Willow e Travis Barker se unem mais uma vez – desta vez para performance ao vivo da música “Lipstick”, faixa de seu novo álbum com forte inspiração pop-punk, “Lately I Feel Everything“.
“Lipstick” sucede o single “Transparent Soul”, que também conta com a participação do baterista do blink-182. E foi ele o responsável por aproximar a jovem de sua “ídola” Avril Lavigne, que divide os vocais na faixa “Grow”. O álbum “Lately I Feel Everything” também traz colaborações com Tierra Whack, Cherry Glazerr e Ayla Tesler-Mabe, e foi produzido por Tyler Cole.
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Gravado durante a pandemia, o trabalho é fortemente inspirado por artistas pop-punk como a própria Avril Lavigne, My Chemical Romance e Paramore. Outra inspiração de Willow foi a banda de metal Wicked Wisdom, que tinha sua mãe, Jada Pinkett Smith, como vocalista.
Sobre o estilo musical, Willow falou à Alternative Press: “Eu sou totalmente a favor de me livrar das categorias e apenas fazer o que quero. Mas às vezes, quando estou conceituando coisas, eu preciso conhecer cada tipo diferente de gênero para o qual vou me virar — tipo traçar um roteiro que é especificamente meu“.
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Willow tem refletido o fato de ter crescido sob os olhos do público. Inquieta, passou de estrela infantil à adolescente soul/r&b. Ainda jovem, tornou-se apresentadora de um programa de discussão familiar. Mas sua admirável franqueza também foi confundida com pretensão, sua exploração do gênero pela indecisão e suas tendências de outsider policiadas por noções racializadas e antiquadas de como um músico “alternativo” deveria ser.
E, definitivamente, Willow se recusa a ser colocada em uma caixa. Incrivelmente versátil, toca guitarra desde tenra idade. Seu mais recente desenvolvimento artístico permitiu a ela o espaço para canalizar totalmente seu amado pop punk.
“Historicamente, os jovens afro-americanos têm sido constantemente colocados nessas caixas, e eu sinto que até mesmo em nossa própria comunidade, quando tentamos sair dessas caixas e quando tentamos fazer algo diferente, somos examinados por nossa própria comunidade”, reflete.
“Eu sinto que as pessoas têm medo de permitir que esse despertar aconteça porque, por muito tempo, as pessoas em grupos minoritários foram reprimidas. Permitir que as minorias se expressem plenamente traz à tona o fato de que teremos que lidar com essas opressões sociais e sistêmicas que vivemos. Eu não acho que falamos o suficiente sobre como as saídas criativas de pessoas de cor podem ser um grande caminho para incitar mudanças”, pontua Willow.
Contudo, Willow tem consciência de seus privilégios enquanto filha de famosos. Mas ressalta: “Ser negro é ser negro; mesmo se você for um privilegiado, ainda vai experimentar algumas dessas resistências. Eu só quero continuar me expressando, e quero continuar deixando outras pessoas de cor saberem que podemos simplesmente fazer o que quisermos”.