“Cinquenta Tons de Cinza” não estava na lista de referências cinematográficas citadas pela diretora artística Amora Mautner quando falou de “Verdades Secretas II”. Mas a história de Christian Grey pode ter inspirado o autor Walcyr Carrasco.
A nova leva de capítulos de “Verdades Secretas”, disponibilizada na quarta (3/11), aprofunda a trama de Percy (Gabriel Braga Nunes). No capítulo 11, Angel (Camila Queiroz) aceita ter um novo encontro sexual com ele. Percy diz que a modelo é “a única mulher que o aceita e o entende”.
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Percy = Christian Grey?
Percy tem um fetiche que espanta as mulheres na novela: o sadomasoquismo. Ele gosta de cordas para amarrar as parceiras, mordidas, suspensão e vendas. Em cena do episódio 11, Percy combina um código com Angel: caso ela se sinta desconfortável ou caso ele se exceda, basta ela falar “sete” para que tudo pare. Em “Cinquenta Tons de Cinza”, Christian Grey propunha a palavra “vermelho” como código de segurança com Anastasia.
Em entrevista ao site F5, da Folha de S. Paulo, Gabriel Braga Nunes disse que a comparação com “Cinquenta Tons de Cinza” é válida. Na opinião dele, porém, há uma diferença: “Christian Grey é herói, Percy é vilão”.
“Ele vai testando os limites do lema ‘são, seguro e consensual’, característico do BDSM. Percy vai se tornando um sujeito perigoso. O infortúnio do filho doente deixa Angel vulnerável, pois precisa de dinheiro grande. Embora não tenha compaixão, Percy é generoso, banca coisa fundamentais e cria belas oportunidades de trabalho para Angel. Exerce seu sadismo com intensidade e prazer nas noites que passam em seu quarto”, adianta.