Após uma introdução que celebrava a rebeldia e a controvérsia feita por Madonna, o cantor Sam Smith subiu ao palco do Grammy Awards 2023, na noite de ontem (05), para a aguardada performance de “Unholy“, com participação de Kim Petras. Cheia de coreografia, efeitos especiais e figurinos provocativos, a apresentação da faixa vencedora da categoria de Melhor Performance Pop de Duo/Grupo repercutiu bastante nas redes sociais; tanto entre fãs quanto haters, que acusaram o artista de satanismo!
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“Não lute contra as guerras culturais, eles dizem. Enquanto isso, os demônios estão ensinando seus filhos a adorar Satanás. Eu poderia vomitar“, escreveu Liz Wheeler, apresentadora de um podcast conservador, direitista e conspiracionista norte-americano. A mensagem foi retuitada pelo senador republicano do Texas Ted Cruz. “Isso… é… mau…“, acrescentou o político.
This…is…evil. https://t.co/SBrOgHfFcX
— Ted Cruz (@tedcruz) February 6, 2023
Já o comentarista de direita Matt Walsh “analisou” a performance e seu significado: “Não é surpresa ver um ritual satânico no Grammy. Satanismo é a adoração do eu. Grande parte da música pop moderna é satânica nesse sentido. Esquerdismo é satanismo. A única mudança é que agora eles estão sendo mais explícitos sobre isso.”
It’s not surprising to see a satanic ritual at the Grammy’s. Satanism is the worship of the self. Much of modern pop music is satanic in this sense. Leftism is satanism. The only change is that now they’re being more explicit about it.
— Matt Walsh (@MattWalshBlog) February 6, 2023
Charlie Kirk, presidente e fundador de uma ONG conservadora estadunidense, ainda foi além e relacionou a performance com a Pfizer, numa clara sinalização antivacina. “O diabo. Trazido a você pela Pfizer…”, escreveu. O motivo da associação? A empresa era uma das patrocinadoras da premiação.
The Devil. Brought to you by Pfizer…pic.twitter.com/RS6ZYrsbAF
— Charlie Kirk (@charliekirk11) February 6, 2023
Vale dizer que nenhum dos críticos analisou a letra da música, que fala sobre a hipocrisia do “homem de bem e de família” que deixa os filhos em casa e trai a esposa. Coincidência, né? Além disso, a maioria dos comentários do público foram elogiando a apresentação!
Kim Petras faz história com Sam Smith e a agradece a Madonna no Grammy
Uma nova página das conquistas da comunidade LGBT ao redor do mundo acaba de ser escrita na noite deste domingo (05). Durante a 65ª edição do Grammy Awards, que acontece em Los Angeles nos Estados Unidos, a cantora Kim Petras fez história ao se tornar a primeira mulher trans a vencer a categoria de Melhor Performance Pop de Duo/Grupo ao lado do cantor Sam Smith. Eles receberam o cobiçado gramofone dourado pelo hit “Unholy“. Durante o discurso, cujo tempo Sam cedeu todo para Kim, a artista agradeceu a influência de Madonna em sua vida.
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“Eu sou a primeira mulher trans a vencer esse prêmio. Eu quero agradecer todas as lendas trans que vieram antes de mim. […] Obrigada Madonna, por lutar pelos direitos LGBTQIA+. Eu não estaria aqui se não fosse por você. Sam, eu te amo“, agradeceu Kim Petras.
A primeira mulher trans a vencer um Grammy foi Wendy Carlos, na década de 1970, pelo álbum “Switched-On Bach“.