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Selena Gomez: “Foi preciso muito trabalho para aceitar que eu sou bipolar”

Cantora estampa capa da Rolling Stone EUA

Foto: Getty Images (Uso autorizado ao POPline)

Selena Gomez está promovendo o seu documentário “My Mind and Me, que será lançado nesta sexta-feira (4) na Apple TV. O projeto ganhou destaque em vários veículos da imprensa internacional, incluindo a Rolling Stone dos Estados Unidos, que traz a artista na capa de sua nova edição.

Foto: Divulgação/Assessoria

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A publicação musical apresenta uma retrospectiva dos últimos projetos da cantora, atriz e empresária, sem deixar de lado a vida pessoal e os problemas de saúde mental enfrentados pela artista mais seguida do Instagram. O último tópico, a depressão, é também o tema principal do documentário de Gomez, que mostra os bastidores do cancelamento da turnê “Revival“, de 2016, e cenas da estrela vagando sem rumo por sua casa. O filme é dirigido por Alek Keshishian, responsável pelo íconico documentário “Na Cama Com Madonna” (1991).

Vou ser muito aberto com todos sobre isso: estive em quatro centros de tratamento”, revelou Selena Gomez à Rolling Stone. “Acho que quando comecei a atingir meus vinte e poucos anos foi quando tudo começou a ficar meio escuro, quando comecei a sentir que não estava no controle do que estava sentindo, se isso era muito bom ou muito ruim.”, complementou.

Os altos e baixos de Selena duravam semanas ou meses e, às vezes, ela conseguia dormir por dias, revela a revista. “Começava com depressão, depois ia para o isolamento (…) Então era só eu não conseguir me mover da minha cama. Eu não queria que ninguém falasse comigo. Meus amigos me traziam comida porque me amavam, mas nenhum de nós sabia o que era. Às vezes, passava semanas na cama, onde até mesmo descer as escadas me deixava sem fôlego.”, descreveu a artista.

A produção é dirigida por Alek Keshishian, que já trabalhou com artistas como Madonna. Foto: Instagram/@selenagomez

Selena disse que nunca tentou suicídio, mas contou que passou alguns anos pensando que o “mundo seria melhor se não estivesse lá“. Em 2018 os problemas se agravaram e Selena começou a ouvir vozes, que desencadeavam episódios de psicose. Ela diz se lembrar apenas de alguns momentos dessa época, em que ela foi parar em uma clínica de tratamento, onde passou vários meses paranoica e incapaz de confiar em alguém, pensando que todos queriam pegá-la. A mãe de Selena soube disso pelo TMZ.

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Os episódios de internação por psicose resultaram também no diagnóstico de bipolaridade e em um tratamento com medicamentos. “Não havia mais nenhuma parte de mim que estava lá“, disse Selena sobre o tratamento com remédios. Selena conta que depois disso foi orientada por psiquiatra, que tirou grande parte dos medicamentos. Ela refletiu sobre o processo:

“Eu tive que me desintoxicar, essencialmente, dos medicamentos que estava tomando. Eu tive que aprender a lembrar de certas palavras. Eu esqueceria onde eu estava quando estávamos conversando. Deu muito trabalho, para mim, (A) aceitar que eu era bipolar, mas (B) aprender a lidar com isso porque não ia embora.” – Selena

Embora ela admita que o documentário seja triste e que quase não o divulgou, Selena agora foca em coisas boas como a música. Ela já produziu 24 novas canções para o seu próximo álbum, que pode começar a ser gravado ainda neste ano. Ela também quer ter aulas de espanhol para gravar um filme no ano que vem.

“Eu sinto que vai ser um álbum que é tipo, ‘Oh, ela não está mais naquele lugar; ela está apenas vivendo a vida”