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Warner Music lança mini-doc ‘Nossos Cantos Vêm de Longe’

Com direção de Renata Novaes, projeto busca resgatar a importância histórica e cultural dos primeiros artistas negros da Warner Music Brasil
Warner Music lança mini-doc 'Nossos Cantos Vêm de Longe'
Luan Otten, Marvvila, Paulla e Blecaute participam do projeto que revisita canções de artistas da Warner Music Brasil. Foto: Divulgação

A Warner Music Brasil lança mini-doc “Nossos Cantos Vêm de Longe”. Disponibilizado no YouTube, clássicos absolutos da música popular brasileira do quilate de “Sorriso Negro”, de autoria de Dona Ivone Lara, “Negro Gato”, de Getúlio Cortes eternizado na voz de Luiz Melodia e as mais recentes “Crença e Fé”, da Banda Mel e “Meu Nome É Favela”, de Leandro Sapucahy, foram revisitados por artistas revelação no cenário atual da música brasileira como Marvvila, Luan Otten, Morenna, Sodré, Paulla, Blecaute e RDN.

Intitulado “Nossos Cantos Vêm de Longe”, o projeto busca resgatar a importância histórica e cultural dos primeiros artistas negros da Warner Music Brasil, nomes que abriram caminho para toda uma geração. O mini-doc tem cerca de 20 minutos, direção de Renata Novaes e estreou neste sábado (20), no YouTube da Warner Music Brasil.

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No mini-documentário musical as gravações das canções se mesclam a depoimentos que atestam e refletem sobre a importância desses artistas,sua representatividade, suas vozes e composições para a canção e a para o universo artístico brasileiro.

Abrindo as homenagens, a cantora de pagode pop Marvvila canta junto com Luan Otten o clássico de 1981 “Sorriso Negro”, de Dona Ivone Lara. Os clássicos versos “Um Sorriso Negro/ Um abraço negro/Traz felicidade/Negro sem emprego/Fica sem sossego/E negro é a raiz da liberdade” ganham um toque R&B na voz poderosa da brasiliense e do carioca.

“Não é qualquer música, é muita responsabilidade”, afirma Marvvila. Luan Otten completa, reforçando o alcance da canção e do projeto: “Quando eu via alguém da mesma cor que eu, com o mesmo sonho, penso: ‘caraca, eu sei o que você está passando. Tamo junto’. Porque é difícil”, reconhece. E celebra a força das raízes musicais brasileiras, um reflexo da importância na formação histórica e cultural da nação: “é uma força que mostra quem somos, é algo que vem lá de trás”, conclui.

A capixaba Morenna e o carioca Sodré transformam em um reggae – ritmo do qual o Espírito Santo de Morenna é um dos berços o clássico “Crença e Fé”, da Banda Mel. Assim, os versos “E diga Yes, diga Yes, Sou Negão”, da Bahia na qual a artista cresceu ganham um colorido especial e afirmativo, do jeito que a canção pede. “Minha mãe cantava muito essa música para mim. Me senti em casa. A maior quantidade de pessoas negras fora da África está no Brasil”, diz a artista. “Essa canção, essas falas de não se limitar, essa percussão ” completa.

Os cariocas Paulla e Blecaute, novas apostas da gravadora no pop e no rap, apresentam uma versão inovadora de “Negro Gato”, de Getúlio Côrtes, gravada em 1980. E apontam para o presente e o futuro, celebrando a fibra de artistas que galgaram seu lugar a partir de muito esforço, como Ludmilla e IZA, e almejando eles próprios podendo servir de inspiração para as gerações ainda mais jovens.

Na quarta faixa, cheia de suingue, o grupo de samba e pagode RDN finaliza o tributo com “Meu Nome é Favela”, de autoria do produtor musical Leandro Sapucahy. A letra que fala de becos e vielas e afirma “Meu Nome é Favela” e “mostro num sorriso nosso clima de subúrbio” é um hino empoderado, que afirma respeito, inspiração e retoma a grandiosidade das raízes musicais brasileiras.

Rogério Barros, do RDN, lembra “Candeia, Dona Ivone lara, esses nomes são os grandes responsáveis por nos apaixonarmos pelo samba e é muito importante dar sequência a esse legado”. O mini-doc “Nossos Cantos Vêm de Longe” é dirigido por Renata Novaes, Jornalista  e líder do estudo sobre “Respeito às diferenças” da Rede Globo.

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