Roberta Miranda decidiu abrir o jogo sobre sua sexualidade. A cantora, que hoje tem 65 anos de idade, revelou que se considera “trissexual” e contou que viveu um romance muito forte com uma travesti na adolescência: “Acho que foi minha primeira e única paixão”. O relacionamento, porém, não foi para frente “por conta da pressão” de sua família conservadora.
LEIA MAIS:
- “Rensga Hits” terá 2ª temporada? Autora torce e quer Roberta Miranda na série
- Roberta Miranda defende Anitta: “Uma mulher de sucesso incomoda os homens”
- Roberta Miranda passou mal após saber da morte de Marília Mendonça
Em entrevista ao jornal O Globo, Roberta Miranda falou abertamente sobre suas experiências sexuais do passado, como o namoro com uma travesti chamada Luz Del Fuego aos 16 anos.
“Eu era muito nova, tinha uns 16 anos e ela tinha uns 20, 21. Durou uns quatro meses, mas a gente foi apaixonada mesmo. Naquele tempo se falava travesti, não sei se há outra nomenclatura mais correta hoje. Foi o primeiro contato que tive com alguém com uma sexualidade entre o masculino e o feminino. Depois até criei uma brincadeira, dizendo que quem come de tudo, não passa fome”.
Para a cantora, Luz Del Fuego foi sua “primeira e única paixão“. Contudo, infelizmente não puderam continuar o relacionamento devido ao conservadorismo de sua família: “Perdi o contato, mas muitos anos depois a vi, já sem estar trabalhando como transformista, e deu uma balançada”.
“Não pude viver essa paixão por conta da pressão de casa, minha família é de nordestinos de valores tradicionais, castradora. Minha mãe não podia saber. Ela não entendia, perguntava: ‘Por que esta mulher está atrás de você’? Minha mãe achava que ela era mulher”.
Hoje, Roberta Miranda entende que não há espaço para julgamento: “Ninguém pode julgar ninguém. E se tentarem fazer comigo, digo: ‘A vida é minha, o corpo é meu, não estou pedindo o seu emprestado. Você não paga minhas contas e nem pisou onde eu pisei para saber de mim'”.
Nesse sentido, explica que só não falou sobre sua sexualidade antes porque é uma pessoa mais reservada. “Nunca gostei de falar muito da minha vida pessoal , acho que ela pertence só a mim, e sempre fui cobrada de forma exacerbada. […] Não é que agora esteja vivendo a minha sexualidade de forma mais plena, sempre vivi isso. Mas sempre fui reservada, por ser de uma família mais rígida, e respeitei muito isso. E, como meu analista diz, algumas fantasias têm que ficar na fantasia”, finalizou.