O Universal Music Group processou o Triller na quinta-feira (5), alegando que o aplicativo de compartilhamento de vídeos não fez pagamentos nos últimos nove meses, violando seu contrato de licenciamento.
Na queixa apresentada no Tribunal Superior de Los Angeles, a Universal afirma que notificou Triller na terça-feira que está rescindindo o acordo devido às repetidas violações da empresa. As informações são do Variety.
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A reclamação segue um processo semelhante em agosto, no qual a Sony Music Entertainment alegou que Triller continuou a usar a música da gravadora mesmo depois de ter parado de pagar taxas de licença e depois que o contrato foi rescindido.
No novo processo, a Universal alega que Triller não pagou faturas nos últimos três trimestres um “contrato de estrutura” e um “contrato de aplicativo de música”. O processo alega que Triller também não forneceu relatórios de uso trimestrais que detalharam o uso da música da gravadora no aplicativo.
“Durante o mesmo período em que Triller estava inadimplente com suas obrigações de pagamento e relatórios, foi relatado que Triller estava gastando quantias substanciais de dinheiro adquirindo empresas, incluindo Julius e Fangage, e realizando eventos luxuosos atendendo a membros da mídia e indústria de entretenimento”, consta no processo.
Há dois anos, a Universal retirou todo o seu catálogo da Triller, justificando que a empresa reteve os pagamentos dos artistas e falhou em negociar um acordo de licenciamento. Posteriormente, as duas empresas anunciaram um acordo de licenciamento em maio de 2021.
De acordo com a denúncia, Triller concordou em pagar quase US$ 3 milhões pelo licenciamento e uso anterior do catálogo da Universal Music. Esses pagamentos seriam feitos em parcelas trimestrais ao longo de dois anos. De acordo com a denúncia, a Triller não cumpriu as últimas três parcelas, embora tenha feito “várias promessas orais e escritas” para cumprir sua parte no acordo.
O processo alega que a Triller também concordou em pagar US$ 1 milhão sob um acordo pelo uso de seu catálogo por anunciantes terceirizados ou em conteúdo promocional. No processo consta que a Triller pagou apenas três das seis parcelas trimestrais exigidas pelo contrato.
Em um comunicado, Triller disse que o processo era nada mais do que uma pequena disputa contratual com uma editora, não com a gravadora, e não tem nenhum impacto sobre a empresa ou seus negócios.
“Esta é uma disputa sobre a publicação de uma porcentagem muito pequena do catálogo, e é o curso normal dos negócios da indústria da música e sobre uma pequena quantia de dinheiro”, pontua a Triller. “Isso será decidido em um local adequado em alguns anos, e acreditamos claramente que estamos certos e que um tribunal decidirá a nosso favor. É um caso simples que praticamente todas as redes sociais enfrentaram de uma forma ou de outra. Não é a primeira e não será a última mas tal como no passado disputas desta natureza tendem a resolver-se tranquilamente e acabam por ser muito para fazer para nada”, finaliza.