Tem música e clipe novo do Scalene no ar! Trata-se de “Febril”, novo single dos caras lançado nesta sexta-feira (17) em todas as plataformas de streaming. O clipe, você assiste primeiro aqui no ROCKline!
“Febril” é a primeira amostra do novo álbum do Scalene, ainda sem data de lançamento confirmada. A letra da música traz os sentimentos de raiva, angústia e luto pelos quais passamos nos últimos anos. Já na melodia, “Febril” explora nuances entre metal, post hardcore e trip hop.
Assista ao clipe:
O ROCKline conversou com Gustavo Bertoni, o vocalista da banda, sobre esse lançamento e os planos do Scalene para 2022. Ele falou sobre as inspirações por trás de “Febril”, como foi o período de pandemia para o grupo, de que forma isso afetou a produção das novas músicas e, é claro, sobre a volta aos palcos!
Leia mais:
- Scalene anuncia a saída do baterista Philipe ‘Makako’ Nogueira
- Scalene lança o EP “Fôlego” integralmente composto durante a quarentena
- Dona Cislene convida a Scalene em “Santoforte”, single que marca o encontro das bandas brasilienses
ROCKline: “Febril” é um single que trata de sensações de raiva, angústia e luto. Certamente emoções que foram reverberadas neste período que vivemos entre 2020 e 2021. Vocês diriam que essa faixa retrata o que vocês viveram nesta fase de isolamento? Como foram as sessões de composição?
Gustavo Bertoni: Acredito que a produção de qualquer artista, durante esse período, dificilmente, não vai ser afetada pelo que estamos vivendo, seja de forma direta ou indireta. Seja na intenção de sintetizar, sublimar ou oferecer um escapismo. A complexidade do que estamos encarando não caberia em uma faixa só, mas “Febril” talvez seja a que expressa mais explicitamente as angústias do distanciamento e isolamento em um Brasil desgovernado.
RL: A melodia de “Febril” veio de uma apresentação do Glassjaw que você assistiu. De que forma a banda nova-iorquina influenciou neste projeto?
GB: Na verdade, o vídeo do Glassjaw me deixou ensandecido, andando em círculos dentro do pequeno apartamento que morava na época (risos). Musicalmente, não chega a ser uma influência direta pra mim. O Lucão que curte mais, capaz de eu absorver um pouco dali. Era início de pandemia, isolamento total. Bateu uma excitação que foi se transformando em ansiedade conforme a realidade foi diminuindo a distância entre as paredes. Sentei no PC e tentei canalizar o que eu estava sentindo, sem amarras. E isso acabou sendo uma mentalidade para o álbum.
RL: Em “Febril”, vocês exploram nuances de metal, post hardcore e trip hop. Um som diferente do que foi apresentado no último EP da Scalene, “Fôlego”. Acreditam que esse som surgiu da necessidade de extravasar sentimentos? Já pensaram também que músicas mais intensas serão interessantes para esse momento de volta aos palcos?
GB: Certamente. Na fase do “Respiro”, nosso último disco, havia uma busca por serenidade e reorganização. Dar um passo pra trás pra então dar dois pra frente. Esse disco é o segundo passo pra frente. Estamos mais no processo de abraçar o caos. Conduzir as energias e não tentar controlá-las. Acho que isso já responde sua pergunta sobre como isso pode se traduzir nos shows.
RL: “Febril” é o primeiro single do novo álbum da Scalene. Esse trabalho também vai seguir esta pegada mais explosiva? O que podemos esperar desse disco?
GB: O disco vai ser intenso. Como ou porque… não dá pra adiantar. Vocês podem esperar o que quiserem.
RL: Falando nisso, quais são os planos da Scalene para 2022?
GB: Lançar o disco, tocar pra caralho e tudo que anda paralelamente a isso. Que não é pouco.
Scalene capa da ROCKline Trends
Os lançamentos semanais e as principais músicas do gênero no momento estão na nossa playlist especial ROCKline Trends. Dá o play: