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Sony Music processa organização do REP Festival e cobra devolução de R$ 3 milhões

Segundo informações do Ancelmo Gois, gravadora recorreu à Justiça por danos materiais sofridos em relação à “inadimplência contratual” do festival

Sony Music processa organização do REP Festival e cobra devolução de R$ 3 milhões
Sony Music processa organização do REP Festival e cobra devolução de R$ 3 milhões. Foto: Divulgação

A gravadora Sony Music está processando a organização do REP Festival e cobra a devolução de R$ 3 milhões, de acordo com informações do Ancelmo Gois. Além do valor, a gravadora iniciou a disputa judicial solicitando a indenização pelos danos materiais sofridos em relação à “inadimplência contratual”. O REP Festival 2024, que aconteceria nos dias 20 e 21 de abril, no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro, foi adiado para 2025.

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O comunicado de adiamento veio à tona um mês após a revelação de um line-up, com mais de 100 atrações relevantes do Rap, Trap e Funk. Racionais, Veigh, Cabelinho, Orochi, Djonga, Ryan SP, Major RD, Poze, Maneirinho, Oruam, KayBlack e Xamã eram alguns dos artistas confirmados.

Fotos: Jef Delgado; Alisson Gabriel; Instagram/@mccabelinho

A produção do evento formalizou que o REP Festival volta a acontecer nos dias 19 e 20 de abril de 2025. Todos os ingressos já adquiridos terão suas compras estornadas automaticamente aos compradores, de acordo com a forma de pagamento escolhida no ato. A organização do evento enviou um e-mail aos beneficiários avisando sobre a política de reembolso. As vendas, porém, seguem abertas para a nova edição.

Para a edição adiada, cuja expectativa era receber 50 mil pessoas por dia, algumas das novidades anunciadas eram a chegada de dois importantes nomes em postos de liderança: MV Bill, ícone do rap nacional, assumiu o posto de diretor cultural, com a proposta de levar seu conhecimento e experiência únicos no movimento, além de um olhar apurado para a realidade dos artistas e do público, que formam o alicerce da cena.

> MV Bill chega ao Rep Festival em busca de reverter problemas do passado e expandir o evento

Além de William Reis, que ocupou a coordenadoria executiva do Afroreggae, reconhecido internacionalmente por seu trabalho como ativista e empreendedor social, assumiu a direção de ESG do evento, prometendo uma gestão com responsabilidade social e ambiental.

Sony Music e REP Festival: disputa na justiça

Segundo Ancelmo Gois, a Sony Music fez investimentos para a divulgação da marca da companhia nas edições do festival que contemplavam o intervalo entre os anos de 2023 a 2026. No último ano, por exemplo, a gravadora assinou o palco Experimenta, um dos três palcos do festival, com a proposta de ter um line-up dedicado ao gênero musical urbano e suas derivações, além de apresentar novos talentos de diferentes estados.

Em 2023, o REP Festival foi marcado por polêmicas e críticas, com o evento mudando de local dez dias antes do festival acontecer. Além disso, de problemas com a estrutura, com lama, atrasos e cancelamentos de shows, devido às fortes chuvas que aconteceram no Rio de Janeiro.

REP Festival 2023. Foto: Reprodução da Internet

Na justiça do Rio, a gravadora solicitou o arresto de 30% do faturamento da empresa responsável pelo REP Festival, até atingir o valor cobrado. Procuradas pelo POPline.Biz é Mundo da Música, a Sony Music e o REP Festival, não comentaram sobre o assunto.