Neste domingo (20), data em que marca o “Dia da Consciência Negra”, a TV Globo SP exibirá o documentário “Sons de São Paulo”, que conta a história da Black Music na capital paulista. Através de depoimentos de nomes como Liniker, Paula Lima, Péricles e Thaíde, a produção retratará a inserção de artistas negros no mercado da música.
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Além de contar a história da cena musical do movimento negro, o documentário também falará sobre a importância da inserção de artistas negros no mercado da música, assim como, no fortalecimento da autoestima dos jovens de comunidades e periferias. Na produção, o rapper Thaíde diz que é preciso enxergar a música como ato de resistência.
“Quando eu comecei a fazer as minhas primeiras letras, fui para os bailes black para me apresentar. E a primeira vez que eu fui, fiquei bobo: ‘Mano, isso aqui é o paraíso, é aqui que eu quero ficar (risos). Mas a gente não faz só música. Tudo o que a gente faz é um ato de resistência. A nossa existência é um ato de resistência”, conta Thaíde.
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O samba é um dos ritmos mais importantes do movimento negro. Um gênero musical que é carregado de ancestralidade e cultura. No documentário, o cantor Péricles, que é um dos sambistas mais populares da atualidade, afirma que é impossível ver alguém triste numa roda de samba.
“Dos anos 80 para cá, as pessoas se reuniam para cantar samba e as comunidades que surgem em São Paulo, surgem com o intuito de cantar suas letras, suas músicas. Eu já cantei com um bocado de gente e, assim, você não vê ninguém triste numa roda de samba”, observa Péricles.
Recentemente, Liniker e Péricles gravaram uma canção juntos, o single “O melhor do mundo”. Na entrevista, fala sobre a função de elo e mola propulsora que esse tipo de música tem entre os artistas negros: “É muito legal de sentir o ciclo se movimentando. Péricles é quem eu ouvia criança, e hoje, a gente está jogando essa energia juntos para o mundo”.
O documentário é apresentado pelas repórteres Mariana Aldano, Gabriela Dias e Denise Thomaz Bastos, com coordenação e reportagem do jornalista Fernando Lupo. O roteiro é assinado por Felippe Caetano, com produção de Marina Ferreira, imagens captadas por Júlio César e edição de imagens por Paulo Rodrigues.