cantores ou bandas você gostaria de fazer música?
Eu sou muito eclético e ouço todo tipo de música que você imagina, então é muito difícil pra mim escolher uma pessoa só. Sempre tive o eletrônico na minha veia, porque meu pai sempre trabalhou com eletrônico e comecei a discotecar muito cedo também, mas escuto tudo. Para mim, é muito difícil escolher. Mas, se eu pudesse escolher alguém hoje em dia, com certeza faria parceria com o Timbaland. Seria muito legal trabalhar com ele.

E no Brasil?
Sou muito fã do Seu Jorge, gosto bastante também do trabalho da Anitta. Eu escuto de tudo. Sou mais do que aberto para fazer parceria. Eu sou um cara que gosto de aprender. Cada pessoa tem uma história diferente da outra, então eu acabo aprendendo muito com quem eu trabalho. Estou sempre aberto e feliz com quem for.

Você vai estar no Rock in Rio! Como que é estar na line-up do maior festival do Brasil?
Estou muito feliz, cara! Muito feliz de poder participar desse evento, que tem tantos anos no Brasil, é lendário, muito importante. Sinto-me muito honrado de poder fazer parte.

Tem algum show que você queira ver?

Cara, eu não sei direito quem vai tocar no meu dia, para te falar a verdade, mas se tiver tempo eu vou passar para ver os outros. Eu gosto de tudo. Quando você trabalha com música, é impossível fechar a cabeça para um estilo ou gênero. Escuto de tudo. Quero ver os shows sim.