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Zeeba lança o álbum “Tudo ao Contrário”, cheio de otimismo e canções em português

Novo trabalho traz participações de Mallu Magalhães, Carol Biazin, OutroEu e mais

Foto: Georgia Bravo

Sair da zona de conforto pode ser um passo arriscado para qualquer artista. Mas, paradoxalmente, experimentar novos caminhos pode ser libertador – do ponto de vista criativo. Os últimos dois anos foram de (re)descoberta para Zeeba e ele documenta este período no álbum “Tudo ao Contrário“, que chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (18). Além de transitar pelo indie pop e agregar brasilidades ao seu som, o trabalho traz suas primeiras incursões em língua portuguesa.

Foto: Georgia Bravo

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Filho de brasileiros, Zeeba nasceu em San Diego, nos EUA, e se mudou com a família para São Paulo aos 2 anos. Ele retornou ao país natal para estudar na Musicians Institute, em Los Angeles. “Foi um desafio muito grande cantar em português pra mim que tive um aprendizado musical lá fora. Minha faculdade e minha primeira banda profissional aconteceram lá nos EUA, então o inglês foi meio que o começo profissional talvez. Mas eu acho que o português muito bonito, mais rítmico, nos dá oportunidades poéticas únicas“, diz o cantor.

Para além da volta às raízes, Zeeba quis dar mais versatilidade ao seu som. “A produção está bem diferente de outras coisas que eu fiz. Tem uma mistura do meu lado indie e gringo junto com brasilidades como em “Amarelo e Vermelho”. Me juntei com uma galera da nova MPB também, tem várias parcerias. Tem um lado mais indie rock. Na primeira música, já rola um reggae, tem o Nanno que tem essa presença meio hip-hop, rap, então é um álbum bem eclético”.

Parcerias e inspirações

Estreitar laços musicais com outros jovens músicos tem sido prolífico para a nova geração. Os famosos “camping de composição” estão na moda e a partir desses encontros saem parcerias que, vez ou outra, revelam-se um tanto prolíficas. “Eu acho que a gente foi se encontrando no meio do caminho do álbum, foi muito legal toda essa pesquisa que a gente fez. Eu com o Bruno Martini, com o Guto Oliveira, que entrou mais para o final do álbum, entrou ali para participar e para somar também“, explica.

“Os convites rolaram de uma forma muito natural. Estava escutando muito Carol Biazin, por exemplo, e aí, saiu uma música lá no estúdio com o Bruno que eu achei que era a cara dela. Com a Mallu Magalhães, quando saiu “Só Pensando Em Você”, a gente pensou que era perfeita para ela. Com o OutroEu, eu gosto muito da composição, da forma como eles escrevem, e aí, eu quis chamar eles pra compor também. Fizemos muitas músicas juntos e saiu “Vontade Lunar”, que a gente achou que tinha mais a cara do álbum”, conta Zeeba.

As inspirações são muitas – de Cássia Eller a Charlie Brown Jr, passando por Jorge Ben Jor. Mas Zeeba conta que tem ouvido muito material da nova geração que tem despontado. “Ouço demais Jovem Dionísio, Gilsons, Lagum… A Marina Sena é uma que apareceu e achei muito legal o álbum dela, muito massa. A Gloria Groove, acho que ela é muito gênia de composição. Ela trabalha com uma galera muito massa também. Gostaria muito de colaborar com todos eles“.

A preparação para a volta aos palcos

Foto: Georgia Bravo

Com a queda dos índices de Covid-19 no Brasil, aos poucos os eventos presenciais voltaram a ganhar força. Zeeba se prepara para estrear o show de divulgação de “Tudo ao Contrário” no próximo mês. “Estou ansioso. Já está marcado: dia 7 de abril, no teatro B32, em São Paulo. Depois de tanto trabalho fazendo este álbum, quis montar um show que estivesse no mesmo patamar. Vou tocar desde minhas primeiras parcerias gigantes, como as com o Alok e com o Bruno Martini, até as músicas novas. Vai ter uma dinâmica legal de interação do passado, presente e futuro“, promete.

E o cantor revela que não incluirá covers na setlist. “Eu acho que vai ser o primeiro show sem covers da minha carreira. Vai ser um show só do Zeeba. A gente tem muitas músicas lançadas e eu faço questão de tocar as músicas do começo da carreira. Até tive que deixar algumas músicas minhas de fora, então não tinha espaço mesmo para covers“.

Depois deste período de reclusão imposto a todos nós, Zeeba se mostra positivista para os dias que virão. “Esses últimos anos foram muito reflexivos, mas quero que as pessoas escutem e se sintam bem, otimistas e presentes. Acho que essa é a mensagem geral do álbum. Tem amor, tem reflexões sobre a vida. E eu acho que a gente tem que sempre seguir o nosso sonho e acreditar, ser feliz. Acho que essa é sempre a mensagem que eu quero passar nas minhas músicas e o álbum não está diferente“.